sábado, 30 de janeiro de 2010

Memórias de minhas putas tristes – Gabriel García Márquez




A tristeza era dele, que buscava um recomeço; se renovar no suor de um corpo jovem. Corpo que, na verdade, não trazia juventude, mas prazer e dor sob a fina superfície da inocência.

A humanidade encontrada por meio do famigerado amor. A ridicularidade de amar desfaz a experiência de anos. Um presente de aniversário, um hino de louvor à vida. A tristeza que só a sabedoria traz permite um limiar de esperança, no ano dos noventa anos de um ancião. O renascimento.

“Era enfim a vida real, com meu coração a salvo, e condenado a morrer de bom amor na agonia feliz de qualquer dia depois dos meus cem anos”.

Memória de Minhas Putas Tristes (Memoria de mis putas tristes) foi escrito em 2004 por Gabriel García Márquez e publicado em outubro do mesmo ano nos países de língua espanhola. No Brasil, foi publicado pela editora Record em 2005, com tradução de Eric Nepomuceno.

A obra narra a história de um nonagenário cronista e crítico musical que, em seu aniversário de 90 anos, pretende presentear a si mesmo com uma noite de amor louco com uma adolescente virgem. Porém, ao vê-la dormindo, não tem coragem de acordá-la e se apaixona por uma garota adormecida.

Primeira obra de ficção do autor colombiano em dez anos, "Memória de Minhas Putas Tristes" desfia as lembranças de vida desse inesquecível e solitário personagem em mais um vigoroso livro de Gabriel García Márquez.

Agora que a conheceu, ele se vê à beira da morte. Mas não pela idade, e sim por amor. Sempre sublime, Gabriel García Márquez presenteia-nos com esta jóia narrativa repleta de sabedoria, memória e bom humor, que confere ainda mais brilho à sua genialidade literária.

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