terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Surpresa nas simplicidades




Quando pensa em surpresa logo imagina acontecimentos grandiosos? Por meio de ações extraordinárias que quase chegam a ser mágicas? Na verdade, você possui uma espectativa do que seria surpresa para você. Ou seja, você de certa forma já espera, pensa nela como uma possibilidade. Mas hoje quero te falar que a surpresa muitas vezes vem através da simplicidade e seu resultado extrapola nossas expectativas.

Naamã. Lepra. Cura. Surpresa. Superação.
Vamos ler parte da história de um homem. 2 Reis 5: 1-14
Naamã era o chefe do exército do rei da Síria. Homem valoroso, porém leproso. Junto com o orgulho de liderar um exército vencedor estava a vergonha de carregar na pele a lepra.

Ao saber da possibilidade de cura, ele buscou meios para alcançar tal cura, crendo, por meio do testemunho de uma pessoa de Israel. Naamã então criou espectativas de como seria sua cura. Imaginou como seria surpreendente ser curado da lepra por um profeta do Deus de Israel.

Foi até o rei de Israel munido de referências, recomendações (carta do rei) e teve a primeira frustração. Não era o rei que fazia milagres segundo a vontade de Deus. Quando já ia embora foi então chamado pelo profeta: Eliseu, o sucessor de Elias. (lembrem que ele pediu unção redobrada quando Elias foi arrebatado)

Então foi ele co seus cavalos e seu carro à porta de Eliseu. Mas logo, quando suas espectativas reviveram, veio a segunda frustração: Eliseu mandou um mensageiro. Naamã esperava que Eliseu se colocaria de pé diante dele, clamaria ao Deus de Israel, erguesse as mãos e depois tocasse a lepra e o curasse. Mágica.

Eliseu mandou um mensageiro que disse a Naamã para se banhar sete vezes no Jordão. Naamã teve sua terceira frustração, lembrou das águas dos rios de Damasco e suas águas melhores do que os rios de Israel. Ficou indignado.

Naamã não conseguia ver como Deus o surpreendera. Primeiro ele foi ao rei e tinha de ir ao profeta. Esperava o profeta e veio um mensageiro. Esperava grande espetáculo. E deveria se banhar no Jordão. E mais outra surpresa: assim como uma serva o convenceu a ir até Eliseu; um servo o fez pensar. Se o profeta lhe pedisse algo grandioso, difícil de fazer o chefe do exército da Síria assim o faria. Então o que custa fazer algo simples como se banhar no Jordão?

É melhor obedecer meu irmão. Mesmo que você pense que a simplicidade do gesto não irá revelar nada surpreendente. Obedeça a Deus sempre. Naamã obedeceu e foi curado e aí, quando Deus fez o milagre por meio da simplicidade, Deus também manifestou sua habilidade em surpreender. Naamã, um homem de luta, que ficava ao sol, que combatia. Um homem que se não fosse a lepra teria a pele gasta de sol, como todo soldado. Esse Naamã saiu do Jordão sem a lepra e com a pele, com a carne de um menino, purificado.

Deus faz o milagre. Te surpreende e te faz muito mais do que você esperava. Ele supera expectativas. Esse é o Deus que eu amo e sirvo.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Uma vida vendo filmes


Milhares de textos sobre eles escrevi e destruí (falta backup). Agora volto a escrever com a terrível sensação de Tristan Shandy. Estou terrivelmente atrasado.

Vi milhares de filmes e na medida em que assisto um novo me atraso em mais um texto. Ao lembrar que muito foi escrito sobre eles, e por gente muito boa, me desanimo em pensar “q diferença pode fazer o que escrevo”.


Como pensar o mover de Deus na natureza humana por meio daquilo que chamamos obras de arte? Escrevo porque as ideias em minha cabeça estão transbordando. Não cabem mais em mim. Ou pulam para o papel, ou somem. Mas sempre me tiram o sono.

