segunda-feira, 5 de setembro de 2011

citações



Quanto vale o crédito?

E faz o quê mais sentido? A soberania de Wagner que sem usar palavras reflete nossas angústias e voracidade? Expõe nossas entranhas emocionais com as cordas, alimenta a utopia com o sopro, entretanto neutraliza a esperança com a ponta dos dedos”.

"Quando a vanguarda vira clichê, sei que estou ficando velho, ou que tudo está muito rápido. Resta-me dizer amo você, mesmo que seja você uma ideia".

“Você é sem gosto, sem cor, sem cheiro. Chego em casa e sempre as mesmas enxurradas, os mesmos terremotos, o apocalipse de sempre sem o fim eterno. Você corrói meus músculos e liquefaz meus nervos. Estou sangrando palavras tolas. Todavia, seja feita tanta incoerência: não fico sem você. Pura e cristalina, exposta a coliformes sociais, extraviada em suas ideias, você. Evapora”.

“Quando Eric Arthur disse que {Muitas pessoas não desejam sinceramente ser santas, e é provável que as que alcancem a santidade, ou que a ela aspirem, jamais tenham sentido muita tentação de ser seres humanos}; muitos sorriram, permaneceram com a bíblia aberta na sala, ou posta nas axilas, contudo a leitura fora descartada. Os aspirantes a vivem”.

"Proposital, assim foi. Foi assim proposital. Tantos autores sussurrando confusão e esperança. O indivíduo em seu espaço crítico, com um repertório aos ouvidos que grita no vácuo a razão, sobrevive. E o propósito tal que repercute no banheiro durante o escovar os dentes, é vapor; assim como o é a vida".

"O mergulho raso virou mergulho. O oráculo não fecha biblioteca mas peneira. O profundo mergulho ainda é profundo. Ante a fraca construção resta escolher o lugar de assisti-la ruir. Reconstrução".

"Não apenas caem os cabelos, mas as cordas vibram no Baiano. As memórias brilham como ouro. Os olhos lacrimejam e as gerações são como dois rios que se encontram rumo ao mar. O artista o é em essência e intensidade enquanto é anônimo. Assim flui a vida sem registro, mas com a espontaneidade de sua beleza".

"Somos voláteis, versáteis à procura de um ponto fixo em meio ao estardalhaço. Navegar ou viver? Precisão e necessidade. Montar frases; cavalos selvagens agonizando durante o galope".

há quem entenda
vale uma passagem de ida.
a quem entender.


O poder das aspas
o alívio de colocar o peso no ombro do outro;
a certeza de dizer sem assumir
o poder da escolha;
está comum textos exagerados em citações
situações / desequilíbrio
quem é o fiel?

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

ponto



Imersos em um mundo onde mercados competidores financiam ideologias, é necessário despolarizar as discussões. A polarização facilita argumentos e definição de estratégias, mas cega o indivíduo e o limita ao universo socialmente concebido como “modernidade e pós-modernidade”. A globalização levou cada um a etiquetar sua tribo, franquear seus desejos, seus sonhos, sua aldeia, e ser global por meio da contaminação do outro em busca de purificá-lo pela miscigenação.


O ser humano nunca desistiu do controle, nunca saiu da bacia da vaidade. Às vezes se levanta, ventila uma humildade de fazer pedra jorrar água, mas logo se assenta com orgulho e com sua hipócrita humanidade arrota soberba. Balzac está certo sobre o crítico. Phoda. Darwin errou. O bocejo é uma poesia e não a reminiscência. A lágrima nem sempre é o grito; muitas vezes é o gozo.



diálogos


o gosto de sua faca faz-me deixar de sonhar;
o gosto da lágrima traz de volta o fôlego
eu sou o beijo na sua boca
sou eu o botão de sua roupa
a sua voz rouca
você ficando louca
você sempre aumenta um verso
sempre você a me espremer entre estrofes

diálogos às vezes são sussurros
palavras que escondemos em um olhar


há distância


ponto.


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

se fala



Ainda se fala de alma. As pessoas não dão conta de uma e procuram a gêmea. Encontram a semelhante, o reflexo, o inverso. Deslumbram-se em perdição em função do catálogo de desejos atualizados todos os dias pela “mente social” [a rede de significados/significantes posta à mesa].


“Perto das grandes todos são pequenos”. Egos empalidecem. Frases irritantes das focas a tatear assessorias ressoam entre os dramas corriqueiros dos dinossauros. Impressiona a forma como a carne [óbvio], a caminho da putrefação, à mercê da medicina e do tempo, com alterações de formato e consistência, interfere e muitas vezes controla as escolhas, os desejos e a filosofia contemporânea.


A mídia, os sistemas e a estranha necessidade de destoar; tudo soa cansativo. Somos olheiras e cremes, rigidez e flacidez. Carne e ideias, onde os números são indicadores de felicidade. O ser humano concebe a liberdade como tudo pode e deve ser experimentado. Desta feita, os desejos sociais variam da tradicional família à moderna orgia, institucionalizada, à pós modernidade está garantido o colapso. Este é o presente; desembrulhado, regurgitado.


O retrato social revela uma paisagem de muitos deuses, muitos santos, muito eletrônico, muito gozo, muito barulho e a profundidade rasa de uma ventosa suja. Não há interrupção de ritmo; o máximo a se fazer é o atraso, ou o desvio, entretanto o fluxo da mazela humana segue. Graças a Deus. A falência é clara. Uvas foram espremidas, cacau beneficiado e a gordura exposta ao calor; há sabor para sentir o movimento do tempo. O Dedo Torto de Deus rege a existência em linhas retas, de forma a nos mostrar a insignificância humana, o extraordinário potencial e o amor e o amor do qual somos alvo. Ainda se fala em alma, embora o saco esteja cheio.

