quinta-feira, 30 de setembro de 2010

pensar e agir



Museu subaquático em Cancun. Dentre as 200 estátuas nenhuma aponta o caminho para as memórias de Armenon, o poeta morto de Casdorra. Morto pela graça. Salvo pela morte. Este heterônimo de um infante emocional encontrou o caminho da vida de modo semelhante ao conhecido e verdadeiro Paulo em Damasco.

Padrões elevados. Conceitos transcendentais. No limiar de nossas certezas, a possibilidade de entender nossas limitações, dependência extrema, autonomia controlada.

Conhecer de ouvir falar e ver com os próprios olhos. Permitir-se a uma percepção menos fundamentada em padrões sociais, estruturas humanas. Entender que a carne do corpo se desgasta, as ideias esvaem-se, as emoções confundem-se, confundem-nos, mas há um espírito que vivifica, e ele tem-nos como morada. Qual espaço o Espírito Santo tem em nossas vidas? O Espírito Santo, que por nós intercede com gemidos inexprimíveis.

Em seu relacionamento com Deus, que representatividade você reconhece a ele em sua vida?

“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor.
Efésios 2:20,21

Interessa-nos mais cessar os sofrimentos (dor física, financeira, emocional e etc) ou estar com Deus em novo lugar, fora da noção de tempo e adorá-lo? Neste ponto, o niilista amargurado reverbera: somos humanos por demasia. Tempo de mudar.

A volta de Jesus é uma promessa. Passamos a vida nos relacionando com as pessoas e em meio a promessas que se frustram e outras que se cumprem. Cansados de criar expectativas e vê-las morrer, nos tornamos céticos e estabelecemos uma dinâmica para lidar com emoções e desejos. Vontade e representação.

Importante entender que Deus ultrapassa nosso umbigo. Ele não se espreme entre os ponteiros digitais de nossos relógios, nem se assenta em bancos de madeira, cadeiras de plásticos em alguns dias da semana, durante duas horas.

Tudo ao mesmo tempo. Todos os lugares. Tudo. Além de nossa capacidade de entender e conceber algo como possível. ELE cumpre o que promete.

“O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se”. 2 Pedro 3:9

Do que tenho de me arrepender hoje?

sábado, 25 de setembro de 2010

azul




É preciso parar de correr atrás do próprio rabo e entender melhor o corpo. A Roda Viva de Buarque continua em seu giro. Conhecer e sentir.

Aumento do índice de incêndios florestais. Desastres pelo Globo. Chile, Nova Zelândia, o costumeiro Iraque, a persistente Faixa de Gaza e a incerta mesa de negociação: Paz.

Suicídios no Japão chegam a 39 mil em 2009 e cálculos estimam impacto de U$ 32 bilhões na economia do país. Aqui a Maria da Penha e seu engatinhar. As urnas sedentas pela incoerência.

Notícias renovadas. Automedicação. Epicentro humano. Escolha é inevitável. Lembro de uma história de semanas atrás. Uma mãe que teve de escolher entre dois filhos, uma de 2 e outro de 16 anos. Carro cai na represa, ela grávida de seis meses, veículo a três metros de profundidade. Qual salvar? Salvou a de 2. Ao tentar voltar para buscar o de 16, os paramédicos a impediram. Ele foi retirado inconsciente, declarado morto no hospital.

A imagem microscópica de um ovo da borboleta azul do gênero Morpho, uma das maiores do mundo, me fisga. Mesmo sendo insignificantes diante do universo, somos todos cheios de detalhes. Em nós estão entalhadas características que ditaram a fluência do que conhecemos como sociedade. Cada passo rumo à independência e autossuficiência, atrofia nossa fé, emperra o canal de comunicação com Deus, possibilita uma inversão traumática de valores.

Deus é perfeito.

A inocência de um baile na chuva. Sem trovões e raios. Sem granizo ou furacão. Chuva e sorriso. Sentado aqui... Ele ouve meu sussurro, antes mesmo de eu mover os lábios.


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

contato

Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Isaías 53:5


Sinceridade. Turva transparência social que impera nas relações. Destitua-se por instantes dos conceitos que movimentam suas decisões e se permita adaptar seus valores a um propósito menos egocêntrico.

A excentricidade de crer na insuficiência de respostas às questões existências nos faz repousar sobre doutrinas alienantes e engessadas ou no conceito de liberdade niilista. A maturidade espiritual necessária para enfrentar os questionamentos não é alcançada em escolas ou zumbidos de abelha; embora seja necessário assentar nas cadeiras e meditar no silêncio de palavras: convulsão de pensamentos. Pensar e escolher: é como respirar.

A leveza dos dias me acalma.

Em busca da objetividade das respostas, cientistas confiam suas especulações a estatísticas obtidas por meio de máquinas. Máquinas que interpretam a realidade e transforma em números. Quantidade de massa, velocidade, carbono 14, tendência de movimentos, características semelhantes e probabilidade de evolução. Estruturam e transferem o conhecimento por meio de livros e mais livros de hipóteses e constatações. Muitas pertinentes, outras simples elucubrações. Tratam a fé como simples amuleto, e estabelecem uma órbita de raciocínio e percepções amarrada ao umbigo. “Não há ciência contra Deus”. Frase que resvala de uma orelha a outra. Humanos tentando delimitar Deus em um conceito e modo de agir, ou existir. É a concha tentando guardar o mar. Fica nem mesmo o barulho.

Porventura a Deus se ensinaria ciência, a ele que julga os excelsos?
Jó 21:22


domingo, 19 de setembro de 2010

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

xícara



o nome do Senhor, o nome de Deus virou jargão. Isso não é novidade.