Filmes são para assistir
Livros para ler
Música para ouvir
Todos são para sentir e fazer pensar
Não necessariamente para escrever

Preciso de orientação e as pautas do caderno não me levam, não me guiam. Apenas me suportam e me desafiam a transpô-las.

I’m still breathing.

Um lugar na Platéia



Na vida, no teatro, no cinema. Sublime. Provoca em mim os mais esperançosos e tristes sentimentos. A delicadeza de vivermos passando uns pelas vidas dos outros, mas com o foco em nossa história. Protagonistas que são vistos como figurantes.

Suportamos-nos; regamos e colhemos sonhos. Buscamos em lugares a realização que só pode ser construída dentro de nós.

Não está em pasárgada, ythaca, Paris, Texas, Casdorra, ou nas fronteiras. É algo intenso, peculiar, não é físico. Talvez químico e espiritual. Natural.

O modo como a personagem (Jéssica) interliga todas as histórias remete ao ingrediente fundamental a toda receita. Aquele que dá liga, que une os elementos e torna capaz, possível a existência de um sabor diferenciado.

Protagonistas, figurantes, ingredientes. Humanos. Leiloando memórias, interpretando potencialidades ou escorrendo sentimento, em suor, em música. Tudo ao mesmo tempo. Agora. Agora. Agora. Uma Paris apaixonante abraça a história que nos faz partir.

Partir de nossas vidas, circunstâncias e expectativas. Repousar em um canto de um café na Avenida Montaigne, onde sempre tem gente chegando, saindo, chegando, ao mesmo....

Essencial. Mais uma pílula. Não de realidade, mas daquilo que busco sentir quando fecho os olhos e sinto o vento. Quando fito o céu, ouço pássaros e toco flores e folhas. Sem dúvida, eis que todos têm Um lugar na platéia.

França 2006 – 106 minutos
Filme de Daniele Thompson

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Bastardos Inglórios

Tarantino. O poder de alterar por 1h50 m o inalterável. Tarantino significa gosto de sangue na boca. Seus filmes são livros contorcidos em 35 mm, em uma estante, música na cabeça e um gesto de carinho com os punhos fechados.

Uma versão não enciclopédica dos fatos; um brilhante desenho do desejo cru do ser humano sentado sobre o que entende ser justiça. A exemplificação de uma das leis da física: toda ação gera reação. O filme é a materialização da reação germinada nas mentes espalhadas pelo mundo.

It fits like a glove!

Os personagens ocupam, cada um, um dos desejos de vingança e justice de quem tem contato com alguma atrocidade, como a do holocausto. O final traz um mocinho que morre; um bigode que queima e num piscar de olhos, uma nova página aparece como marca d’água nos livros de história, no capítulo sobre a Segunda Grande Guerra; mas esta página é apenas um esboço, assinado por Tarantino.

O gosto de sangue é inerente. Segurem seus escalpos

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Mudam os olhos

Sentado à beira de "Shell Beach by JM" olhando o pôr do sol, percebo o vento mudar. Como quem vira subitamente o pescoço para o lado oposto, assim o vento muda. Não levanta poeira, não varre nada, mas leva os olhos para outro horizonte.

 

O crepúsculo desenha novas ideias no céu. As sombras se estabelecem sobre as coisas. Por um instante a luz se vai e fica a ausência. Distante da lua a 384.405 km fica evidente que ela não tem luz própria, embora fascinante.

 

Os olhos correndo pela areia percebem novas testuras. Sempre estiveram ali, mas imperceptíveis até então em virtude da magnitude de uma lua cheia, que apenas mostra um lado.

 

A madrugada desperta ainda mais os sentidos. Uno, o sol nasce. A virada. O vento então varre o passado, levanta poeira e acolhe um novo horizonte aos olhos. Os pés, as mãos enrugadas. Um novo tempo. Volto para dentro de minha cobertura, no alto de minhas emoções e em um próximo post, escreverei sobre um filme, uma mostra, um tempo.

