Antes de partir para os textos mais recentes (dentre os quais estão os publicados no DA Presente e no Observatório da Imprensa. Segue mais um... e assim esta saudade está morta...
segunda-feira, 16 de julho de 2012
quinta-feira, 12 de julho de 2012
textos antigos
Quando releio esse, relembro a intensidade de Brissac e sua inquietação com tudo o que se faz urbano e humano.
segunda-feira, 9 de julho de 2012
quinta-feira, 5 de julho de 2012
segunda-feira, 2 de julho de 2012
Velharia...
Dentre tantos textos produzidos junto da equipe do Oficina (Unileste - 2001), alguns gosto de reler.... separei alguns...
terça-feira, 26 de junho de 2012
Transparência opaca liberdade
Em seu modus operandi, a mídia
surpreende como uma pastilha efervescente em um copo com água.
Rumores sobre sobreposição de narradores e técnicas
narrativas, obsolência de plataformas de comunicação
e o surgimento de uma nova cultura de consumo. Tudo mais e do mesmo.
A recém lançada, e
na imprensa divulgada, obra de Eli Pariser (O Filtro invisível:
o que a internet está escondendo de você) atenta para
uma sutil censura aos olhos da liberdade. Na mídia
convencional, o filtro já existe constituído por visões
de pauteiros profissionais e cifras mantenedoras. Na internet, o
filtro é mecânico/ matemático, pautado por
estratégias de estímulo ao consumo direto. Contra o ato
passivo de ignorar manchetes surge a demanda por uma curiosidade e
disposição para navegar na rede e confrontar
narrativas. “Na bolha dos filtros, a situação é
diferente. Nem chegamos a enxergar as coisas que não nos
interessam” alerta Pariser. É preciso um novo leitor diante
do colapso conceitual da dinâmica Tempo x necessidade +
Capacidade Crítica. Apenas compreender que a vigente liberdade
de expressão e transparência apresenta-se por uma
superfície conceitual turva é que o indivíduo
conseguirá vislumbrar uma direção sóbria
para suas decisões como cidadão.
Além disso, é
importante considerar a rentabilidade dos veículos. Como
garantir investimento financeiro em mídia digital e como
manter tantos títulos impressos; ainda mais agora com a
crescente segmentação da mídia impressa?
Consumidores são educados a mudar o perfil de consumo e a
pagar pelo conteúdo digital. Todavia, todo processo de
formação de público é moroso e com
falhas.
Nesse ínterim, o processo
de produção de conteúdo é permanente.
Análises do pesquisador David Abrahamson apontam brechas entre
a estrutura e continuidade das mídias digitais e das
impressas. Perante o público, o jornalismo impresso se manterá
como referência; a segmentação editorial deve
garantir a profundidade das coberturas sem tornar o público
uma célula alienada e isolada do corpo social. Ou seja, mesmo
ao se especializar em um tema, o veículo deve relacionar o
conteúdo com a multiplicidade social e contextualizar o
indivíduo entremeio ao turbilhão de informações
e demanda por decisões. Para vivenciar esse desafio, a
tecnologia é paradoxalmente um aliado do jornalismo, pois
instiga o profissional à melhoria e não à cômoda
e boêmica posição soberana na sociedade. Embora
muitos estejam aos tropeços inventando moda.
Enquanto as revistas mergulham na
segmentação e distribuição otimizada, os
impressos enxugam redações, atualizam projetos gráficos
(Em Minas Gerais, o último foi o Hoje em Dia, que copiou
formato do O Tempo e buscou leveza tipográfica e mais
disponibilização de conteúdo) e se relacionam
cada vez mais com o meio digital como plataforma complementar à
impressa, vinculada. O sucesso não pode ser mensurado de
imediato. A reação inicial do consumidor amadurece
junto a persistência do veículo e a disponibilidade de
informações.
Nesse momento, iniciamos o ciclo
de intensificação das pautas políticas, com os
óbvios candidatos corruptos panfletando uma imagem turva de
confiança. O clichê nos é fatal. Há pão
e há circo. A zona boêmia é então
transferida para as prefeituras e câmaras, e o cidadão
exala o ópio da indignação, topless, cartazes e
votos equivocados nas urnas.
