terça-feira, 26 de abril de 2011
à mesa?
Meu pêssego. Meu plágio.
Olhar para frente. Receber golpes do alto.
Chuva. Caramujo flor às Canelas. Cascas soltas. Cheiro.
Pó sobre o doce arroz; atroz lembrança. Gelada
Nome reluz. Mensagem que invade
Face que me brilha
Deus me fala por um menino
Socorre-me do soturno pensamento
raspas de limão
fisga-me com a fascinação dos tempos
caminho por vielas entre becos naturais, trilhas urbanas
flores na salada
textura e ternura
maracujá na carne
uvas esmagadas no copo
o corpo meio amargo ao chocolate
passocomunicacao.blogspot.com
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sexta-feira, 18 de março de 2011
entre.
Entremeio a variedade de discursos, interpretações de ideias e relatos de acontecimentos, sempre existem aqueles que fazem jus à finalidade de sua produção. Encontrá-los é um desafio cada vez maior. Relatos. O umbigo fala. Todos. Corrompemos o bom silêncio. Tornamos ébrias as palavras. O clichê é verdadeiro. Os questionamentos movimentam a sociedade, aperfeiçoa. Questionar é inquietar-se, manter acesa a chama. Qual o combustível? Há fogo em sarça que não se consome. Eterno.
Entre tremores, temores e reflexões. Rosas e algodão. A espinha dorsal entremeia algo. Ser tocado pela leveza dos significados, significantes e coisas. Independente das pessoas e das lagartas. Embora muitas vezes a razão seja um pingente utilizado ao pescoço e visualizado por nós pelo espelho, hoje um salto de roupa na piscina é o suspiro da sanidade. “A Roseira já deu rosa”.
sexta-feira, 4 de março de 2011
Filhos da pauta
Ambiente de esperança. De calor e intenso frio, onde as utópicas miragens fritam os corações. Lugar de disciplina, lugar de passagem. Um deserto com janelas para o jardim. Flores. No nascimento. Flores. Na mudança. Flores. Na esperança. Flores. Na morte. Flores são pétalas e espinhos.
Passageiro e eterno se divergem, alternam-se em re-significação. A linguagem prende, expande; é uma bússola cega guiada pelo ego. A comunicação e sua quitanda no comércio das ilusões. Controle e consumo. Poder. Reverberar para confundir e estabelecer novos valores, verdades. Sonhos e necessidade.
O desafio falido de comunicar e sobrepor um argumento. A ânsia natimorta de humanamente eternizar uma mensagem. “O meio é a mensagem”. “O diabo é o sol no coração dos homens. Somos hipócritas e intolerantes, salvos pela inocência que nos resta”. Transformação de dados. Discursos como dardos lançados sem alvo.
Não há papel suficiente. Há papéis por demasia e uma ilusão de insuficiência. Há o estouro no consumo. Arruaça informacional segue o limiar das detentoras de influência. Ideias frívolas por um egoísmo besta. As palavras caem pelo canto da boca como farelo. Conteúdo. Confusões. Informações. Conexões. Distrações. A terceira margem do rio. O sol no coração dos homens by SOD. Tentar e tentativas. Tentações. A crise de identidade no turbilhão da comunicação desnorteia o indivíduo em meio a um campo magnetizado pela linguagem e seu uso. A linguagem não como forma de orientação e integração, mas de controle. Significação.
Cabelos brancos já disseram que todo lado tem seu lado. Sorrisos do ópio a reluzir ideias. Presos em nossa ideia de liberdade. O idolatrado Bacon grita da geladeira que Saber é poder. Saber é estar preso. O poder de estar angustiado. Ruínas da humanidade.
Somos o canal que transforma a mensagem. O nome científico deste canal é Telephonos wireless sem fios. O que entra pelos ouvidos, é captado pelos olhos ou sentido pelos outros sentidos é diferente da interpretação criada no cérebro. É diferente da mensagem criada a partir da interpretação. A mensagem que sai pelos lábios, ou que de outra forma o corpo emite, é ainda mais diferente. A indústria cultural e seu frasco de dipirona e cafeína. A dependência a coisas erradas. A mensagem de Cristo é acorrentada por nós sob argumentos e discursos ruidosos, no melhor estilo do Telephonos wireless sem fios. O problema, ou solução, é quando esse canal se desgasta, apresenta defeito. Cabeça de papelão.