....

calada, solta à mesa a palavra salta para dentro de mim
aperta meu coração, sufoca minhas ideias
faz gozar minha insignificância

soberba, a palavra se faz imagem
ressoa em minha cabeça
reverbera dentro de cada veia, artéria de minhas ilusões

e seus cabelos guardam o cheio que não é cosmético,
não é ambiente
é de dentro

entro?
isso é outro passo
calado, preso em meus olhos o olhar pula em uma palavra
e o dia logo escorre


...

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Off sina





O umbigo sujo. Limpar é delicado, a área é sensível. Ainda assim olha-se o epicentro das decisões humanas como quem adora a um deus. A vaga ideia, vazia aldeia de minhas ilusões.


A contemplação de um dia entre os sons orquestrados, as palavras cantadas, a poesia receitada, mas não recitada, as palavras deixadas ao chão, os sabores e a umidade. O ritmo da esperança, a sensibilidade não-corporativa, nem sócio, muito menos econômica. O Quarto de Dormir.

O desejo de informar com furos faz vazar a consciência, deixa escapar o que deveria ficar. Permite que entre o que fora haveria de estar. Os móveis estão fora do lugar. São móveis.


Entre os pés, os traços da urbe que clama por menos cinza, por menos gente, por menos esporro e mais assovio. O suspiro dos hipócritas quebra a concentração do pássaro, interrompe a espontaneidade do canto. As árvores vão ao chão enquanto ainda há café na xícara, ideias no prato e sonhos agarrados nas unhas. E para muitos, nada como um banho de ilusão, secados com a toalha da realidade. A mala está cheia de toalhas. Tem espaço aqui.


Quando os joelhos dobram e não há forma de se esconder. Nem as lágrimas despencam, nem o tempo para, muito menos entra no agenda setting. E "eu não sou da sua rua". Nem ao menos provei os cafés de Sanada, nem ainda foram provados;


escrever para arranjar as palavras, escrever para despedaçá-las em outras frases. Rabiscar para bagunçar, para organizar o óbvio.



()

sábado, 6 de agosto de 2011

Oficina


disfarçado entre os dentes.

Não podia eu, fixar-me em Ambos Mundos, pois minhas linhas eram medíocres, comuns. Finca Vigia por uma foto, ou nota de jornal, apenas existe. Imersões culturais. Confortável e desolado entendo minha escrita. Agrado-me. Agrado.

Cansaço pede.
Melaço escorre.
Cansaço impede.
A rede Acolhe

Escorre na luz ó gota d’água
Reflete a inércia de meus pensamentos
Rega na névoa derradeira as pétalas de meu sonho
amanheceu novamente.

Escorre a gota livre dos resíduos urbanos
orvalho que nutre as manhãs daquele que insiste em sonhar

Escorre como ácido meu veneno sobre
meus sonhos dentro de minhas veias.
Pra quê nos afastamos de sermos tão simples?
Quando lembrar não é desejar, lembrar não é sentir.
Chove cinza sobre meus passos
toca meus cabelos, faz arder meus olhos.

rangendo ideias
batendo papo com Deus

lendo nas memórias o antigo Oficina
...

quinta-feira, 30 de junho de 2011

o lugar da ausência

Às vezes a vontade de chorar é suprimida pelo sentir na sola dos pés a terra o tocar. O vento é vento sim, vem e passa; entretanto provoca. A sensação de ter os pensamentos voando para uma órbita desconhecida, enquanto as pétalas revelam seu sabor e os espinhos a sutileza de ferir para proteger. O choro rega as rugas rasgadas pelas frustrações e sorrisos de uma época que se renova a cada manhã, assim como as misericórdias. Adenina, Timina, Guamina Citosina, Gattaca e o DNA de um sonho, de uma possibilidade. A vida em um ciclo, o cílio que cai. (esse?)

O sol desponta pelas frestas das ideias que anseiam um campo de pouso. A face iluminada sorri, e o sorriso impulsiona as palavras a terem mais valor, a mesma forma, um novo sentido. Um cenário diferente. Mesmo à lama, sob o forte sol e a torrencial chuva, a tranquilidade de continuar, apesar das regras do Brazil de Gilliam. Melodias dedilhadas movimentam a cabeça como o vento movimenta a flor nos jardins. O equilíbrio, o olhar.

A maciez da esperança, a perfeição de Deus que sobrepõe às interpretações e religiões criadas. Inquietas; alma não tem cor e buscam todas um salvador para serem naturais, há necessidade de fluir em seu propósito.
O lugar da ausência, a confluência dos sonhos. Os sabores saciam à língua de uma forma que as palavras não saciam ao coração. À mesa, um espaço para as ideias; ao travesseiro, ah... Neruda.

No porta-copo palavras manchadas tranquilizam o sorriso, relaxam o corpo. No porta-luvas mensagens de tempos melhores. Um jardim pelo qual caminhar. Sanidade é fuligem. Une e forme.

sopra-me você me sopra
estouro-me em pedaços tortos
escorro-me em palavras brandas
mancho os pensamentos de esperança
fustigo a possibilidade com imagem suja e desfocada ao espelho
dedilho canções ao vento
escorrego na ponta de seu nariz
ouço suo soo sou
há flores.
Passo

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segunda-feira, 20 de junho de 2011

avesso


O avesso nu, sonho.

Polvilhado entre as pessoas, o olhar busca pouso. Diafragma aberto em uma noite fria; com as sombras de uma realidade que me convida. Os valores e a percepção intensificados na sombra. As ideias em movimento junto aos corpos suspensos. A respiração é um personagem. A flexibilidade de um posicionamento, as contradições de um sentimento. Árvores frondosas, tecido, sombra, a transformação. “Somos o que somos”. A névoa de Eco é recorrente. Ser feliz é algo criterioso e simples, fundamentado na liberdade. Galhos firmes movimentam-se sem romper, sem partir. Dançam.


