sábado, 30 de janeiro de 2010

EGITO 430



Primeiro Ato - EXODO 12; 40, 42

Ancião de vestes brancas entra e senta em uma poltrona: Muitos pensam que um sonho se acaba com o acordar. Outros conseguem ver a possibilidade de realiza-los.

Ancião anda por trás de uma roda de crianças a brincar: Tenho que contar para vocês, contar o que muitos andam esquecendo. Não há erro em Deus. Existe amor e justiça. Os homens. Sempre os homens.

Escurece palco, crianças saem. Canhão de Luz sobre o Ancião.

Ancião: Estendi os olhos no horizonte e vi uma parreira linda. Ao me aproximar, percebi que as uvas eram deformadas, feias, de sabor amargo. O vinho? Esplêndido. Pessoas, muitas de trajetória feia, de ruína, com vidas deformadas, em que conceitos de família, união e felicidade foram destruídos sob a permissividade da modernidade e sepultados pela pós-modernidade. Mas o testemunho de vida dessas pessoas, a história que cada ruga conta, mesmo nas faces sem rugas, o exemplo de vida é esplêndido.

Cena de Fundo enquanto fala ancião [canto direito do palco]: Mulher idosa sentada em cadeira olha para frente pensativa. Entra mulher e se ajoelha aos pés da idosa que continua a olhar para frente. Abre luz âmbar e percebe-se que a idosa tem uma foto nas mãos.

Ancião: Já vi uma família de geração em geração colher uvas desgraçadas. Sem graça, sem vida, mas com suco. E do suco tiveram de se nutrir.

Cena de Fundo [canto esquerdo do palco]: Casal briga na frente do filho. Marido sai. Esposa vai para o telefone. Filho liga a TV.

Ancião: Este suco, minhas crianças [olha para platéia], é um testemunho que deveria ser entendido e disseminado. Assim, muitas deformações não existiriam, e o conceito original estabelecido por Deus seria respeitado e vivido. Seriam uvas adequadas, lindas, de sabor primoroso. E o suco? Vinho da melhor qualidade! Sabor dos Sabores. Posso dizer que é algo que o faz levar para o céu.

Cena de fundo [centro do palco]: Marido e mulher arrumam a casa enquanto a criança brinca. Casal está feliz. Família dança enquanto arruma as coisas. Tropeçam, Um levanta o outro, com um gesto de dança se agridem e se abraçam. Após arrumar a “casa”, sentam todos no sofá. Marido pega a Bíblia e mostra uma passagem.

Ancião caminha pelo palco olhando para a platéia [expressivo com as mãos]: Minhas crianças, “os ouvidos que escutam a repreensão da vida no meio dos sábios farão a sua morada”. “O sábio de coração será chamado prudente, e a doçura dos lábios aumentará o ensino”.

Para haver a libertação de Israel, foi preciso a morte de primogênitos. Para haver a salvação de todos, um primogênito venceu a morte e virá buscar... nos buscar.

Entra trilha suave: piano e violino

Cena de fundo [centro do palco]: Mulher e Homem apresentam e consagram a Deus o filho nascido. Casal dança com criança no colo. Dançam por todo o palco e cada vez que chegam a uma extremidade do palco, trocam a criança por outra maior [para indicar crescimento e passagem de tempo].

Locutor ou Ancião: Êxodo 13: 1, 13.

Então falou o senhor a Moisés, dizendo: Santifica-me todo primogênito, o que abrir a madre entre os filhos de Israel, de homens e de animais; porque é meu.
.... mas todo primogênito do homem entre teus filhos resgatarás.

Entra trilha forte: Tambores

Dança se interrompe. Atores estáticos. Ancião anda por eles. Olha. Toca cada um. Desce à platéia [luz acompanha], olha profundamente nos olhos de uma pessoa, continua a caminhar, toca algumas pessoas, escolhe uma. Volta com ela e sobe no palco. Mostra os pés da pessoa.

Desce trilha

Ancião acaricia os pés como um servo e fala olhando para eles: O caminho foi o mais longo, teve de ser assim, porque do contrário, ao ver a guerra, voltariam vocês para o Egito.

Ancião levanta e olha para frente: Sabe porque teve de ser tão longo, difícil e doloroso? Teve o homem o poder da escolha, poder limitado para obras extraordinárias, poder ilimitado para transformar a história da humanidade. Foi o que escolhemos fazer com nossa natureza que abriu nela rachaduras que fizeram entrar a dor. O caminho teve de se o mais longo para as escolhas não se precipitarem, mas mesmo assim, nos precipitamos ao esquecer o propósito disso tudo.