Óculo negro espreita os segundos. Ósculo pífio com o profano banhado pela vergonha. O fúnebre ciclo da carne podre. Destituir-se, livrar-se do arcaico, retirar o pó da soberba, alcançar a redenção, jorrar arrependimento e reproduzir vida. Óculo espreita a luz enquanto mais uma vez na cruz se limpa no sangue. O diferente nos cativa, o perigo nos atrai, mas a proteção vem daquele no qual se excede e transcende a sabedoria humana, pois Ele é o ser onde toda a sabedoria e amor são em plenitude. Somos migalhas. Olheiras se transformam em item de currículo. Vaga.
passocomunicacao.blogspot.com
sábado, 19 de fevereiro de 2011
~a
Escrúpulos: Frutos podres ao chão de uma árvore de raízes expostas; ressequidas. Esquecidas. São as tribos. As tripas de nosso egoísmo emanam a canção do controle, das decisões; e a consequência desce como chuva. "Preciso receber esperança na veia. Preciso fechar os olhos e ainda sonhar".
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
abraça
foto; Felix Lima - SP
ouça:
São muitas as palavras. Faltam-nos leitores. Estão escassas as mentes disponíveis ao raciocínio mais intenso. Elas estão sobrecarregadas. O fôlego para mergulhos profundos está comprometido. O corpo aguenta, mas há cansaço. Desde as madornas até a enxurrada de gás carbônico, o corpo se debate em realidade. Ritmo. Não somos heróis, mas somos faíscas da esperança em reluz algo maior, algo perfeito. Entretanto, nos deliciamos com a leveza de viver, nos lambuzamos com o ópio do presente, com o conto do futuro, a lábil língua incendeia o passado. Tratamos o que é passageiro como eterno e o que é eterno como fábula, pílula de ânimo. Incomoda-nos algo que esteja além de nosso poder de raciocínio. Erguemos argumentos para tapar nossa ineficiência em realizar, entender, comunicar, amar, acreditar. Entretanto, quanto mais alto, mais alto há para se estar. Possuímos brilho e capacidade de transformação. Humanos. Citações e paráfrases. Cada um que rumine pra si. Mas o alimento tem de entrar. Jardim. Páginas policiais, suor, sangue, promessas, luzes e sons, calor, chuva, sensações emoções, sentidos, inocência, crueldade, sobrevivência, poda, rega, fertilização, necessidade e sonho; crianças. Salvação.
Com tanta interpretação e percepção sobre os fatos. Nos distanciamos muitas vezes da premissa de comunicar o fato contaminando-o o mínimo possível. Ao falar, reescrevemos a Bíblia (nos afastando da mensagem simples e pura), estabelecemos nova constituição (permitindo cada vez mais atrocidades e irresponsabilidades), e fazemos do telefone sem fio nosso manual de disseminação e reformulação de conceitos [enfatizamos mas não inventamos (?) ]. Os clichês despencam do cordel, seja nas empresas, nas famílias ou em redes sociais. A culpa é da comunicação. A culpa é do oxigênio. O problema está no que precede e no que sucede a mensagem. That’s life, como diria Blue Eyes.
Certa razão na loucura. Sanidade é para os loucos. Num terreno baldio, em banheiros químicos, dentro de vagões de um trem que já parte, nossas ideias estouram à lucidez. Falar. Conhecer. Manifestar. Saber. Propósito. Redenção. Salvação.
“O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol”. Eclesiastes 1:9
Se todas as possibilidades na ordem e relação das forças já não estivessem esgotadas, não teria passado ainda nenhuma infinidade. Justamente porque isto tem de ser, não há mais nenhuma possibilidade nova e é necessário que tudo já tenha estado aí, inúmeras vezes. (Friedrich Wilhelm Nietzsche).
“De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem”. Ec 12:13
sábado, 5 de fevereiro de 2011
rosas
Um móvel. Uma parede. Fotos. Tempos.
Tudo aponta para a perfeição de Deus. Seja a fragmentada linha reta de Pessoa. Seja o distúrbio, sob sol a pino, do jovem Wilhelm. Importa que, seja onde for, em templos ou praças; em quartos, lençóis suados ou piso ensanguentado, Uno senhor, Uno intelecto, Uno propósito, manifestação trina. Além do cérebro e suas virtudes. Creia.