 

Nem que seja para eu ler. Mudam os olhos.
Diante da porta da felicidade, entro mas não só

http://www.youtube.com/watch?v=9YuPoM7NOHE

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Qual a idade de suas amizades? Como está a saúde delas?

Para comprovar o que somos e sabemos, estruturamos currículos, contamos nossa história de vida, estabelecemos uma linha contínua para consolidar a imagem que desejamos aos olhos dos outros. Reconhecimento.

 

Não confiamos na instantaneidade. Negociamos. Antes, procuramos saber a trajetória, a credibilidade, a história. Como podemos ser avaliados e auto-avaliados como amigos se nossa trajetória se mostrar uma fragmentada linha, onde a história é marcada por rompimentos desnecessários.

 

Amizades que ainda não andam, são crianças, estabelecem como um oráculo como você deve ver, determinar suas ações e sentir as consequências de suas escolhas? As amizades nascidas há tempo, morimbundam em uma caixa velha de sapatos cheia de fotos, suspiram em uma agenda velha de telefones que você não liga mais?

 

A jovialidade das amizades cotidianas ressalta como estabelecemos nosso sistema de relevância. Alguém que nos conhece há pouco, parece comprar com menos dificuldade nossa versão sobre a história e personalidade, senso de justiça. Quem há muito come "quilos de farinha" conosco sabe interpretar nossas palavras além dos fatos. Amigos falam a verdade, independentemente de ela ferir ou cicatrizar.

 

Qual o parâmetro de avaliação: Intensidade, tempo, qualidade, índole, testemunho?

 

Eis que o sol brilha em Shell Beach (by Jonh Murdoch). Lembro-me das projeções em 35mm e da chuva sobre meu corpo. Então, reforço que em breve exibirei umas ideias soltas, aqui neste blog, sobre uma tal mostra...


 

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Shell Beach

Namesadecafécombeyonce. Navarandaaoventocommadona. empacotadocommantimentosparaoHaiti. Alucinadocomomaisnovolançamentotecnológico. Enriquecendourânionoirã. Vibrandocomacomemoraçãodos20anosdalibertaçãodeMandela. SendopuxadoparaumbaleeirojaponêsjuntocomabaleiaMinkeeseufilhote, umacotacomercial. AssistindoaofaroestedeFHCDilmaeoestressado. QuedadolucrodaVale. RecordedelucrodoBradesco. Palavrascruzadasnaspáginaspoliciais. Diversãoedistraçãonosnoticiários. Realidade?

 

 

Morando no quartinho de empregada de meu coração. Mudei os livros de lugar. As roupas migraram. Meus pés agora se banham na suíte da cobertura de minhas emoções. O cérebro é para poucos. A vista dá para a Shell Beach de John Murdoch.

 

As informações agora vêem em nova embalagem. Embrulhadas em tsunami invadem nossas mentes sem pedir licença. Entram pelas frestas, incrustam-se em nossas terminações nervosas e iniciam um processo de necrose: emocional, física e espiritual. Como navegar nesta "onda". Melhor aprender a surfar, para não se encontrar, perdido nos confins da praia; dilacerado.

 

A congestão nos impede de viver além da efervescência de comunicar. A sociedade imersa em uma corrida frenética por comunicar, de todos os modos, por todos os meios, de todos os ângulos, idiomas. Tudo ao mesmo tempo. O conteúdo?

 

Sentindo aqui dentro as gotas de uma chuva que custou a cair, olho para Shell Beach pasárgada Ythaca e percebo que a atenção ao conteúdo tem se apresentado como um empecilho ao processo de comunicação, ou melhor, ao processo de emitir mensagens.

 

Todos querem emitir mensagens. Querem que elas sejam recebidas por multidões. Poucos querem receber, interpretar, construir significante.

 

Interrompo a caminhada entre minhas ideias para assistir a chuva, para desfrutar de minha nova morada.

