sábado, 11 de fevereiro de 2012

errata




Tostoi e Blair ébrios do conceito de felicidade e busca humana. O deflagrar da essência humana não está mais sobre o fôlego divino, mas no paradoxo entre seduzir, conquistar e destruir. Constata-se isso na política internacional, na concorrência no mercado regional, ou entre as alianças, namoros e programas de entretenimento.

Comportamentos selam o valor do indivíduo. A intrepidez, ganância e arrogância fazem do ser social cobiçado e temido. A sincera humildade e sensibilidade o torna resto entre os dentes. Há lei dos mais fortes.

Fidelidade em plenitude inexiste; até os mais profundos resquícios do que foi humano. A vaidade exortada é o significado da sociedade contemporânea. Todavia, às vezes é ela (vaidade) mecanismo de defesa, estratégia natural de sobrevivência pela sedução e reconhecimento, ocasionando benefícios para o outro ou para o grupo social: solidariedade.

Em um rápido olhar ao redor, o retrato: As referências, os grupos de relacionamento; as riquezas. Os sentimentos esmigalhados, a justiça esmagada, a misericórdia, a esperança. Açougue e suor, sob o sol o dia resvala as ilusões de homens sobre as fúteis mulheres limpas, sujas de papel moeda e controle de emoções. O álcool, nesse cenário, é a porta para o beco que desemboca em outra porta: para outras drogas. A degradação da vida aumenta sem medida. As páginas de jornais já não conseguem acompanhar e apenas resumem a violência sem fronteiras, credo ou classe. Todavia, há narradores que conseguem tornar o jornal uma bula para lidar com a realidade.

Confiante no elixir da humanidade, arrisco: Haverá errata.

Lampejos do que a mão não alcança, do que os lábios não podem tocar. A liberdade das interpretações determina a intensidade dos conflitos. Encontrar o próprio ritmo dentre os passos e ombros na rua. Encontrar o seu ritmo dentre as gotas de chuva. Saber cumprir sua função como átomo neste universo.

As lágrimas confundem-se com a chuva;
e o suor não saía daquele corpo cansado.

Essa palavra que não tiro do seu raciocínio
esse teu jeito de causar-me rima e suspiro

Não é o céu, muito menos seus olhos;
o brilho é a estática da ilusão;
a esperança nos invade e conduz-nos
a uma paz sem alma, sem corpos,
sem palavras.


Quantas voltas guardam o caminho de ida?

passocomunicacao.blogspot.com

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