segunda-feira, 7 de junho de 2021

Dimensões atordoantes


O boomerang das narrativas. A comunicação, via mensagem, conduzindo o usuário que a conduz até o receptor (sendo ele outro detentor de mensagem e influência na ordem social) e voltando (vez por outra em um voo de borboleta). Conceber discursos (organizacionais ou não) tornou-se cada vez mais desafiador. Seja pelo aumento do índice de engajamento e inquietação do público, ou pela mudança do perfil das plataformas de transmissão das mensagens e padrão de composição e durabilidade das narrativas.  

A nem mais citada globalização atravessou as massas, impactou leituras de grupos sociais, integrou processos macro. Em seus desdobramentos, ou avanço, como queira, interferiu no padrão do indivíduo de constituir sua face social. Ou seja, tornou-se volúvel de acordo com o repertório que a todo o tempo é alterado com novas formas de se expressar, de receber conteúdo, de acessar. O "telefone sem fio" não é o cochicho de ouvido em ouvido, mas é wi-fi, reverbera sem controle. No ar, uma massa diversificada de significações, chovendo influência sobre a sociedade. Vai e volta indo para outro lugar. 

Sem subestimar seu público-alvo.  Essa deve ser não uma premissa institucional apenas, mas interiorizada em todos. A partir dela, pensa-se o objetivo da mensagem e segue o rito de sua produção. Vemos diversos aparatos modernos, muita publicidade arrojada, muita narrativa aparentemente de vanguarda, mas que em sua maioria, pré-julga o público e falha na premissa citada no início do parágrafo.

Lance sua narrativa






sábado, 1 de maio de 2021

Poros - live de lançamento

Uma experiência especial. Uma conversa entre amigos de décadas! Confira  pelo link abaixo como foi o bate-papo de lançamento do meu livro Poros.

https://www.instagram.com/tv/COWQUL0FP6_/?igshid=1d0iki1u7utte 





quarta-feira, 7 de abril de 2021

indignar-se


A maturidade da indignação é perceptível quando a inquietação social da classe ou do indivíduo, se manifesta não na pueril agressão ou na institucionalizada crueldade, mas sim em argumentos sóbrios, consistentes, analíticos e não alienantes. O contraponto bem feito é o que oferece equilíbrio à sociedade. A massa tende a permanecer no estado atual (parada ou em movimento), estagnada ou em evolução. Os solavancos que marcam nossa história rompem a inércia para o bem e para o mal. Nesse ínterim, é fundamental manter o olhar atento ao todo e aos detalhes, sem prender-se aos vícios de interpretação e o automatismo de produzir significantes que alimentam a zona de conforto. É necessário indignar-se; de forma madura. Feliz Dia do Jornalista, sobretudo em tempos tão difíceis. 

sábado, 27 de março de 2021

Escadas e escaladas


Em tempos de muita informação e ritmo frenético de mensagens, é preciso ter uma narrativa leve, mesmo que para tratar de assuntos densos.

Ser leve não é imputar ao outro o peso que estava em seus ombros. Não é para deixar a vida dos outros mais pesada e ser assim mais leve. Ser leve é ter transformado o olhar e o agir; e principalmente, o refletir. Para crescer profissionalmente não é necessário prejudicar uma pessoa, não é necessário ferir o próximo para se tornar um ser humano melhor. A escalada da notícia, a derrocada do cidadão. Nas escadas, muitos fazem dos outros de degraus, ou até mesmo pisam em valores morais, erguendo o estandarte de argumentos tão vazios, plastificados para tentar ser perene. 

As pessoas estão confundindo competência com crueldade; tanto no mercado de trabalho, quanto nos relacionamentos pessoais. Não se deve ser imaturo a ponto de querer acabar com a brincadeira porque é o dono da bola, mas quem joga melhor é o outro. Deve-se jogar junto. Ir pelas escadas ou pelo paredão da realidade. O importante não é chegar ao topo, mas como você se lança no processo de subida. Aproveita a paisagem? Compartilha? Ajuda outros a subirem? Entende que para ajudar o outro às vezes você tem de ficar para trás, reduzir o ritmo ou carregá-lo? E até mesmo ser carregado?

