Torta ao vento, a palavra enraizada segue seu rumo. Teus lábios como pétala de uma flor capturam meus sentidos no silêncio, e o tempo me impõe a tormenta da espera, esperança. Sempre há um pouco de partida em cada espera.
O dia nos nasce com um modo de perceber que depende de
diversos fatores. Mas hoje foi um dia que brilhava sem agredir as vistas, que
aquecia sem incomodar e refrescava sem deixar os pelos do braço em riste.
Envolvemos nossa mente em uma série de frustrações do outro e de si, e
acreditamos um dia tropeçar na cura para tais mazelas. Por vezes recorrentes
buscamos o que não precisamos. Criamos conceitos que não se aplicam ao nosso
repertório e depois sofremos com eles. E ainda desejamos tropeçar na cura que
cai do céu. O dia então nos embala no aconchego do tempo para sentirmos ao
invés de apenas passar. Sobrepõem-se então todas as sensações e o texto perde a
pontuação. O dia despido da manhã, lavado da tarde, se embrenha na noite. O dia
nos adormece, na esperança sem norte, até o porvir que não se anuncia.
Ninguém é mais o mesmo. Este eterno clichê.
Borboletas na janela
o vidro é a retina dos meus olhos
bloqueio natural para o que belo é
corpo em trânsito no elixir da vida
as rimas contornam os poros dela
certeza do rumo do acaso que é
destino
escorrem dos olhos
o que a chuva não faz escorrer das janelas
O mesmo é mais ninguém. Clichê eterno este.
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Ninguém é mais o mesmo. Este eterno clichê.
Borboletas na janela
o vidro é a retina dos meus olhos
bloqueio natural para o que belo é
corpo em trânsito no elixir da vida
as rimas contornam os poros dela
certeza do rumo do acaso que é
destino
escorrem dos olhos
o que a chuva não faz escorrer das janelas
O mesmo é mais ninguém. Clichê eterno este.
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