Seres Avulsos. Mentes cacófonas enchem o hall de gás carbônico. Pura expiração. Sanidade, uma lista de filmes, açúcar e livros; o coquetel que embala o sentido.


As formas, a estante e seus livros. Páginas rasgadas. As formas; a intensidade da impossibilidade. Um ser absorto em meio as ânsias do cotidiano. O mar corporativo das ideias na tentativa de mudar o bolso (que tem o bolso? Sonhos ou moedas / Espinhos ou chaves / pétalas ou ponteiros).


O olhar do limite; as palavras do silêncio. O conhecimento dissipado que permeia.

Compartilhar e se cansar. Vício em observar o movimento harmônico, dessincronizado. Firme, ela fisga meu olhar e abala meus pensamentos. Enquanto desfila a fruta partida em meia lua. Rubra. No momento em que para em sua realidade. O olhar. Quem entenderia? Mergulharia?


A fascinação beira a insensatez. Vender horas é um remédio socioemocional. Mantém o social, distrai o emocional e produz algo bom. Interferência. Ponto de apoio. A mão às vértebras; a maneira como ignora e interage com o ambiente. Observação e utopia.


A ideia é uma erva daninha. Chega a ser cômico vê-la se espalhar. Ás vezes nos é trágico, mas da tragédia sai a maturidade que, aliada à ingenuidade, é necessária para desfrutar-se do gozo. Há conversas. Ah, braços estendidos pelo corpo, ameniza-se o frio. Tosse.


Deus é um artista

sábado, 11 de junho de 2011

ops

Enquanto a esperança de muitos está no jeans, nos números e nas tatuagens; hoje a esperança não recai sobre nós como o orvalho. Hoje é o anti-dia, o descanso do anti-herói. Macarronada diet à terceira margem do rio. Tão pequenos, brincamos de banco imobiliário de forma superlativa. Outrora, aguardamos o que nos é maior. Amor torna-se fuligem, cansaço uma simples lamúria do lombo arriado.

Tenho um olhar preso aos olhos. Trago terra debaixo das unhas. A sensação sublime de ser pelo chão tocado. A felicidade que não nasce em árvores transborda nas entranhas de um pensamento que nem ao menos é original. Graças a Deus. Não quero eternizar um bilhete. A eternidade se alcança de outra forma.

Caminhando no silêncio de uma galeria, percebo os quadros, as esculturas, as intervenções de alguém que não está lá. Hoje é o dia em que todos descobriram as palavras, está chovendo texto. Há espaço para toda gota d’água. Seca e enxurrada.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

doces e conceitos


Angustio-me com a beleza;
Fascino-me com a angústia.
Na leveza da palavra distancio-me da escrita.

Assim; entre o que é, era e há de ser
balbucio temperos ao vento
caminho na névoa;
amparado

;

Vanguarda. A via dolorosa dos que seguem no fluxo da vida por seguir. Ser rio, ser margem, à terceira. Espeta-lhe às costas. Moderno Tristan S. e suas linhas intermináveis. Lágrimas e sorrisos fazem das rugas riachos, córregos, rios, cachoeiras. Ela estava com os pés nus sobre uma areia banhada pelo sol, em um horizonte desenhado pelas águas no mar e no céu. Nuvens. Traços de esperança. Vento aos cabelos. Parada em seu movimento. Raptada por um olhar; ah e a natureza do rapto. O vasto mundo, sua complexidade e simplicidade em um dorso nu.

Folga nos trâmites comunicacionais. Processos saindo do casulo. Transformação de conteúdo e aperfeiçoamento no uso das ferramentas para apresentar o mesmo, outra vez novidade.


Minha percepção dos mundos passa por uma alteração curiosa. Não consigo explicar. É individual, não cabe em palavras. Enxurrada de palavras diárias. O que comer? As interrogações e a caçada de exclamações, amparada pelo vício por reticências, movimenta o mundo das ideias. O amor está no movimento, em sua forma plena: inconceituável. Não se esquadrinha.

Os clichês são muitas vezes profecias ao vento. Somos todos iguais. A vaidade é palpável, até mesmo quando a espiritualizam. Frutificamos esperança.

Toca. Esconde-se e manifeste o que comove. Move. A insensatez não é um freio, mas o empurrão. Palavras em vão. Entra. Encoste, respire. Sinta

Filmes, livros e cafés.. e não mudo. Tramas
Mergulho; Ainda há fôlego.

Lá no fundo ressoa Tangerine, I gonna leave you...

Tempos Doces e Conceitos

estrada e convite. Vem?


quinta-feira, 5 de maio de 2011

dois pontos


Língua. Seus sabores.

Ela pensou com a névoa de Eco

Seus olhos deslocaram-se no horizonte

Espontâneo momento sem fala

Sua boca entreaberta

Após a contemplação, a insegurança

Quis encontrar o andar sete e meio

Mas não havia My Blueberry Nights e não se ouvia Try a Little tenderness, com Otis

Meus pés dedilharam as poças deixadas à rua

Não estava mais à chuva para cantar


Tudo que enxergamos esconde alguma coisa, nós sempre desejamos ver algo que está escondido por aquilo que enxergamos.” René Magritte (1898 – 1967),


