segunda-feira, 7 de novembro de 2011

blue train



Não nos é possível ainda desaprender. Seja como Buttom ou nas recomendações de Manoel de Barros; as imagens, sensações e sentimentos permanecem como um brilho eterno de uma mente sem lembrança.

"Regados a Miles e Coltrane meus ouvidos possibilitam sustentação aos meus pensamentos, já que meus sentimentos fazem dos meus pés ébrios maestros". Um produto em falta, amizade quando encontrada tem seu valor além das imperfeições e limitações do outro. Completa sem acrescentar. É a palavra que sobra na frase, mas não pode faltar.

Diante de tantas feridas, para estabilizar-se, o indivíduo anseia ferir e controlar o processo de ferir até saciar sua vontade em não sentir mais dor. Todavia, ao atingir este nível de compreensão dos desejos (e feridas), o ser verifica que o próximo passo é não ferir. Amadurece e então, cai uma pétala. Automatismos e mimetismos: muito mais do que uma loja, um encontro, um café ou livraria; uma via.

sem listras nus pijamas
o trilho da felicidade guardado no campo;
enquanto rocha tropeça nas interpretações
o mel cristaliza, o jasmim segue seu fluxo,
o jardim é jardim sem placas
a trilha aponta para o alto
e as palavras brilham no chão


ponto e vírgula. Fecha parêntesis

Take a five

Nenhum comentário:

Postar um comentário