O Processo de comunicação
(emissor – mensagem – receptor) se renova sobre o mesmo mito:
padrões estéticos de produção e de
consumo. O jornalismo precisa se posicionar como um circuito aberto.
Deve induzir reflexão e às vezes conduzir, mas não
entregar pronto, pois é falho ao se enxergar como premissa da
opinião pública e detentor da versão oficial dos
fatos. Fatos tais que são cada vez menos exatos, em virtude da
avalanche de interpretações que agora podem ser
postadas e transportadas por diversas mídias; em casa, nos
bolsos, ruas, painéis, fachadas, escritórios e até
mesmo naquela antiga conversa de esquina, beira da calçada ou
mesa de bar, ao gosto do bom gosto.
A liberdade social é
manifestada então na mídia sob uma película
opaca, chamada transparência, fabricada na cabeça de
Assessores de Comunicação, Redatores desavisados, e
também pela população da esperteza e repetição.
A viabilidade de qualquer mídia está em sua
representatividade e relevância. Para encontrar o que vale a
pena consumir, o leitor deve driblar os filtros programados e
confrontar narrativas, regurgitar informação e
transformar o que absorveu em algo produtivo para o que vem depois.
.,
segunda-feira, 21 de maio de 2012
bom dia
A manhã desperta minha face ao sol, o vento percorre minha pele definindo caminhos de refrigério, de excitação e paz. Pego uma flor e penso em você; guardo-a no aconchego do peito. Suas pétalas suaves sobre mim; poder sentir com intensidade a sutileza que você carrega naturalmente. Seu bom dia é transformador, seja qual dia for!
terça-feira, 8 de maio de 2012
limão n' água
Multiplicidade;
somos invariavelmente os mesmos? Continuo a frequentar as bancas,
insisto em atirar limões na água e observar os seus
efeitos. Entre os ombros dos mais afoitos, as pautas e ruas revelam
tanto desejo que as horas são poucas e os dias cada vez mais
necessários. Um país com significativa preocupação
com temas ambientais e controversa tratativa de tais assuntos.
A
fraca presença da imprensa no último Fórum
Mundial de Água (em Marselha) e a repercussão do
assunto na mídia despertou preocupação. Os
debates provocados no VII
Fórum Água em Pauta”, realizado pela Revista Imprensa
e pela Bolsa de Responsabilidade Social (BRS), em Fortaleza (CE),
alfineta-nos ainda mais. Como os jornais de grande circulação
e os jornais de circulação regional tratam do tema?
Como proporcionam a reflexão e mudança de hábito
do cidadão? Aos que não fazem, é tempo de
despertar; aos que esboçam uma narrativa, é preciso
mais do que panfletagem.
Inevitável
então é condicionar o público para a faceta
econômica de comportamentos sociais. Combater a violência,
a droga, o crime ambiental e a pobreza e falta de saúde
tratando todos como indicadores econômicos dos mais importantes
(como variáveis do mercado econômico); mostrar e
amplificar como tudo isso nos é muito caro. O avanço
tecnológico e as mudanças no periodismo das mídias
tornaram equivocadamente o “passar os olhos” sinônimo de
leitura. Precisamos fazer como disse Dines à revista Negócios
da Comunicação: “Eu subordino a tecnologia ao texto,
e não o contrário”. As universidades, entidades e
institutos de pesquisas despejam diariamente estatísticas que
nutrem pautas e a desinformação da massa.
Considerando
a importância do lucro para as atividades sociais
contemporâneas, a Economia Verde a ser debatida na Rio +20
propõe tratar a natureza como um capital. Desse modo,
estratégias de lucratividade a partir de investimento em
preservação serão apresentadas como solução.
O lucro saudável, sem exacerbado ganho financeiro, mas também
sem prejuízo. O ganho humano é maior.