Ah, comunicar. Irremediável, o furo expande. A nova testemunha ocular se desloca pelas redes eletrônicas chamadas sociais. O relacionamento de antes, que envolvia a presença física agora se baseia na transformação de códigos binários, e às vezes nem isso. O apagão energético é o apocalipse contemporâneo. É preciso energia para consumir e para produzir. O desenvolvimento de energias limpas está atrelado à sustentabilidade das relações sociais mediadas por chips. Os veículos de comunicação renovam-se. The new Newsmaker alastra-se, é Le fils de l'homme (O filho do homem), de René Magritte em 64. Confiabilidade consolidou-se como o fiel da balança comunicacional, embora muitas vezes seja soterrada pelo volume de citações e repetições. Os olhos como peneiras ininterruptas nos faz saborear boas produções. Mas nos instiga o que está por trás daquilo que vemos. A construção dos discursos força os produtores a experimentar a linguagem e suas potencialidades para conduzir e induzir sentidos. As formas sobrepoem-se exigindo um mergulho cada vez mais fundo. De onde virá mais fôlego? Alguns dizem da necessidade, outros se rendem e apelam para Deus e há os que fazem girar as engrenagens que movimentam uma fragmentada linha reta em poema. Takai Insensatez. Compreender que a mão que segura a pena (a caneta, a tecla, a tela) detém o controle de uma escolha. Todavia, a mente que pulsa sentimentos em palavras reconhece que o poder não se detém.


uma volta

ler a Bíblia

ver filmes

músicas

comida

na parede, à mesa

livros

volta?

ida

.,


eu passocomunicacao.blogspot.com


terça-feira, 26 de abril de 2011

à mesa?




Meu pêssego. Meu plágio.

Olhar para frente. Receber golpes do alto.
Chuva. Caramujo flor às Canelas. Cascas soltas. Cheiro.
Pó sobre o doce arroz; atroz lembrança. Gelada

Nome reluz. Mensagem que invade
Face que me brilha
Deus me fala por um menino
Socorre-me do soturno pensamento
raspas de limão

fisga-me com a fascinação dos tempos
caminho por vielas entre becos naturais, trilhas urbanas
flores na salada
textura e ternura

maracujá na carne
uvas esmagadas no copo
o corpo meio amargo ao chocolate

passocomunicacao.blogspot.com

...

.,

abraça rosas entrefolhas, filhos da pauta descansando em jardins, entre a vista; a possibilidade; um lugar na plateia, o palco do anonimato. Não mais o mesmo crime e o mesmo castigo. Pétalas em Fiódor. Cabeça entre rosas.

Mentolados, bitolados, rodando atrás de um rabo que imaginam ter. Percepção. Humanos resignados a símbolos e práticas, ideologias e formatações que engessam a naturalidade de ser. Original? A sustentabilidade mais do que uma postura ética; um índice de mercado, está na bolsa. No Mister Downtown, but mister Down Jones. Cada vez mais um vocabulário cansativo exala a incoerência nos discursos e práticas. A defesa de umbigos e respectivas sujidades. A Responsabilidade Social evoca ações efetivas de transformação e não línguas cheias de confetes. As relações humanas e o processo de telefone sem fio exigem mais do que a simples "punhetação" dos fatos, emoções, bolsos e desejos. A comunicação como vara de hazel, uma ferramenta de libertação, convencimento, abate. A vida espiritual não deve ser tratada como garrafas na prateleira do finado Antero da seis. Jekyll andando pelos produtores de textos. Organização de cortiça. Há quem construa uma colcha de mentiras querendo se cobrir de verdade. Aah exceções...

mais um cílio que cai...

.,

Flores como borboletas. Transformam-se, formam-se, expiram-se. A intensidade de Rocha. É novo. Cinema? É velho. Arquitetura, engenharia e decoração da palavra. Espaços e fluxos. Flores no jardim e rosas na vida. Intensidade.

... revivendo filmes...

às vezes por aqui passocomunicacao.blogspot.com
vou ali lembrar City Lights e Kid, filmagem e refilmagens de Ocean's ...
Pingar trilhas sonoras aos ouvidos, cuspir palavras para cima e ver o que cai
Pam Grier is Jackie Brown
Wolf no rio e o olhar de um jovem Benjamin Button
Esperança vicia.
...


sexta-feira, 18 de março de 2011

entre.


Entre os homens, lealdade é uma moeda de troca; simpatia é o forro da mesa onde esperanças são estraçalhadas. O mercado de trabalho é voraz. Desassossego. As mentiras despencam silenciosamente, apenas com um suave assovio. O impacto assola a alma, entretanto, mantém esteticamente sadias as relações humanas. That’s life Blue Eyes; again. O Ego rege os homens com o chicote da competição, as esporas da vaidade, o chapéu do sucesso (levado pelo vento forte).

Entremeio a variedade de discursos, interpretações de ideias e relatos de acontecimentos, sempre existem aqueles que fazem jus à finalidade de sua produção. Encontrá-los é um desafio cada vez maior. Relatos. O umbigo fala. Todos. Corrompemos o bom silêncio. Tornamos ébrias as palavras. O clichê é verdadeiro. Os questionamentos movimentam a sociedade, aperfeiçoa. Questionar é inquietar-se, manter acesa a chama. Qual o combustível? Há fogo em sarça que não se consome. Eterno.

Entre tremores, temores e reflexões. Rosas e algodão. A espinha dorsal entremeia algo. Ser tocado pela leveza dos significados, significantes e coisas. Independente das pessoas e das lagartas. Embora muitas vezes a razão seja um pingente utilizado ao pescoço e visualizado por nós pelo espelho, hoje um salto de roupa na piscina é o suspiro da sanidade. “A Roseira já deu rosa”.

Deus é bom.
Jo 3: 16 e17


..

sexta-feira, 4 de março de 2011

Filhos da pauta




Ambiente de esperança. De calor e intenso frio, onde as utópicas miragens fritam os corações. Lugar de disciplina, lugar de passagem. Um deserto com janelas para o jardim. Flores. No nascimento. Flores. Na mudança. Flores. Na esperança. Flores. Na morte. Flores são pétalas e espinhos.