 

 

Amável e misericordioso




Como o vento que de repente bate no meu rosto e me faz lembrar dos carinhos que um dia recebi de quem eu amo. Assim me fala Deus nos meus dias. Antecipando acontecimentos, sinalizando reações, sendo luz diante das confusões de minha mente.

Como navegar. Algo o tenta fazer se perder, andar em círculos, desistir de remar e até mesmo tenta te jogar nas águas. Mas algo ainda maior e soberano te orienta pelos astros, te faz remar, ajuda com o vento, ilumina com o sol e com as demais estrelas. O que é preciso para saber quem está a favor e o que está contra? De onde vem o discernimento? Deus não é Deus de confusão (ler 1 Co 14:33). Sendo assim fica evidente de onde vem a certeza.

Sentado à cama, pela manhã, Deus ministra no meu coração a respeito dos que espera no Senhor. Dias antes, diante de minha precipitação e alma ferida Deus mandou que eu esperasse. Isaías 40: 28-31. Afirmou que revigoraria minhas forças. No início do dia, por boca de desconhecido, Deus afirmou sobre o propósito de todas as coisas que existem, tudo controlado por Deus; seja pela sua vontade, seja pela sua permissão.

Quando a impetuosidade de minha dor me impulsiona a tomar uma decisão, a ser frio e decisivo. Deus me pede paciência, Deus me pede para nele confiar. Deus me leva a Oséias, Ester e Jó. Me fala da sabedoria de Ester que jejuou e orou antes de se colocar diante do rei para pedir. E quando pediu, persistiu. A paciência e fidelidade de Jó. A obediência de Oséias, pois ele pôde ver o objetivo maior.

Tem sido especialmente maravilhoso caminhar com Deus. Todas as vezes que meus pensamentos angustiantes tentam me sufocar, busco ainda mais as orientações de Deus. Quando precipitadamente interpreto os fatos, Deus manda que não julgue, pois com a mesma medida serei julgado. Quando pela manhã o agradeço por mais um dia, antes de sair do leito Deus me orienta a não temer, pois ele está comigo. Mesmo que eu passe pelas águas ou pelo fogo. (ler Isaías 43: 1-4)

Quando por sobrevivência parei de olhar para minha dificuldade e passei a viver a obra, quando mesmo sem sentir prazer na vida e nas cores das coisas, não me rebelei contra o meu Deus, mas o busquei. Ele me veio com palavras de misericórdia. Que a misericórdia de Deus impede que sejamos consumidos. Ele aplica a compaixão de seu coração em nossa miséria. E como sempre, ele me confirma o que me diz, seja no culto, seja na Bíblia, seja em meu coração, seja pela boca de estranhos. Ele sempre confirma de várias formas, não deixa dúvida ou confusão. Me fez dormir com o Salmo 6.

Meus inimigos não terão a minha honra. Mas se envergonharão e se perturbarão. Serão confundidos. E co o Salmo 129 me confirmou suas palavras. Fala dos soldados que enfrentam tamanha dor em sua caminhada. Mas teve um homem, que assumiu todas as dores, as piores, a maior condenação, a maldição de morrer no madeiro. E fez isso por todos aqueles que pecaram, por todos aqueles que são ruins. E fez isso sem ter uma mancha, sem merecer nem a insinuação de condenação. Puro. Jesus fez por amor.

Deus tem certificado o amor e cuidado dele em minha vida desde as pequenas coisas. Ele é o Senhor da minha vida, tem me ensinado, tenho aprendido a confiar em Deus.

Antes de me falar de sua misericórdia, Deus me falou sobre as provas que ele permite que passamos. Falou que por mais que tenhamos que passar por estas provações, ele desvia de nós a sua ira, ele não nos abandona, mas aplica sua misericórdia. (ler Isaías 54: 7, 8, 9 e 10). e pela boca de ungidos veio me alertar que independente do que aconteça, Deus está no controle de todas as coisas. Ele está no controle.

