quarta-feira, 15 de agosto de 2018

entre todos



A comunicação, seus conceitos, plataformas, mecanismos, ferramentas, perpassam a sociedade e respectivos fluxos. As entidades e organizações aparentemente evoluíram do senso comum (onde todos sabiam opinar sobre comunicação), seguido da segmentação (onde só o setor de comunicação era responsabilizado por comunicar) à maturidade de todos assumirem sua participação no processo narrativo das instituições. Entretanto, para isso fluir de uma maneira efetiva, contribuitiva, a capacitação é fundamental.

Neste sentido, profissionais das mais diversas áreas têm buscado cursos de especialização em comunicação, no intuito de se inteirarem com as possibilidades e prospectarem crescimento na carreira.

Do privilégio à necessidade, a comunicação - tão natural à sociedade - passou a ser percebida como processo básico e estratégico na manutenção das organizações. Além de estar antenado às mudanças tecnológicas, é preciso ir além do deslumbramento e absorver essas mudanças no seu dia a dia, transformando seu olhar e suas atividades.

Deseja-se que os trabalhadores possam assimilar as mensagens, apropriar-se da linguagem e multiplicar a narrativa corporativa, instituindo-se como um empregado engajado. No entanto, é importante estar ciente de que caminhos não são receitas.

Simultaneamente, deve-se atentar à comunicação como instrumento de transformação organizacional, não resignada ao plano de ação de um setor, mas interiorizado em cada indivíduo, como uma habilidade e não uma função. Se as empresas conceberem a comunicação como uma competência, devem para estimular seu exercício, criar ambientes de diálogos possíveis, onde os atores sociais possam falar e ser ouvidos. Ultimamente, as empresas têm usado as Redes Sociais Digitais para possibilitar este diálogo. No entanto, muitas deturpam o diálogo, excluindo ou ocultando falas desagradáveis para a empresa. Não se deve fazer isto, pois desconstrói a credibilidade da plataforma de diálogo. Caso não seja possível responder, posicione de forma a deixar claro que respeita a opinião do outro, ou até mesmo a deixe sem resposta, mas não apague. Neste campo o silêncio já é uma frase pronta.

A falta de abertura para participação dos líderes de comunicação em reuniões estratégicas do negócio das empresas, é um indicador da maturidade organizacional para comunicação e da relevância da área para a empresa. Este é um dos entraves de evoluir a área de comunicação de algo técnico e operacional para  uma área no coração da instituição.

A expansão de repertório faz-se necessária para oxigenar o cenário comunicacional. Esta expansão por sua vez, vem por meio do consumo cultural? Ou o referido consumo tem como fim a saciedade do sujeito; tendo como desdobramento as alterações de repertório.

Fato é que o monitoramento e avaliação de resultados deve acompanhar a evolução das plataformas, conceitos e modelos de produção (lembrando aqui também da cocriação). O Communication Controlling (ou Communication Performance Management) precisa ser maturado nas empresas de forma a possibilitar mensurações confiáveis e úteis na definição das estratégias de comunicação.

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