Passageiro e eterno se divergem, alternam-se em re-significação. A linguagem prende, expande; é uma bússola cega guiada pelo ego. A comunicação e sua quitanda no comércio das ilusões. Controle e consumo. Poder. Reverberar para confundir e estabelecer novos valores, verdades. Sonhos e necessidade.


O desafio falido de comunicar e sobrepor um argumento. A ânsia natimorta de humanamente eternizar uma mensagem. “O meio é a mensagem”. “O diabo é o sol no coração dos homens. Somos hipócritas e intolerantes, salvos pela inocência que nos resta”. Transformação de dados. Discursos como dardos lançados sem alvo.


Não há papel suficiente. Há papéis por demasia e uma ilusão de insuficiência. Há o estouro no consumo. Arruaça informacional segue o limiar das detentoras de influência. Ideias frívolas por um egoísmo besta. As palavras caem pelo canto da boca como farelo. Conteúdo. Confusões. Informações. Conexões. Distrações. A terceira margem do rio. O sol no coração dos homens by SOD. Tentar e tentativas. Tentações. A crise de identidade no turbilhão da comunicação desnorteia o indivíduo em meio a um campo magnetizado pela linguagem e seu uso. A linguagem não como forma de orientação e integração, mas de controle. Significação.

Euforia. Espetáculo. Pingam folhas e bits. Mais do que as mãos suportam e os olhos conseguem acompanhar. É consequência natural de um crescimento. É trágico, óbvio, entretanto não tão necessário. La belle Verte.


Cabelos brancos já disseram que todo lado tem seu lado. Sorrisos do ópio a reluzir ideias. Presos em nossa ideia de liberdade. O idolatrado Bacon grita da geladeira que Saber é poder. Saber é estar preso. O poder de estar angustiado. Ruínas da humanidade.


Somos o canal que transforma a mensagem. O nome científico deste canal é Telephonos wireless sem fios. O que entra pelos ouvidos, é captado pelos olhos ou sentido pelos outros sentidos é diferente da interpretação criada no cérebro. É diferente da mensagem criada a partir da interpretação. A mensagem que sai pelos lábios, ou que de outra forma o corpo emite, é ainda mais diferente. A indústria cultural e seu frasco de dipirona e cafeína. A dependência a coisas erradas. A mensagem de Cristo é acorrentada por nós sob argumentos e discursos ruidosos, no melhor estilo do Telephonos wireless sem fios. O problema, ou solução, é quando esse canal se desgasta, apresenta defeito. Cabeça de papelão.


Óculo negro espreita os segundos. Ósculo pífio com o profano banhado pela vergonha. O fúnebre ciclo da carne podre. Destituir-se, livrar-se do arcaico, retirar o pó da soberba, alcançar a redenção, jorrar arrependimento e reproduzir vida. Óculo espreita a luz enquanto mais uma vez na cruz se limpa no sangue. O diferente nos cativa, o perigo nos atrai, mas a proteção vem daquele no qual se excede e transcende a sabedoria humana, pois Ele é o ser onde toda a sabedoria e amor são em plenitude. Somos migalhas. Olheiras se transformam em item de currículo. Vaga.

passocomunicacao.blogspot.com
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sábado, 19 de fevereiro de 2011

~a



e o trecho de um livro que faltará na estante intrometeu-se na tarde. Artaud estava longe, havia rastros de um empoeirado Basquiat.

"São outros olhos nas paredes a nos encarar. Não há estátuas nas praças, nem suspiros nos coretos, mas tenho de acreditar que todas as coisas ficarão bem. Este é o amargo remédio que tenho de tomar. Uma porta em que se bate e nunca se abre. Parede viva. Palavras desperdiçadas em papel. Consumo desnecessário de ideias. Limites da percepção como cercas de arame farpado. Fustigado Brilho nos olhos se esvai na brisa. Enquanto espera, caminha. As pedras da memória são paradoxais. Rempli de soi meme. Um texto que não existe mais. Para leitores que precisam de outras palavras. Escrevo para mim, na esperança que Deus leia. Às vezes imaginando os efeitos em um possível leitor".

Escrúpulos: Frutos podres ao chão de uma árvore de raízes expostas; ressequidas. Esquecidas. São as tribos. As tripas de nosso egoísmo emanam a canção do controle, das decisões; e a consequência desce como chuva. "Preciso receber esperança na veia. Preciso fechar os olhos e ainda sonhar".

Ansiedade impõe pensamentos que empurram decisões que fundamentam-se em argumentos que refletem um ego. Eco. Olhar para frente. Andar com a cabeça erguida percebendo o chão que pisa e o caminho que percorre. A terra das pirâmides e sua libertação. Lembrar revolução dos bichos é um alerta. Afora a possível síndrome do Egito, 46 horas na Tailândia não revelam as linhas de Neruda. Próximos à segunda potência mundial na economia, Ekkachai e Laksana Tiranarat ganharam um anel de diamante. Suprema felicidade? Suor e ideias. As 46 horas revelaram uma persistência que supera até alemães. Amor e paixão não se encontram no desgaste dessa maratona onde They shoot horses, don’t they? Busca-se uma chave. Precisa-se da chave para abrir a porta. Mas, mesmo sem alcançar, almeja-se a chave errada.

A paz dos homens é semelhante ao pombo. Voa livre, ilustra calendários, transmite doenças, faz sujeira, é um problema ambiental em áreas urbanas, danifica as coisas com suas fezes. Cai ao chão a pedradas; a chumbinho. Voa a sonhos. Cai em desejos. Enquanto decompõe-se, tem os olhos invadidos por formigas. Quais as nomenclaturas dentro, através e antes dos discursos?

