sexta-feira, 23 de setembro de 2016

predicado



Por que o porquê? Porque condena-me. Porque condena-me por cometer as mesmas práticas que você. Somos iguais, em posições opostas. Nem paralelas, tampouco intercessões. Somos dois pontos entre muitos. Desafios de sonhos tecidos no ar; pairamos junto às descobertas. Porque amamos sem amarras.

O sopro leva mais que o vento. Quando meu olhar atravessa a janela, não ganha voo, mas despenca, brilha e desaparece. Quando parecia não haver espaço e tempo para um respiro, para reflexão ou refração, eis que surge uma nova dimensão. O tempo continua a passar, mas, inacessível; o indivíduo pode então se encontrar. Vi o sol se pôr. Entre as árvores, em contraste aos sentimentos. Esse momento do dia tem uma luz, um clima, que mergulha a mente em uma reflexão tão peculiar em seus efeitos. Amarelo, laranja, azul, branco.

Se isso é o céu a letra voa,
o coração ressoa
e seu olhar chove em mim.
sem me molhar
eu te sopro

/

2 comentários: