quinta-feira, 3 de março de 2022

tambor


Ouvir a chuva. Se livrar da opressão social que te cobra números, em todas as áreas. Cifras, medidas, audiência, milhas e milhas. Sem contar as gotas da chuva. Duas, três, duas. Tantas. Sua energia despencou, fazendo com que o corpo anestesiado de tanto ontem, hoje e amanhã, parasse à chuva. Ouviu a chuva pelas batidas das gotas em seu corpo. Seus poros contraídos, seus olhos fechados, sua respiração controlada. Ouvir a chuva.

Tanto atropelo. Ergueu os olhos por narrativas mais amenas. A chuva de Olten é o respiro na realidade, tal qual a chuva de sapos em Magnólia, o vazamento de Settecani e tantas outras pautas tão necessárias para sinalizar alternativas na agenda.

terça-feira, 1 de março de 2022

Telefone sem fio


As pessoas não buscam informação. Alimentam-se do que recebem e até mesmo compartilham o equívoco sem saber. Não é novidade e está mais do que perceptível. As pessoas se atolam nas fontes de informação que agradam sua ideologia e pensar ser ela a única legítima. Não estão verdadeiramente dispostas ao diálogo, mas excitadas pelo efeito "telefone sem fio" que causam na sociedade e a conseguinte sensação de poder. No ambiente corporativo este comportamento (já instaurado na cultura social do indivíduo) coloca em risco a reputação e imagem da marca de uma maneira ainda não mensurada no longo prazo. Pensa-se nas crises de curto prazo e nos desdobramentos no médio prazo reordenando às vezes o plano de negócios da organização e seu posicionamento social; contudo, pouco pensa-se no longo prazo. Talvez pela intensa sensação de incerteza de que se esse longo prazo irá chegar, visto que o imediatismo é sobrenatural. Afinal, não se pensa efetivamente na política do revezamento, do "passar o bastão" para próxima geração. Assim, as narrativas ficam atoladas nos mesmos conceitos e variações de estratégias de comunicação.

Erga o pescoço sem perder o chão de vista. Siga.