A quantidade e os formatos das informações assolam-nos. Pautas em varal; e não é cordel. Textos como ondas. A mensagem morre na praia. Renova-se em nova onda. Seus efeitos permanecem. O emissor passa, o receptor muda, a mensagem é vapor. Vapores matam, outros limpam os poros, perfumam, rejuvenescem a beira da morte. Domínio próprio é fruto do espírito. Controle a ansiedade.


Diversidade. Integração. Pétalas e algodão. Fé. Jardim. A verdadeira paz transcende o entendimento. Não é por nós estabelecida, mas a nós concedida.

~a

sinal gráfico de nasalação somado à egípcia águia. Visão, determinação, sabedoria. Com um Peirce no cérebro e um Saussure no prato. Seguir conforme Deus quer, para onde Deus quer.


Dica de palestra: Everything is Spiritual, by Rob Bell

foto: eu não matei o pombo

feche os olhos. Filmes

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

abraça


foto; Felix Lima - SP

ouça:



São muitas as palavras. Faltam-nos leitores. Estão escassas as mentes disponíveis ao raciocínio mais intenso. Elas estão sobrecarregadas. O fôlego para mergulhos profundos está comprometido. O corpo aguenta, mas há cansaço. Desde as madornas até a enxurrada de gás carbônico, o corpo se debate em realidade. Ritmo. Não somos heróis, mas somos faíscas da esperança em reluz algo maior, algo perfeito. Entretanto, nos deliciamos com a leveza de viver, nos lambuzamos com o ópio do presente, com o conto do futuro, a lábil língua incendeia o passado. Tratamos o que é passageiro como eterno e o que é eterno como fábula, pílula de ânimo. Incomoda-nos algo que esteja além de nosso poder de raciocínio. Erguemos argumentos para tapar nossa ineficiência em realizar, entender, comunicar, amar, acreditar. Entretanto, quanto mais alto, mais alto há para se estar. Possuímos brilho e capacidade de transformação. Humanos. Citações e paráfrases. Cada um que rumine pra si. Mas o alimento tem de entrar. Jardim. Páginas policiais, suor, sangue, promessas, luzes e sons, calor, chuva, sensações emoções, sentidos, inocência, crueldade, sobrevivência, poda, rega, fertilização, necessidade e sonho; crianças. Salvação.

Com tanta interpretação e percepção sobre os fatos. Nos distanciamos muitas vezes da premissa de comunicar o fato contaminando-o o mínimo possível. Ao falar, reescrevemos a Bíblia (nos afastando da mensagem simples e pura), estabelecemos nova constituição (permitindo cada vez mais atrocidades e irresponsabilidades), e fazemos do telefone sem fio nosso manual de disseminação e reformulação de conceitos [enfatizamos mas não inventamos (?) ]. Os clichês despencam do cordel, seja nas empresas, nas famílias ou em redes sociais. A culpa é da comunicação. A culpa é do oxigênio. O problema está no que precede e no que sucede a mensagem. That’s life, como diria Blue Eyes.

Certa razão na loucura. Sanidade é para os loucos. Num terreno baldio, em banheiros químicos, dentro de vagões de um trem que já parte, nossas ideias estouram à lucidez. Falar. Conhecer. Manifestar. Saber. Propósito. Redenção. Salvação.

O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol”. Eclesiastes 1:9

Se todas as possibilidades na ordem e relação das forças já não estivessem esgotadas, não teria passado ainda nenhuma infinidade. Justamente porque isto tem de ser, não há mais nenhuma possibilidade nova e é necessário que tudo já tenha estado aí, inúmeras vezes. (Friedrich Wilhelm Nietzsche).

De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem”. Ec 12:13


sábado, 5 de fevereiro de 2011

rosas


Um móvel. Uma parede. Fotos. Tempos.


Tudo aponta para a perfeição de Deus. Seja a fragmentada linha reta de Pessoa. Seja o distúrbio, sob sol a pino, do jovem Wilhelm. Importa que, seja onde for, em templos ou praças; em quartos, lençóis suados ou piso ensanguentado, Uno senhor, Uno intelecto, Uno propósito, manifestação trina. Além do cérebro e suas virtudes. Creia.

Rosa Vermelha escura, rosa vermelha matizada, rosa chá, rosa honora (venha conhecê-las). Aceite o desafio da perseverança. Diversidade. O tamanho do sonho. Na prateleira de uma padaria ou em lençóis de uma queen. Npk 10 10 10. Sol, terra, água e espectador. Jardim 2.0 - interatividade. Espinhos no café. Há fé. Temer o que se deve e nada além disso. A esperança, a poda. Ir além da capa. Com o fôlego certo, ir além das palavras. Não se convencer pelas palavras de sabedoria ou pelo exacerbado ventriloguismo, ou pelas ervas daninhas no enganoso coração. A intensidade e verdade estão na especificidade de se manifestar a cada um de modo inconfundível, especial, íntimo, único. Soberano. O mesmo. Sempre.

Leve-me até a porta esta noite. A porta que vai para 40, a porta que vai a 215, à porta que cabe-nos o futuro. Permita-me.

Um móvel. Uma parede. Fotos. Enrugada pele. Uma vida.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

entrefolhas


foto: Asian_autumn_Stock-xchng

Um terremoto de 4,8 graus na escala Richter atingiu nesta terça-feira (1º/2) a província de Yunnan. China impulsiona produção de energia eólica mundial. China um dos maiores consumidores de mercados industriais e um dos maiores exportadores de produtos manufaturados. Esqueça o pastel e os tecidos, eles vão desde as minas até a alta tecnologia sobre sua mesa, dentro do seu bolso. Grande poluidor, assume compromisso em reduzir emissões. Paradoxo do mercado mundial, o país da grande muralha dá fôlego ao setor de celulose, mas exporta papel de maneira anti-competitiva no mercado mundial. As principais exportações do Brasil à China são commodities - minério de ferro, soja e petróleo bruto. No total, as matérias-primas formam 84% das exportações do Brasil em 2010, ante 79% no ano anterior. O Brasil importa de lá vários produtos manufaturados de alto padrão: os três principais foram televisões, telas LCD e telefones. Brasil se mobiliza, há barulho em Brasília, para alcançar entendimentos comerciais. Custo mundial de alimentos cresce. Crise econômica europeia mantém o estado de alerta no mundo financeiro. Qual será o paradeiro de Portugal, do Euro? Ventos de 300 km na Austrália, nevasca nos EUA, Brasil escorre em chuvas, lixo, irresponsabilidade e sol escaldante. A situação preocupa aqui, ali e em todos os lugares: no Egito (além das agressões a populares, entrevistas proibidas, repórteres e fotógrafos agredidos; conflito pode gerar impactos indesejáveis no mercado petrolífero), no Iêmen e no hímen rompido da moralidade humana. Os noticiários se renovam do mesmo. Every soul need a savior.



Ó minha casa, minha vida? Cama quente. Telhado sem fresta. Geladeira cheia. Armários sem baratas. Hospital vazio. Quem vai querer?


entrefolhas surge um novo olhar.

O que reflete? O que refrata?

domingo, 30 de janeiro de 2011

prenúncio



Prenúncio do nada algo é. Soberbo em sua profundidade o pé chantageia o corpo. A cabeça o mete na lama. Unidos, os pés se lançam, imundos sobre a brasa. Purificação. A cabeça perde a ilusão de controle. Diálogo. Liberdade. A língua se dobra, o corpo se rende. Tralhas e trilhas pelo chão reverberam o sentimento que outrora parecia natimorto.


O ímpeto. Ante a textura de um sentimento. Esperança. A sintonia, mesmo distante. Sonhos? Ainda que imperceptível. Sintomas. Os planos, projeções, degustação. Compreensão. Frustração e tantos ão, ao... Tempo. Prenúncio. Aqui.

Os telejornais continuam a embrulhar peixes, molhados. As assessorias disparam pela janela a embalagem de um produto que nem mesmo ainda conseguiu-se produzir. E o público se delicia de fastfood e ilusões. Cada um com o tamanho que lhe fere o cancanhar. Circuito fechado.


A suave brisa envolve o corpo. O espirro. Reação natural. O gozo. A lua fisga os olhos em mais um espetáculo no céu. Uma lástima anuncia tremores na terra enganosa, a qual apenas Deus conhece. Comer e suar, é só começar. O asfalto. O circuito fechado. A ladeira. O cotidiano. Assistindo enquanto a corda estica. Pirilampo à cabeceira, intermitente lembrança. Rosas regadas a lágrimas. Adubadas em esperança. Florescem sob o sol forte. Memórias intermitentes brilham na noite. Reflexão de sonhos, refração da realidade. Unhas escondem o sangue e a terra. Os olhos, em silêncio, escondem palavras. Comunicam. Soterram.


As trêmulas mãos decidem entrar na briga. Com as aliadas unhas arranham o corpo, retiram cascas. Agarram o pescoço, quase arrancam a jugular. As ideias salivam ao canto da boca. A perseverança mereja aos olhos. O cérebro desliga as comunicações. A luz retorna. O humano é artifício, a loucura plena sanidade. Salvação.


onde vamos hoje.

Caça

palavras

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

da pé?



Cortou o dedo no extrator de grampos. Tentava ajeitar a lente de contato. Cego. Sua herança, um deslocado. Pé de abacate. Ele nem come. Vitamina. Da dor de seu corte não conseguia mais produzir. Resgatar o passado ou partir o futuro? Parir. O passado é o presente e o futuro uma possibilidade. Pessoas vivem da possibilidade. O produto antes de sair da embalagem. Mais cor, cheiro e expectativa de sabor. Data de validade.


ok. Esperava mais dos Espiões. A misteriosa chama ainda jaz à cabeceira. Um novo bonassi entrou na geladeira. Novamente a cova e seus leões. Cansado: o melhor estágio para se estar entre os homens. Ciclos reiniciam. Na verdade, estão completos. Algo desponta. Algo dobra, sobra e se mantém; deslocado. Intocado.


Único não quer dizer sozinho. Especial não siginifica ser melhor do que algo.

Complexo não é difícil. Fácil ainda pode ser intenso. Denso, tenso. Tenro.

Try a litle tenderness, love me tender and Sway







decifra-me e te pago o plágio à luz de velas.


Cheiro de álcool na ferida. É o ardor de um novo dia.


“Conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna” Judas 1: 21


estou aqui

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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

vista




As quinas do cotidiano são interessantes pontos de observação. Oportunidades.


Cabelos, pele, lábios, gesto involuntário com a boca. Os olhos. Ela.


Ele chorou. A lágrima suicida despencou como uma pétala. Linda. Ele provou seu sabor. Apanhou uma formiga que passava no momento e a mergulhou na gota. Queria que ela sentisse.


Perseguido. “Minha percepção está corrompida. A boca. O sorriso me espreita até nos confins. O queixo. Devo odiar, mas sem degenerar-me. Mas o ódio em nós é câncer”.


Cativo. "Onde vou também vai minha mente. Construo palavras que agradam a muitos, mas quando sou eu a maioria não entende". Fazemos alianças para quebrá-las. De um modo ou de outro.


Ele é impelido a deixar de acreditar em algo que lhe é como objetivo humano de vida. Ela está cada hora num corpo. Agora chora. Partida. Rompimento ou espera? Sorri monalisa ao ser observada. Vai embora como todas as outras. Voltam as lágrimas e surge com a resposta novas perguntas. Era espera. Pra quê, por quem?