Tenho visto Deus agir no coração daqueles por quem tenho intercedido. Tenho sentido a misericórdia de Deus na vida deles. Mesmo que as dificuldades tentam me deter, armando ciladas, influenciando pessoas para criar brigas, soprando interpretação sobre os fatos que acontecem, incentivando as pessoas a não acreditarem no agir de Deus, tentando suscitar meu caráter agressivo do velho homem, nada disso consegue me afastar dos pés de Jesus.

Nada disso consegue fazer com que eu abandone minha fé, meu Deus. Estas coisas só me fazem correr para o joelho e clamar por Deus. Agradeço a Deus por minha vida e por todas as bençãos que constantemente ele derrama sobre mim. E também aprendi a me gloriar nas tribulações. Com paciência, que gera experiência, que leva à esperança e ela não traz confusão. (ler Rm 5: 5-9).

“Porque, em esperança somos salvos. Ora, a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê, como o esperará? Mas se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos. E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas, porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis”. Romanos 8: 24-26

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Dureza



Ate onde levará o homem sua dureza de coração? Até quando será instrumento do diabo e alimentará a destruição de todos os conceitos determinados por Deus? Os homens mudam os conceitos diariamente, mudam o foco de sua vida. Isso também entre os cristãos. Pessoas que na verdade têm o foco em instituições, querem arrastar pessoas para dentro de suas igrejas, e consequentemente para a presença de Deus.

Mas Deus não habita em templo feito por mãos humanas. Se o corpo humano passa a ser o templo do Espírito Santo; Se Deus afirma que está à porta e bate, ou seja, ele não arromba, quem pode abrir a porta do coração? Ninguém. É você e Deus. O diabo com ações contrárias, ações que buscam enganar até mesmo os escolhidos. Tempo do fim.

A dureza do coração faz o homem não compreender o mover de Deus, a palavra dele e o que ele deseja da vida do ser humano. A dureza do coração faz com que o homem pense ter em mãos um controle remoto universal, que pode definir, redefinir e adaptar tudo, até mesmo o relacionamento com Deus.

A Palavra de Deus diz que busque que você encontrará, bata à porta e ela será aberta, peça e dar-se-vos-á. Então busque e confie no seu relacionamento íntimo com Deus. Deus não deixa confusão. Busque e o adore em espírito e verdade, e ele confirmará o desejo dele para a sua vida.

Enganoso é o coração mais do que todas as coisas e perverso, quem o conhecerá? Eu o SENHOR, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos, e isso para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações.” Jr 17; 9,e 10.

Bendito é o aquele que confia em Deus e que Deus é a sua esperança.

Porque ele será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga nem deixa de dar fruto. Jr 17; 7 e 8

Afaste a ira de teu coração, sê sábio. Deus é quem dá sabedoria. A sabedoria faz resplandecer a face e muda a dureza do coração. Vai ter com a formiga ó preguiçoso e vai ler Bíblia. Busque conhecimento e discernimento na Palavra de Deus, ore e busque o direcionamento de Deus.

Em Eclesiastes 7; 29, o Sábio rei Salomão escreveu: “Vede, isto tão somente achei: Deus fez o homem reto, mas ele buscou muitas invenções”.

Visto como não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto a praticar o mal. Ec 8; 11

Muito fácil a acomodação aos padrões sociais flutuantes. Padrões que mudam conforme é lançado um novo software. Muda o que é correto, o que é família, quem é Deus, o que é ser honesto, o que é julgar...

Pois Jesus nos ordenou não julgar uns aos outros. Com a mesma medida que julgarmos, com o mesmo sistema de relevância que julgarmos o outro, seremos julgados. Não como castigo, mas é mais uma lição do que vem a ser a verdadeira justiça.

A Bíblia afirma com clareza que ninguém pode esquadrinhar o pensamento de Deus e ainda assim o ser humano teima em se fazer de Deus da própria existência.