Enquanto
a preservação do meio ambiente depender do emocional
coletivo, nada de efetivo acontecerá. O indivíduo se
move pelo bolso ou pela barriga que dói. A cobertura da
imprensa deve ampliar os interesses envolvidos em questões
como a do Código Florestal e não ficar com uma placa de
protestos em mãos.
O
factual precisa ser utilizado como instrumento de reflexão e
não para induzir uma opinião (como é feito desde
os primórdios), mas proporcionar o diálogo. Talvez essa
seja a alternativa à consciência social vigente:
Proporcionar mudança pelo debate (e não combate) da
multiplicidade de ideias, reforçando que alguém terá
de ceder, é inevitável.
A
Presidenta Dilma tem até dia 25/5 para se manifestar sobre o
Código Florestal. Enquanto isso, a população
continua como uma massa em bloco de carnaval atrás do trio
elétrico: presa no automatismo de pensar e agir. A rima pobre
é válida: Tudo muito polarizado em mundo globalizado.
sinto você ranger abaixo de mim,
não me canso de tocar-te;
mantenha-me de pé enquanto persistir o sonho
Saiu também no Observatório da Imprensa
http://observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed694_atirei_um_limao_nagua
--
quinta-feira, 26 de abril de 2012
tipografia orgânica
Acordo e revejo Life in a Day (o longa, projeto de retalhos do you tube); a encenação do espontâneo. O desafio de montar o enredo e a facilidade de obter cenas repetidas e ângulos comuns, pois somos repetitivos e iguais em essência (criativa?). Excesso. A tela passa por vaidade, prazeres, ridicularidades, simplicidade e irreverência. Tudo ao mesmo tempo, por toda a parte. Remendos de felicidade X verdade. Nossas particularidades mostram-se sutilmente especiais. Especiais por serem nossas, únicas em si, e não por serem mais ou menos relevantes na esfera social. Mais do que a essência do detalhe; o lugar que ele ocupa no tempo e espaço.
O filme constrói uma mensagem que comunica a humanidade a partir dos fragmentos. A comunicação espontânea, remontada. As interpretações à flor da pele.
Transpor a imperceptível lâmina d'água da realidade e misturar-se ao outro. a justaposição de Eiseinstein e a liberdade de Bazin. O epicentro da vanguarda em algo que se revela não como novo, mas como alternativa ao fluxo da modernidade. A reflexão sobre o que é o dia, a vida e um no outro.
Essa tua ruminança não é genialidade. É uma coceira do ego, da vontade de dominar. A alternativa então é ser cafona e sumir na massa, para que você me conte nua; me continua na curva da cintura desse nosso devaneio. Quando a palavra silêncio preenche toda a minha boca você surge. Contempla sentada ao meu lado. Ah, a tipografia orgânica desse seu olhar;
Em tempo, observar um grande artista embrenhar-se pelos números em prol de alternativa para sustento e desenvolvimento só anima quando percebo que a desesperança urbana será golpeada pelos olhares do meu amigo artesão da vida, que modelará os números em um cálculo que dobrará o concreto de nossos corações e transformará os espaços em ideias habitáveis. Que Deus mantenha a visão.
Outros filmes se repetem diante dos meus olhos, Diário de um jornalista bêbado e os Amores da casa de tolerância. A realidade em estado cru, a fantasia nua de narrar histórias marcantes. O cinema ainda é alívio, mesmo quando nos sufoca.
Hoje permito-me estar absorto na névoa que se esvai e revela a silhueta do infante sorridente a correr sob os raios de sol da manhã. O que ela [névoa] revela fascina-me todos os dias, todavia, a maneira como ela se dissipa intriga-me. Ela vai sem nada levar. Eu fico nu orvalho, admirando o novo dia do qual faço parte.
eu passo!
passocomunicacao.blogspot.com
terça-feira, 17 de abril de 2012
Valor às marcas
O desejo de ser
referência para a opinião pública está
mais atrelado a uma busca por lucro e controle de mercado do que
prestação de serviço à vida. Diante das
mudanças bruscas das últimas décadas, o poder e
valor das marcas já não pode ser trabalhado como um
anúncio, uma placa, um nome gritado aos quatro cantos do
esférico mundo.
