terça-feira, 11 de junho de 2019

intervalo


Naquela interminável frase fria eu já não haviam mais palavras. Essa madrugada sem rima ou aconchego, esvaziou-me o olhar. Libertado das linhas do texto usual, percebo o entre-texto que transcende as plataformas e sucumbe a narrativa a um fluxo ilógico. Naquela madrugada fria, eu já estava sem. O sol evitou o horizonte, como a bela que desvia o olhar. Assim o dia sonolento se abateu sobre meus passos.

A porção acostumada. O metro quadrado. Afora todas as medidas translúcidas aferidas; se pouco, nos angustia, aconchega e sufoca; se extenso nos liberta, afasta e silencia; na morte a certa medida; na vida a medida que falta. O metro dobrado sobre o ermo céu, quadrado, o oco do humano. O Eco da ideia, o número que rima com o que paz traz ao ser acostumado com uma porção de realidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário