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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

jangada



Guardamos (como A. Cícero) coisas que muitas vezes deveríamos desaprender (como recomendou Barros). A fala dobra sobre a pedra quente do cotidiano. Janelas abertas permitem o ir e vir do vento e das reminiscências do guardador de rebanho e de parerga e paralipomena.

Experiências rasas polarizadas tornaram o texto frágil; uma película quebrável, entretanto cortante e com alto potencial de contaminação. Entre o ritmo industrial de refletir, apurar, aturar, saturar, formatar, submeter, cortar, realinhar e publicar, falta ar e sobra pulmões cheios de muco; e a necessidade de ir é iminente. O balcão já não tem mais lado (nem fixo), e sobre ele muitas vezes os copos permanecem vazios; há movimento sob os corpos cheios de ideias.

Uma conversa séria é fundamental para que as frases sejam construídas com menos envelope propagandista ou político, seja na famigerada grande mídia ou na essencial mídia regional. As assessorias precisam profissionalizar o olhar, amadurecer e compreender a diferença entre pauta e anúncio. Mercado aquecido não significa capacitado ou de qualidade, assim como alto PIB não significa desenvolvimento. As narrativas precisam ser mais efetivas, assim como os relacionamentos interpessoais fora do registro em carteira de trabalho. A vanguarda é simples e a crítica já foi desenhada por Honoré. A pós-modernidade exacerbada outrora, agora é o lacre arrancado da última embalagem.

Preciso de mais castanhas e tempo. Pela janela o batráquio sai; fuga nº3 da boca egoísta daqueles que fundamentalmente querem encher os bolsos de vaidade. O ruído de folhas secas aos pés, a duração do instante, a intensidade das rasuras. O Campo minado de pétalas traz o frescor que nem a mais rentável ideia pôde oferecer. A salamandra sorrateira caminha sobre a fria superfície da pele e ela não sente ser tocada. Jabour está obviamente correto; não sabemos lidar com o que não entendemos, e assim criamos múltiplas explicações de sessão da tarde. O noticiário e os manifestos de disputa por controle e poder de representação de classes. As palavras já não bastam, pois frases prontas são distribuídas em ração diária de narrativas. O texto satisfatório não pode ser escrito como precisam os leitores, ou como anseiam, em totalidade; não se reconhecer que o significado de satisfação e completo não são os mesmos. Sempre falta algo, do enfado ao estilo, da rapidez à exatidão. Os olhos não acompanham, as palavras não suportam e a mente titubeia.


Linda, ela caminhava pelo fio de uma interminável navalha.
sangrava sonhos enquanto gemia
atravessava mundos aos sussurros
lacrava utopias que distorciam a dor, calada;
mas o ritmo dos passos era o mesmo,
espetáculo, suas vestes brancas ao vento
sorrateiro sorriso
Ela, realidade



 A institucionalização do espírito confunde o homem, então não vá se perder por aí....segue videolinkmutantes_musica~



A estante escorre. Tormento de Neruda e sua leveza; insensatez de Picasso, alucinação de Pessoa, complexidade de Franz, traição de Max Brod, destempero de Fonseca, de Blair, de FWN e de Arthur S. As palavras misturadas me absorvem em narrativas, expostas sob a forte luz de cânticos. Paulo e sua carreira, suas cartas e pensares.

Mr. Nobody é a autobiografia coletiva do contemporâneo. Somos Nemo, e não um peixe perdido em seus desejos, mas um ancião solto em suas memórias, lembranças, escolhas. Rigidez e frieza, distanciamento e sorriso. Tudo é, e muito leve. 
"Enquanto a maioria foca nas superfícies, há fogo. Afogo-me e respiro"
São as rosas;

sexta-feira, 9 de abril de 2010

abafar



Abafar o caso?

É fundamental ficar em desassossego. Desconforto. Respirar dentre as aflições, gozar entre dores. O ser humano, principalmente os cristãos, devem sair da zona de conforto e levar a vigilância a todas as esferas existenciais humanas.

Adão tentou abafar o caso. Imerso em vergonha tentou se esconder de Deus e não assumiu a responsabilidade de seu ato, de sua escolha em aceitar a oferta de Eva. Lembre-se das dores no parto e do suor à face.

José não aceitou a oferta da mulher do Faraó.

O ser humano é movido também por conhecimento. Entretanto, passa anos como um cão que incessantemente tenta buscar, morder ou cheirar o próprio rabo. Desta feita perde-se em meio a tantos argumentos e articulações.

Erram sobre o Selo de Deus e o Selo da Besta. Acabam por enviar e receber mensagens do lugar errado. Da sangrenta profundeza das entranhas humanas. O que há em suas entranhas?

As instituições abafam casos polêmicos para preservar sua imagem pública. Outras escolhem quais “tomates podres” apresentar e tratar para assim manter uma suposta transparência e sustentabilidade. G.R.I.

Dentre estas instituições estão igrejas, famílias, empresas... Os códigos de conduta estabelecidos por estas instituições estão muitas vezes equivocadamente pautados na conveniência humana. O que há em nossas gavetas?

Visões reducionistas ou emocionalmente empolgadas a respeito de Deus e da existência? Pare de ler resumos, de confiar em sinopses e assistir apenas o ensaio. Busque mais de maneira verdadeira. Não tenha o foco na construção da imagem, mas que ela seja a conseqüência. Permita-se livrar-se da mediocridade e hipocrisia institucional, não tente se esconder ou abafar casos.

Como tem guardado o que lê, fala e escuta?

Guardar
Antonio Cícero

Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.
Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.
Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por
ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,
isto é, estar por ela ou ser por ela.
Por isso, melhor se guarda o vôo de um pássaro
Do que de um pássaro sem vôos.
Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,
por isso se declara e declama um poema:
Para guardá-lo:
Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
Guarde o que quer que guarda um poema:
Por isso o lance do poema:
Por guardar-se o que se quer guardar.


Leia a Bíblia!
Converse com Deus. Tenha a SUA intimidade com Ele.

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