Travesseiro engano. Feito de sonhos. O suor das horas, o atrito da borracha com o concreto; declaração. Torre de Marfim, olhos de ressaca, luz do sol reflete à íris.


Tudo à vista. Olhos. Bolsos. Costumeiras decisões. Ele sobrevoa calmamente as interpretações.


néctar

Comunicação - Responsabilidade Social


imagem: net

Papel da Comunicação nos Programas de Responsabilidade Social


Cenário:


Diante do crescente processo de urbanização, com a estimativa de que até 2050, a população mundial atingirá 9 bilhões de pessoas, das quais 2/3 estarão em aglomerados urbanos, e do aumento das emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE); torna-se fundamental efetivar práticas que garantam a sustentabilidade aos processos industriais, bem como as ações de Responsabilidade Social.


Dentre as principais demandas por projetos sociais no país estão:

Educação – mais fácil de investir. Entretanto, retorno de longo prazo.

Saneamento – mais burocrático e mais necessário

Habitação – mais recorrente


Desenvolvimento Sustentável, Qualidade de Vida e Responsabilidade Social são muito mais do que produtos de discursos corporativos para a manutenção da imagem das empresas. Trata-se de valores necessários para a verdadeira evolução humana.


Comunicação com foco na transformação


As empresas precisam trabalhar com a produção de consciência crítica internamente e externamente. A Responsabilidade Social precisa ser um valor interiorizado, uma convicção que gere como frutos as ações que beneficiam as comunidades.


As políticas de posicionamento, doação e patrocínio devem estar alinhadas às diretrizes e cultura da empresa (marca). Os projetos devem priorizar mais o benefício social (efetivos) e menos a propaganda da marca. A valorização da imagem da Empresa é consequência natural de práticas consolidadas.


Recordando a Teoria Funcionalista da Comunicação, onde as causas e os efeitos são considerados pano de fundo das discussões, refletindo a respeito da função; entende-se que a comunicação pode ser compreendida como o sistema nervoso social, que com seu fluxo interfere na causa e efeito das relações humanas. Desse modo, a comunicação dos trabalhos sociais realizados pela empresa deve transcender a própria ação, pois precisa agregar valor.


As práticas de comunicação devem estabelecer um processo educacional participativo, integrado à diversidade cultural das comunidades, possibilitando melhoria da qualidade de vida e transformação da percepção dos moradores em relação à empresa.


A Comunicação Corporativa é responsável por promover a re-significação de determinados conceitos das comunidades em relação à Empresa. Para isso, o processo de comunicação deve ser primariamente objetivo, seja nas ações em imprensa, ou material institucional (Mídias Sociais, House Organ, site e folhetos). A efetividade da re-significação está em ser menos propagandístico e mais transformador; trabalhando os conceitos de desenvolvimento, responsabilidade e ações da iniciativa privada, bem como se posicionando sobre assuntos polêmicos e sobre o contexto regional.


A imprensa tem realizado coberturas superficiais e cansativas a respeito de temas como biodiversidade e responsabilidade social. As matérias que não são pura propaganda amparam-se em números institucionais ou disseminam estatísticas e posicionamentos xiitas. Para mudar este cenário, e promover análises mais profundas, as áreas de Comunicação Corporativa devem enriquecer os discursos com ações e resultados efetivos.


Além das ferramentas tradicionais de comunicação, é vital para a sustentabilidade do discurso empresarial a avaliação e criteriosa inserção nas novas mídias e redes sociais. A manutenção do relacionamento com os stakeholders precisa se modernizar e tornar-se cada vez mais transparente, adequando a linguagem e ferramenta utilizadas estrategicamente.


Cada empregado é um multiplicador da cultura organizacional. Portanto, é fundamental que seja alinhado o discurso do corpo gerencial da empresa em relação às praticas de Responsabilidade Social desenvolvidas pela organização e reforçadas com os demais empregados.


As bases do relacionamento da comunicação com todos os seus públicos devem ter foco em Educação, Credibilidade, Relevância e Significado.


Educação – promover re-significação de conceitos e valores. (Consciência Crítica, Saúde, Integridade moral, Conservação da natureza, Desenvolvimento sustentável, responsabilidade e ações da iniciativa privada)


Credibilidade – ser objetivo e verdadeiro ao informar. Deixar claro os objetivos da empresa. Menos propaganda, mais ação. Integridade e posicionamento a respeito de temas polêmicos referentes às demandas públicas e às atividades da Empresa e do setor. (violência, saneamento básico, educação, emprego e renda / aspectos e impactos socioambientais).


Relevância – Evidenciar a importância da integração entre o público e o privado para o bem comum. (O porta-voz e o responsável por Relações Institucionais devem ser éticos, transparentes e presentes. Nas ações possíveis, intensificar a presença dos gestores nas ações de responsabilidade social e envolver o público interno das empresas).


Significado – Potencializar métodos e capacidades em comunicar boas práticas. Refletir possibilidades de evoluir e efetivar a Responsabilidade Social como valor. O sucesso das organizações depende do relacionamento entre as necessidades próprias e as necessidades de seu público. (Identificar demandas regionais por informação e por ações socioambientais.


A elaboração do Plano de Comunicação deve fazer com que o estético (imagem) comprove o discurso e valores da Empresa de forma clara. Ele deve causar “encantamento” e “sedução” pela transparência do posicionamento da empresa.


Dentre os passos básicos para a construção de um Plano de Comunicação voltado para a responsabilidade social e sustentabilidade estão: entender a cultura da empresa, definir objetivos específicos da ação, criar objetivos para a comunicação, identificar barreiras e facilidades, conhecer público alvo, determinar mídia e recursos a serem utilizados, determinar mensagens e linguagem, implementar e monitorar o progresso das ações, buscar feedback, avaliar o processo e identificar melhorias.


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