As parcerias efetivas constroem algo irretocável, um legado elementar para a manutenção da sociedade, ou pelo menos, da narrativa proposta.

Na comunicação, compreender o potencial da equipe e estimular as performances entendendo como a narrativa é assim valorizada. Com as especificidades de cada um compondo a narrativa sem ter como premissa prejudicar alguém. Os resultados são, então, muito mais que indicadores.




sábado, 20 de março de 2021

Dedos e ranhuras



À frente no túnel do tempo, deixando para trás tanta coisa que bate à face, seguindo no túnel do carpo, driblando artrite,  tendinite e a tenossinovite. Dedos doem sem grandes preocupações, fazem o indivíduo parar um pouco com o celular. A vida. A interação pelo dedo que digita, que passa postagens, que dá corações, palminhas e carinhas. Acompanhar a vida dos outros, as coisas dos outros, as coisas que inexistem e as que persistem. Fora das telas, corre outra realidade. Muito se fala sobre isso, mas é crucial, no intervalo entre inspirar e expirar, refletir sobre o que de fato importa. Sem a plástica de representar para alguém, ou até mesmo de dizer em voz alta; mas com a intensidade de absorver o que se pensa, revestir o olhar com a maturidade de ir além do padrão social. Cobramos tanto uns dos outros e até de nós mesmos. Amamos julgar e responsabilizar, mas afora isso, o que há?  As ranhuras da palma das mãos sempre estiveram ali, desde a infância; todavia, pouco a pouco foram sendo preenchidas de sentidos, de memórias e esquecimento.

Na dobra do horizonte, depois e antes e além das belas paisagens, das nuvens enigmáticas do céu, dos sons da natureza e dos alto-falantes. Afora toda imagem, todo argumento e explicação. Sem incitar euforia e desespero do caos, sem pairar junto à acomodação da alienação e automatismo; encontrar e vivenciar o instante em que se aprimore quem se é sem grandes elucubrações. 

Ler Retrato - de Cecília Meireles evoca um desses instantes. Não importa o que ela sentiu, pensou e intencionou quando escreveu (pois trata-se de uma imensidão que é dela), o olhar do leitor se apropria dos traços e dão a eles um significado particular, desencadeando reações pessoais, possibilitando transformações; perceptíveis ou não, marcantes.

 

sexta-feira, 12 de março de 2021

Comunicar sem inventar rodas


A contemporaneidade apresenta um cenário preocupante. A Era da informação se desdobrou pelos aspectos prejudiciais de sua intensidade e acessibilidade. Quando se considera o volume de informação, a capacidade do usuário receber, interpretar e reverberar um significante, a acessibilidade aos meios de produção e distribuição de mensagem, somado ao nível de maturidade do indivíduo e do grupo social, percebe-se os riscos de boas mensagens ficarem perdidas ou serem deturpadas. Para a comunicação corporativa, ao invés de se preocupar em inventar novas rodas, é fundamental aprimorar o básico, manter a continuidade da narrativa, rever e amadurecer (quando preciso)  o posicionamento. 

Sempre pensar no objetivo da mensagem. Falar o quê para quem?  

Em tempos de isolamento da empatia, os fluxos urbanos pontuam na paisagem mensagens comerciais e institucionais por onde o cidadão passar.  Quando planejada, a sinalização urbana racionaliza o uso da comunicação com clareza e objetividade da informação. Expandir a mensagem pela cidade, de forma estratégica, organizada. #comunicação AAPI Informar possibilitando ainda interação com o público via QRCode.