Vós tudo perverteis, como se o oleiro fosse ao barro e a obra dissesse do seu artífice: Não me fez e o vaso formado dissesse do seu oleiro: Nada Sabe. Is 29; 16

Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos confins da terra nem se cansa, nem se fatiga? Não há esquadrinhação do seu entendimento. Jr 40; 28

Não há sabedoria, nem inteligência, nem conselho contra o Senhor. Pv 21; 30

Os passos do homem são dirigidos pelo Senhor, o homem, pois, como entenderá seu caminho? Pv 20; 24

Todo o caminho do homem é reto aos seus olhos, mas o Senhor sonda os corações. Pv 21; 2

Pela dureza do coração do homem foi permitido o divórcio, algo contra a vontade original de Deus para a Família (Mc 10; 5-9 / Mt 19; 6-8).

Guarda teu coração. Alimente-se da Palavra de Deus e guarde os estatutos de Deus em seu coração. Quando então buscar a Deus e verificar seu coração, não será constatado nada a não ser a vontade de Deus. Suas bases não podem ser o discurso dos outros, suas experiências interculturais e sociais. Suas bases devem estar firmadas em Deus.

Deus sabe o que você precisa antes de você pedir (Mt 6), sabe o que você tem em secreto no coração. O sentimento e pensamento genuíno, sem tradução em palavras. Confie em Deus e aprimore seu relacionamento com ELE.

Não turbe seu coração. Creia em Deus (Jo 14; 1), Inclina teu ouvido e ouve as palavras dos sábios e aplica o teu coração à minha ciência (Pv 22; 17)

Mas aquele Consolador [Advogado, Amparador Gr. Paracleto] O Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar tudo quanto vos tenho dito”. Jo 14; 26

Por que caminhos seu coração tem levado você? O que seus pés têm sentido em todos estes anos? São diversas as texturas. Nossos pés seguem nosso impulso de andar, mesmo sem uma direção definida. É momento de mudar nossos caminhos para os caminhos que Deus quer que percorramos. É momento de mantermos nosso coração (área do cérebro responsável pelas emoções e sentimentos) aberto e flexível para o que Deus tem para nós.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Caminhos Retos




Desde a Grécia falavam os homens que os sentido enganam. Os sentidos enganam, os sentimentos seduzem e os fatos nem sempre são exatos. O que ou quem é você? Qual a sua identidade?


Olfato, paladar, tato, audição e visão. O que você tem olhado tem contribuído para o seu crescimento como uma pessoa digna, ou apenas confirmado que és um errante. Do que você tem se alimentado? Tem se entregado aos prazeres momentâneos do tato, do paladar, da audição, da visão e do olfato. O perfume de quem você tem cheirado? Ou tem cheirado o pó branco? O que tem feito com o seu toque? Tem agredido ou profanado outros corpos?


O que tem assistido? Sangue suor e gozo profano? Que conselhos tem ouvido e falado? Qual o hino de sua vida? O hino do umbigo? Um buraco no meio da barriga que é apenas a lembrança de uma ligação essencial com quem te gerou. O que floresce em seu ventre? Seu suco gástrico dança com bebidas alcoólicas, comida forte e desequilibrada? Por ter crescido em um grupo social que se estabelece, segundo antropólogos, por meio da acomodação à uma moral coletiva, determinada por um grupo dominante, o ser humano se acostumou com algumas práticas que o afastam de Deus.


Falar e pensar em Deus, para muitos, é entrar em um quarto sem porta, sem janela, sem chão, sem teto; e ainda assim se sentir apertado e desconfortável dentro deste quarto. Acredita-se na força do pensamento, a Vontade e Representação de Arthur Schopenhauer, mas não se concebe um Deus acima de todas as coisas. Um Deus cujo pensamento não pode ser entendido em sua totalidade.


O Homem, para permanecer alimentando com o que degenera seu ser, constrói automaticamente (significante e significado) um sentimento em relação a determinada coisa (objeto ou situação) do mundo social em que vive. Se há um valor moral que determine esta coisa como certa ou errada, ou se ainda não há tal juízo de valor; o Homem busca em seu intelecto uma justificativa que seja a base para o autorizar a fazer tal coisa ou acessar tal objeto. Após construir o argumento no intelecto, ele parte para consolidação da vontade. E isso, o desejo, se incrusta a sua identidade.