Ancião se movimenta pelo palco: Ando descalço pelo quente asfalto à procura de uma sombra. Apenas vejo as sombras das pirâmides que ajudamos a construir. Mas o amor transcende qualquer noção de existência humana, pois de Deus vem o amor. E o amor vi abraçado à esperança em um muro pintado naquela rua escaldante. No muro pude ler algo me fez acordar. Os versos falavam que enquanto nossas esperanças e fé em Cristo estiverem focadas nas realizações deste mundo, seremos os mais infelizes da existência. O propósito é maior, é Divino, e graças a Deus, é eterno.

Cena de fundo: Criança, uns 12 anos de idade, vestida com roupa de “domingo” entra caminhando lá do fundo da platéia. Tira do bolso um vidrinho de fazer bolas de sabão e sopra bolas de sabão [Canhão de luz acompanha desde o início]. Sobe no palco e anda ao redor do ancião soprando bolas de sabão até o fim da fala. Menino vai para o fundo do palco [apaga luz]

Locutor ou Ancião:
O tempo que os filhos de Israel habitaram no Egito foi de quatrocentos e trinta anos. E aconteceu que, passados os quatrocentos e trinta anos, naquele mesmo dia, todos os exércitos do SENHOR saíram da terra do Egito.


Segundo Ato – Mais do que 40 graus. Quarenta anos no Deserto

Acende luz da platéia, Ancião sentado na primeira fileira fala: No deserto, Jesus passou 40 dias a se preparar. Foram 40 os dias que os espias vislumbraram a terra prometida. Porém, Israel passou 40 anos a aprender e se converter. No deserto, a temperatura é muita alta durante o dia e muito baixa durante a noite. A misericórdia como coluna de fogo à noite e nuvem durante o dia.

Quantas chances serão desperdiçadas? CHEGA! ... chega... Acordem queridos, pois quero compartilhar. [Apaga luz sobre o Ancião. Entra no palco a criança do final do primeiro ato]

Criança: E comeram os filhos de Israel maná quarenta anos, até que entraram em terra habitada. Deus alimentou o povo no deserto. O tempo que ficamos no deserto depende de nossas atitudes.

Cena de fundo [canto esquerdo do palco] cinco adultos, como viajantes, andam em círculos.

Criança anda na ponta do palco, gesticula, senta na beira do palco e depois se levanta: Números 13: 30. Quantos aqui agem como Calebe e Oséias, filho de Num, o qual chamado era por Moisés de Josué? Quem dentre os que me ouvem agem como Calebe e Josué? Dentre vocês estão os que se assemelham aos dez espias? Doze espias viram a promessa de Deus. Constataram com os olhos e com o toque que a promessa de Deus é verdadeira. Entretanto, dez fixaram o olhar na dificuldade, e mesmo tendo comprovado a veracidade da promessa de Deus, estavam dispostos a abrir mão da herança.

Criança anda até a platéia: Vocês estão dispostos a abrir mão de sua herança? Assim como a herança que nossos pais nos deixam, a herança da qual falo também foi adquirida com muito suor. Mas um suor especial, um suor feito de sangue. Sangue que foi derramado na cruz. Acha pouco? Acham pouco?

Criança anda pelo público e volta para o palco, pega uma Bíblia: Números 13:30. Faça também calar o povo. Chame todos a subir animosamente e possuir Canaã em herança.

Com a Bíblia nas mãos fala ao povo de maneira enérgica: E a resposta do Senhor será Números 14: 24.

“Porém o meu servo Calebe, porquanto nele houve outro espírito perseverou em seguir-me, eu o levarei à terra em que entrou, e a sua semente a possuirá em herança”.

Apaga luz

Terceiro Ato – Novo Céu e Nova Terra

Sentados um do lado do outro à beira do palco, Ancião e Criança conversam com uma Bíblia na mão.

Ancião: Está escrito aqui: Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida que está no meio do paraíso de Deus.

Criança folheia a Palavra e diz: Bem-aventurado aquele que lê e os que ouvem as palavras desta profecia e aguardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.

Entra louvor – Lugar de Oração, de André Valadão - 3m38

Cena de fundo [entra adultos a dançar durante toda o louvor]

Entra louvor – Escolho te louvar – Mariana Valadão - 4m05

Cena no centro do palco [crianças dançam, depois entram os jovens e posteriormente adultos]

Criança e Ancião se levantam, uma mulher que está na platéia se levanta, vai até eles.

Mulher: O bom ânimo de cada dia, de cada luta, alcançou seu coração. Apocalipse 21.

E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e primeira terra passaram e o mar já não existe. E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu que dizia: Eis o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará e eles serão o seu povo e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.

E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor porque já as primeiras coisas são passadas. E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas.

Amém

Entra louvor – Amável Deus

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