Chamado em momento de medo, caluniado no momento da frustração, repetido mecanicamente num cumprimento... moeda de troca, razão para derramamento de sangue e desvios financeiros e devaneios morais.


O nome para muitos carrega as propriedades de quem o carrega, equivalendo às vezes à própria pessoa. O que cogitar de um ser cujo o nome a nós revelado é IAWEH (EU SOU O QUE SOU ou EU SOU).


Inútil nosso gesto em busca de justiça. Nossas ações não resolvem, o mérito delas é sua inexpressividade. Nossa força é apenas uma engrenagem. Isto são nossos atos: engrenagem da grande estrutura feita e orquestrada por Deus. Algumas engrenagens param de funcionar, outras se quebram. Entretanto, o nome sobre todo nome pode transformar.


Malaquias 3:6 - Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.


Os pés cuidam ao caminhar entre a lógica e a sanidade: padrões sociais estabelecidos em prol da estabilidade e estantaneidade da vida social. O humano busca costumeiramente na confusão a certeza para as questões fundamentais da vida e da morte. O pensamento lógico humano e a conduta emocional são muitas vezes ferramenta para dissolução da estrutura do indivíduo.


Não estribar no próprio entendimento. Intensificar a busca por conhecimento, amar a sabedoria e reter no coração as orientações divinas.


Acesse estes links:


http://scr.bi/acOWdV


http://tinyurl.com/2ev85j7


Pegue sua xícara. Sente-se ao meu lado. Mesmo que eu não esteja lá, sorrirei para você.


sexta-feira, 10 de setembro de 2010

ilhas de informação



Ilhas de informação. Espaço de recuperação ambiental

No ano internacional da biodiversidade, chuva de fezes em vilarejo na França, terremotos e tsunamis espalhados pelo Globo, mineiros soterrados, oceano untado com petróleo, descobrem gás no subsolo das gerais, petroleiro russo abre caminho no ártico e os noticiários se atualizam do mesmo. Todo dia tem tragédia, todo dia tem jornal.

as rodas se desgastam pelo asfalto suado de sangue de trabalhadores, de animais silvestres atropelados, de andarilhos sem esperança. Pela janela observa-se a espessa mata nativa que margeia a tão necessária e descuidada rodovia. Morte?

Enquanto agoniza pelo país, a Mata Atlântica remanescente sorri em frestas abertas nas gerais. O processo de recuperação exige tempo. Sucessão de acontecimentos e consolidação de um compromisso trino: preservar, restituir e construir. Em uma área onde a legislação ambiental permitia plantio de monocultura há anos, hoje figura uma densa floresta nativa, benefício público gerado por um espaço privado: área de reserva, área de preservação de empresa privada.

Hectares multiplicados por milhares; assim suspira a biodiversidade preservada pelas iniciativas de preservação. Iniciativas que buscam atender a demanda do homem por consumo, mantendo o equilíbrio com sua necessidade de um meio ambiente harmônico. A preservação ambiental não apenas conserva árvores e organismos individuais, mas a rede interrelacional da biodiversidade. Paisagem aos olhos, ar nos pulmões, dispensa e geladeira abastecidas. Ponteiros digitais.

O tempo é fundamental para as coisas criadas. Seja humano, seja natureza. Após a degradação, fruto de irresponsáveis escolhas, precisamos de tempo para nos recuperar. Tempo dos traumas (emocionais, físicos, financeiros e espirituais) serem digeridos, tempo para as mudas e animais tornarem-se florestas.

Somos vistos por meio de janelas. Nós; nossa busca incessante por certezas fundamentadas muitas vezes em nossas confusões: Convenções sociais que soterram a expansão das fronteiras da percepção e da vivência. Ferimos e somos feridos, nos constituímos como área degradada em busca do manejo sustentável de nossas ideias e emoções. Materializamos nossas incapacidades de relacionamento interpessoal ao nos relacionarmos com os recursos naturais.

Facilidade seria nos constituirmos como ilhas. Intocadas, no meio do oceano urbano. Mas permitimos acessos. E os visitantes vêm com todo o seu esplendor de bandeirantes e lixo de turistas. A degradação torna-se então inerente à paisagem. E quem poderá nos ajudar não é vermelhinho mexicano de coração amarelo.

sábado, 4 de setembro de 2010

farmácias



biblioteca e locadora como farmácias. Acostumei a automedicar-me. Mas o único que me é duradouro alcanço em doses no joelho e na sinceridade de um coração rasgado.

Cuidado com o que cai do céu. Principalmente se estiver na Europa, com o efeito magnólia no vilarejo de Saint-Pandelon, França. Cuidado maior com seus pensamentos e a possível materialização deles. Palavras às vezes são flechas, são brechas, são escudos, são como sopro ao eco ou sementes lançadas. Cuidar. Guardar. Antônio Cícero. Guardar é manter vivo. Rosebud.

Afora paredes estabelecidas com suor humano. Além de limitações morais humanas consolidadas pro convenções sociais. Há de se observar, seguir e respeitar as diretrizes e limitações essenciais. Reconhecer a insignificância em autonomia e poder, bem como a significativa importância para o ser que é acima de todas as coisas; inclusive da nossa ideia do que venha a ser relevante e do que seja o Tempo. Permita-se, sem covardia, sem falsidade, sem mediocridade. Vale a Pena.

Hora de mais um comprimido

Vai uma pílula de realidade aí?




Aquieta tua alma.