Em lençóis limpos, o ser humano elabora argumentos intelectuais para justificar seu pecado e se autorizar a cometê-lo. O pecado então passa a ser um novo morador do corpo humano. Ele circula pelo cérebro e se manifesta pelo restante do corpo. Passa a fazer parte da identidade deste ser. Na medida em que socialmente o estabelece como um ser moderno, ou como alguns afirmam, pós-moderno, o pecado dilacera o Homem por dentro, corrói aquilo que ele tem como espírito de vida, psiquê, sua alma (psychikos X pneumatikos).


A situação errante do homem está em seu desejo original. Adão administrava o mundo criado por Deus (Gn2:15). Desde que foi destituído de sua função original(por causa da desobediência), o homem tem confirmado a frustração das ações de quem se afasta de Deus. Sua ineficaz tentativa em provar a origem das coisas está aliada a sua incapacidade de garantir um desenvolvimento verdadeiramente sustentável ao mundo.


O homem destorceu a aplicação e o entendimento da palavra de Deus. O Ser humano diz ser por linhas tortas que Deus escreve certo a existência. As linhas tortas são o comportamento e perversão social do homem. Que errante, como uma galinha de cabeça decepada, anda ensanguentando o mundo, sem rumo, corre, bate as asas, sangra até morrer.


Há muitos que pregam a palavra de Deus adaptando os textos para sua conveniência. Aplicam o que acham “legal” o que não que r viver, ele diz: Isso não se aplica mais! O pior que sua afirmação está amparada na falta de conhecimento. As pessoas não estudam. Preferem a muleta. Preferem acreditar nos outros. Preferem subutilizar sua capacidade de aprendizado e de ensinar, para se acomodar ao que “ouviu falar”.


É fundamental escolher a Deus todo dia, todo momento. Como o filho, que ainda criança, correr sempre para os braços do pai, diz que ama, pergunta, aprende, brinca, confia. Devemos ser como crianças. Puros no sentir, no falar e adorar a Deus. A conversão não acontece na frente das igrejas, nos altares, no impor de mãos sobre a cabeça.


A conversão acontece no íntimo de cada um. Onde os sentimentos e pensamentos não viram palavras, mas muitas vezes se manifestam em gemidos, em lágrimas ou suspiros. No íntimo, onde só Aquele que vê o que está em secreto, Aquele que sabe o que precisamos antes de pedirmos, que manda o Espírito Santo para interceder por nós, pois nem sabemos como pedir o que precisamos e o que queremos (Rm 8: 26).


Há um momento em que o ser humano chega em uma bifurcação. De um lado o caminho do colapso, da desgraça. O outro lado revela o caminho da salvação. Deus indica o caminho correto, se mostra disposto a ajudar na caminhada; mas cabe o homem escolher por onde quer andar. Deus age com misericórdia e justiça. Que escolha você fez? Você a confirma? Toda escolha traz consigo as inevitáveis consequências. Graças a Deus, pois o que escolhem corretamente terão as melhores consequências.


Converte-te, ó Israel, ao Senhor, Teu Deus; porque, pelos teus pecados, tens caído. Tomai convosco palavras e convertei-vos ao Senhor; dizei-lhe: Expulsa toda a iniquidade e recebe o bem; e daremos como bezerros os sacrifícios dos nossos lábios.


Não nos salvará a Assíria, não iremos montados em cavalos e à obra das nossas mãos não diremos mais: Tu és nosso Deus; porque, por ti, o órfão alcançará misericórdia. Eu sararei a sua perversão, eu voluntariamente os amarei; porque a minha ira se apartou deles.


Quem é sábio, para que entenda estas coisas? Prudente, para que as saiba? Porque os caminhos do Senhor são retos e os justos andarão neles, mas os transgressores neles cairão. Oséias 14


...