quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Amor e Semelhança




Permita-se a um simples exercício. Reduza o significado de amor em uma palavra. Entenda individualmente o significado; o que é o amor. O amor não foi inventado: ele é.

Colocamos muitas vezes sonhos humanos sobre a vontade de Deus. Condicionamos a obra de Deus, o chamado, o “ide” de acordo com os sonhos humanos (Bens materiais, casamento, filhos, emprego, dívidas e etc.)

Formados do pó da terra, fomos chamados à semelhança. (Gn 1: 26 e 27)

Um anjo quis ser semelhante ao altíssimo. Para isso, desejou elevar seu trono acima das estrelas do céu (Is 14: 13 e14). Caiu, pois não é assim. Do pó da terra Deus fez um ser à sua semelhança. O diferencial não é a aparência, ou onde se instala o ser, mas no interior. Aquela massa de barro tornou-se alma vivente, ser humano, após receber em suas narinas o espírito soprado por Deus. O Homem não soube desfrutar da liberdade e semelhança junto de Deus. O Homem pecou, caiu.

Após a queda, a busca pela presença de Deus, a conversão, regeneração, transformação e santificação são passos para se atingir a estatura de varão perfeito (Ef 4:13), voltando à semelhança com Deus, conforme o segundo Adão, tudo para honra e glória de Deus; pois ELE não divide sua glória. Ser semelhante a Deus não para própria honra (a semente da soberba), mas para glorificar a Deus.

As pessoas complicam o evangelho. Deturpam a mensagem de Cristo. O ser humano se perde entre seus desejos, suas vontades, suas carências e a sua verdadeira necessidade. Sempre, sua verdadeira necessidade é tida como o menos importante, um estilo alternativo de vida, uma simples conduta. A verdadeira necessidade é salvação, é arrepender-se (Rm 3:23); entender e viver consciente de que precisa de Deus e foi formado para glorificar a Deus.

Ao perceber que fomos formados para glorificar a Deus, que nada merecemos e muito pouco sabemos, nada praticamente em sua plenitude, o amor de Deus nos constrange (2Co 5:14).

Suprema expressão da lealdade, o amor é forte como a morte (Ct 8: 6), é entrega (Jo 3: 16 / Jo 15: 13). Não sabemos se é amor ou ódio o que nos espera (Ec 9). O amor excede a todo entendimento (Ef 3:19).

Pela nossa salvação, Jesus fez tudo (2Pe 3:9). Reforça que devemos amar a Deus sobre todas as coisas (Jo 14:21). Ordena-nos a amar uns aos outros (Mc 12: 28 – 31), permanecer no amor (Jo 15: 9), amar os inimigos (MT 5: 44), e amor seja não fingido, pois Deus, justo juiz, sonda e prova os corações (Jr 17: 9 e 10). Deus é amor (1Jo 4: 8 a 16)

terça-feira, 26 de abril de 1983

Faíscas

Faíscas pontuaram minha trajetória. Como a de muitos, de tragédia e gozo. Canções anunciaram num apartamento a ruptura antes mesmo do primeiro infante ser gerado. Letras consolidaram a ruína passo a passo, até o presente recebido, o carro, o beijo, bala de prata, o pássaro negro e o vampiro.

Paixão e Amor ressurgem encarnados. Anos depois, canções renovam caminhadas por jardins, por praças da cidade das águas (CXB) e findam com os passos entre os bambus no Rio que continua lindo... Canções pontuam a miragem na cidade da ponte DNA de concreto, da encantadora miragem, admirável oasis que por ter tanta semelhança, fez-se longe, fora do alcance, não fui digno dela.

O tempo e o vento tomam-me de súbito. Canções atravessam o peito e acordam o sentimento já calado a tempos. Canções não me revelam o futuro, mas são a trilha que me embala.

Minha sanidade está nos meus sentimentos. Meus sentimentos sabem de mim mais do que eu imagino ser. As pessoas gostam e gozam ao julgar. Mas não mais me machuco com isso. Embora esmagado nas frases de todos ao redor, não me encaixo em uma só palavra... mas talvez quem sabe em um sinal de pontuação