A regionalização
das narrativas, em linguagens e temas tem sido a estratégia
padrão para integrar os consumidores e fidelizar o novo
cidadão digital. O modelo de construção das
marcas ultrapassa os espaços publicitários, e
alastra-se pelo espaço editorial, pelo espaço físico
das cidades e pela manifestação cultural. É
necessário conhecer a natureza do resultado a que se propõe
obter. O valor a ser construído depende dos parâmetros
que constituem a cultura da organização.
Seja a partir das
sucursais (muitas em extinção); seja os grandes meios
de comunicação com uma gestão integrada de
afiliados (Globo com 29 grupos de comunicação e 122
emissoras – sendo 117 afiliadas); seja nas empresas com um
corporativismo velado sob a tutela dos conceitos-produtos:
Responsabilidade social, Qualidade de Vida e Sustentabilidade. Todas
as frentes de comunicação anseiam tocar o público,
controlá-lo, saciar as vontades que os próprios meios
criam. Mas como se posicionar diante dessa massa?
Os gestores, com raiz
no modelo antigo de administração, são
resistentes a assumirem a transparência como virtude. Eles a
consideram um risco, uma ameaça à saúde do
negócio. Dessa forma, cerceiam a liberdade dos profissionais
de comunicação (dentro ou fora das redações)
como um indivíduo pensante. São poucas as empresas e
áreas de comunicação que sustentam uma postura
transparente e sóbria na construção de
discursos, práticas e relacionamentos. A marca (seja de uma
indústria ou de um veículo de comunicação)
deve ir além do símbolo, precisa representar um valor,
um caráter perceptível nas práticas.
A integração
de serviços e a livre escolha são estandartes do mundo
contemporâneo. O indivíduo precisa sentir liberdade para
consumir informação e o acesso deve ser resultado de
uma fórmula cruel, onde a instantaneidade deve estar
disponível em multiplataformas a um custo baixo [ o que muitas
vezes desconsidera o valor de produção e do produto].
TV, jornal, rádio,
tudo na palma da mão. O smartphone dita o ritmo de vida
moderno. O rádio foi então revitalizado pelo twitter,
os jornais pelo facebook e a TV pelos portais de convergência
de conteúdo. A maneira como a Rádio CBN e a Itatiaia
utilizam o twitter para alinhar e expandir a programação,
provocar interatividade e prestação de serviços
tem dado fôlego ao fazer jornalismo. O mesmo acontece com as
fanpages dos jornais. As notícias provocam diálogo
direto com os leitores e aponta caminhos possíveis para
aprofundar nos temas veiculados. Muitos têm aprendido a
trabalhar tendo a interferência do público como
instrumento do processo narrativo.
O turbilhão do
padrão de absorção das novas gerações
é um dos desafios do atual modelo de consolidação
de marcas por meio de ações de comunicação.
A cultura de timeline impera. F5 é o piercing na
língua da juventude. Engajar todos na cadeia de produção
e absorção de conteúdo é algo inevitável.
Engajar o
empregado/consumidor é dar poder a ele. Isso é um
paradoxo da gestão atrofiada que não percebe os
benefícios do equilíbrio entre autonomia e
arbitrariedade. Para que as organizações, midiáticas
ou não, obtenham representatividade perante o público é
preciso trabalhar à sombra da confiança e não
hesitar para mantê-la intacta. A ruptura da confiança
reinicia todo o processo de sedução do outro, trincando
as marcas. Enfim, o processo de comunicação está
cada vez mais vulnerável, pois embora tenha suas premissas
básicas (tal qual leis da física) sua instabilidade
despertou como um vulcão acordado. No desconforto procura-se
por referência. É fundamental refletirmos a respeito de
qual valor há nas marcas que espalhamos ao vento, para não
sermos fustigados pelo que sair do vulcão que criamos.
Publicado também o Observatório da Imprensa http://observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed690_o_valor_das_marcas
Publicado também o Observatório da Imprensa http://observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed690_o_valor_das_marcas
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