Rosa Vermelha escura, rosa vermelha matizada, rosa chá, rosa honora (venha conhecê-las). Aceite o desafio da perseverança. Diversidade. O tamanho do sonho. Na prateleira de uma padaria ou em lençóis de uma queen. Npk 10 10 10. Sol, terra, água e espectador. Jardim 2.0 - interatividade. Espinhos no café. Há fé. Temer o que se deve e nada além disso. A esperança, a poda. Ir além da capa. Com o fôlego certo, ir além das palavras. Não se convencer pelas palavras de sabedoria ou pelo exacerbado ventriloguismo, ou pelas ervas daninhas no enganoso coração. A intensidade e verdade estão na especificidade de se manifestar a cada um de modo inconfundível, especial, íntimo, único. Soberano. O mesmo. Sempre.
Leve-me até a porta esta noite. A porta que vai para 40, a porta que vai a 215, à porta que cabe-nos o futuro. Permita-me.
Um móvel. Uma parede. Fotos. Enrugada pele. Uma vida.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
entrefolhas
Ó minha casa, minha vida? Cama quente. Telhado sem fresta. Geladeira cheia. Armários sem baratas. Hospital vazio. Quem vai querer?
domingo, 30 de janeiro de 2011
prenúncio
Prenúncio do nada algo é. Soberbo em sua profundidade o pé chantageia o corpo. A cabeça o mete na lama. Unidos, os pés se lançam, imundos sobre a brasa. Purificação. A cabeça perde a ilusão de controle. Diálogo. Liberdade. A língua se dobra, o corpo se rende. Tralhas e trilhas pelo chão reverberam o sentimento que outrora parecia natimorto.
O ímpeto. Ante a textura de um sentimento. Esperança. A sintonia, mesmo distante. Sonhos? Ainda que imperceptível. Sintomas. Os planos, projeções, degustação. Compreensão. Frustração e tantos ão, ao... Tempo. Prenúncio. Aqui.
Os telejornais continuam a embrulhar peixes, molhados. As assessorias disparam pela janela a embalagem de um produto que nem mesmo ainda conseguiu-se produzir. E o público se delicia de fastfood e ilusões. Cada um com o tamanho que lhe fere o cancanhar. Circuito fechado.
A suave brisa envolve o corpo. O espirro. Reação natural. O gozo. A lua fisga os olhos em mais um espetáculo no céu. Uma lástima anuncia tremores na terra enganosa, a qual apenas Deus conhece. Comer e suar, é só começar. O asfalto. O circuito fechado. A ladeira. O cotidiano. Assistindo enquanto a corda estica. Pirilampo à cabeceira, intermitente lembrança. Rosas regadas a lágrimas. Adubadas em esperança. Florescem sob o sol forte. Memórias intermitentes brilham na noite. Reflexão de sonhos, refração da realidade. Unhas escondem o sangue e a terra. Os olhos, em silêncio, escondem palavras. Comunicam. Soterram.
As trêmulas mãos decidem entrar na briga. Com as aliadas unhas arranham o corpo, retiram cascas. Agarram o pescoço, quase arrancam a jugular. As ideias salivam ao canto da boca. A perseverança mereja aos olhos. O cérebro desliga as comunicações. A luz retorna. O humano é artifício, a loucura plena sanidade. Salvação.
onde vamos hoje.
Caça
palavras
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
da pé?
Cortou o dedo no extrator de grampos. Tentava ajeitar a lente de contato. Cego. Sua herança, um deslocado. Pé de abacate. Ele nem come. Vitamina. Da dor de seu corte não conseguia mais produzir. Resgatar o passado ou partir o futuro? Parir. O passado é o presente e o futuro uma possibilidade. Pessoas vivem da possibilidade. O produto antes de sair da embalagem. Mais cor, cheiro e expectativa de sabor. Data de validade.
ok. Esperava mais dos Espiões. A misteriosa chama ainda jaz à cabeceira. Um novo bonassi entrou na geladeira. Novamente a cova e seus leões. Cansado: o melhor estágio para se estar entre os homens. Ciclos reiniciam. Na verdade, estão completos. Algo desponta. Algo dobra, sobra e se mantém; deslocado. Intocado.
Único não quer dizer sozinho. Especial não siginifica ser melhor do que algo.
Complexo não é difícil. Fácil ainda pode ser intenso. Denso, tenso. Tenro.
Try a litle tenderness, love me tender and Sway
decifra-me e te pago o plágio à luz de velas.
Cheiro de álcool na ferida. É o ardor de um novo dia.
“Conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna” Judas 1: 21
estou aqui
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