Mantendo a roda girando, mesmo quando o terreno é inóspito e o fluxo está mais para atrofia, pensar em potencializar a mensagem pelas plataformas disponíveis. Proporcionar aos associados (público-alvo) diversidade de conteúdo, manter a entidade (narrativa organizacional) próxima do público. Novo programa semanal no canal da AAPI utiliza leveza e bom humor de um professor parceiro para dar dicas de inglês, por meio de pílulas em vídeo. #identidade #aapi




Números - entre o tropeço e o soluço


É clichê, mas ignorá-lo não nos torna melhores. Quando o divórcio, o acidente, as dívidas, a morte, a doença, o nascimento, o casamento, solidão, a vitória ou a derrota estão distantes sempre serão estatísticas, números absolutos ou índices percentuais e tudo o que o homem cria em sua narrativa é passível de pelo menos duas interpretações: a que confirma e a que questiona; afora outras.

Por mais que os números possam talvez, quando comparados a outros dar a impressão de ser menor; vale lembrar: se não é algo absoluto, 100%; sempre podemos cair naquele 1%, naquela pequena margem, naquela improbabilidade; aí chamamos de fatalidade e muitas vezes engolimos sozinhos o sofrimento

Quando está perto da gente, esses números viram sentimento, dor, prazer, euforia, desespero. É clichê, mas precisamos sempre revisitá-lo para nos lembrar de sermos humanos. 

Ao criar uma narrativa é importante considerar tudo o que representa os indicadores. Seja em relatórios corporativos, mensagens motivacionais nas organizações, nas matérias jornalísticas, os números evocam muito mais que apenas quantidades. E a mensagem criada deve se importar com isso. Portanto, na construção da narrativa é preciso transitar pelo clichê de forma assertiva, tendo em mente o objetivo da mensagem na ordem social. Faz-se necessário evitar os vícios editoriais, as bandeiras das vaidades e convicções de torcida e se permitir à reflexão e diálogo.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Poros


Cobogós do corpo. A comunicação entre dimensões, o fora, o dentro, entre. Maestro do arrepio, porta-voz da dor, do cansaço, da euforia. A textura que a realidade não consegue tapar. Poros é passagem, é portal para dentro de si. É a porta de saída de sentimentos silenciados. O que não cabe em palavra o corpo fala. Porque escrever um livro? Para estimular a leitura nos intervalos entre telas. Para lançar o olhar sobre essa ideia de perenidade. Essa mania de interiorizar a eternidade e tornar complexo o relacionamento com o outro, com o tempo e a realidade. Evite as avenidas amargas. Não valem a poesia. Bandidos olhares marcam as sombras. Os passos evitam se entregar a tanto tropeço do olhar. A simplicidade prevalece. Então, sendo lido ou não, posto está.

Mais um título lançado pela Editora Lura; disponível a partir das próximas semanas na livraria Martins Fontes (Av Paulista. SP), aqui no blog, no site da Amazon e também no site da editora. O conceito da capa é do artista plástico e meu grande amigo irmão Luciano Moreira Fonseca.

Este livro e os demais que escrevi, você encontrará também a partir do próximo mês no site Estante Virtual

📓Livraria da Lura: bit.ly/LU90095
📓Site da Amazon: amzn.to/2Mqiax1

Receber comentários de leitores é muito bom. As impressões de meu irmão e de meu primogênito são para mim de uma potência sem medida. Abaixo, a crítica que recebi do mestre Luiz Carlos Lacerda, o Bigode. Emociona, estimula e aquieta.







Transpire.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Soro

 


Soro BSB
quem sabe
um dia

"Clichês derramados no mataborrão da vida. Cada luz com uma história, cada solidão um silêncio e nele um texto, cada escuridão a ansiedade da sensação, das sensações. O entendimento assim como o sentido, extrapolam as lógicas de uma sociedade contemporânea. A mancha da xícara diz mais que teu olhar a rondar meus pensamentos. As construções têm mais que tijolo e massa. Significado. Café para dois."





segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Comunicar e integrar setores

Saber lidar com as vaidades e estruturar ações que priorizem os reais objetivos da instituição. Assim a Comunicação obtém resultados que independentemente da dimensão do negócio,  potencializam a imagem e a reputação. Integrar os saberes, os setores, tendo como objetivo ações efetivas, sem florear, mas comunicar e cumprir a missão do negócio. Entender como a multidisciplinaridade deve funcionar consolidando a empresa como una. 






Saiba mais:

Jornalismo Empreendedor