quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Dureza



Ate onde levará o homem sua dureza de coração? Até quando será instrumento do diabo e alimentará a destruição de todos os conceitos determinados por Deus? Os homens mudam os conceitos diariamente, mudam o foco de sua vida. Isso também entre os cristãos. Pessoas que na verdade têm o foco em instituições, querem arrastar pessoas para dentro de suas igrejas, e consequentemente para a presença de Deus.

Mas Deus não habita em templo feito por mãos humanas. Se o corpo humano passa a ser o templo do Espírito Santo; Se Deus afirma que está à porta e bate, ou seja, ele não arromba, quem pode abrir a porta do coração? Ninguém. É você e Deus. O diabo com ações contrárias, ações que buscam enganar até mesmo os escolhidos. Tempo do fim.

A dureza do coração faz o homem não compreender o mover de Deus, a palavra dele e o que ele deseja da vida do ser humano. A dureza do coração faz com que o homem pense ter em mãos um controle remoto universal, que pode definir, redefinir e adaptar tudo, até mesmo o relacionamento com Deus.

A Palavra de Deus diz que busque que você encontrará, bata à porta e ela será aberta, peça e dar-se-vos-á. Então busque e confie no seu relacionamento íntimo com Deus. Deus não deixa confusão. Busque e o adore em espírito e verdade, e ele confirmará o desejo dele para a sua vida.

Enganoso é o coração mais do que todas as coisas e perverso, quem o conhecerá? Eu o SENHOR, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos, e isso para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações.” Jr 17; 9,e 10.

Bendito é o aquele que confia em Deus e que Deus é a sua esperança.

Porque ele será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga nem deixa de dar fruto. Jr 17; 7 e 8

Afaste a ira de teu coração, sê sábio. Deus é quem dá sabedoria. A sabedoria faz resplandecer a face e muda a dureza do coração. Vai ter com a formiga ó preguiçoso e vai ler Bíblia. Busque conhecimento e discernimento na Palavra de Deus, ore e busque o direcionamento de Deus.

Em Eclesiastes 7; 29, o Sábio rei Salomão escreveu: “Vede, isto tão somente achei: Deus fez o homem reto, mas ele buscou muitas invenções”.

Visto como não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto a praticar o mal. Ec 8; 11

Muito fácil a acomodação aos padrões sociais flutuantes. Padrões que mudam conforme é lançado um novo software. Muda o que é correto, o que é família, quem é Deus, o que é ser honesto, o que é julgar...

Pois Jesus nos ordenou não julgar uns aos outros. Com a mesma medida que julgarmos, com o mesmo sistema de relevância que julgarmos o outro, seremos julgados. Não como castigo, mas é mais uma lição do que vem a ser a verdadeira justiça.

A Bíblia afirma com clareza que ninguém pode esquadrinhar o pensamento de Deus e ainda assim o ser humano teima em se fazer de Deus da própria existência.

Vós tudo perverteis, como se o oleiro fosse ao barro e a obra dissesse do seu artífice: Não me fez e o vaso formado dissesse do seu oleiro: Nada Sabe. Is 29; 16

Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos confins da terra nem se cansa, nem se fatiga? Não há esquadrinhação do seu entendimento. Jr 40; 28

Não há sabedoria, nem inteligência, nem conselho contra o Senhor. Pv 21; 30

Os passos do homem são dirigidos pelo Senhor, o homem, pois, como entenderá seu caminho? Pv 20; 24

Todo o caminho do homem é reto aos seus olhos, mas o Senhor sonda os corações. Pv 21; 2

Pela dureza do coração do homem foi permitido o divórcio, algo contra a vontade original de Deus para a Família (Mc 10; 5-9 / Mt 19; 6-8).

Guarda teu coração. Alimente-se da Palavra de Deus e guarde os estatutos de Deus em seu coração. Quando então buscar a Deus e verificar seu coração, não será constatado nada a não ser a vontade de Deus. Suas bases não podem ser o discurso dos outros, suas experiências interculturais e sociais. Suas bases devem estar firmadas em Deus.

Deus sabe o que você precisa antes de você pedir (Mt 6), sabe o que você tem em secreto no coração. O sentimento e pensamento genuíno, sem tradução em palavras. Confie em Deus e aprimore seu relacionamento com ELE.

Não turbe seu coração. Creia em Deus (Jo 14; 1), Inclina teu ouvido e ouve as palavras dos sábios e aplica o teu coração à minha ciência (Pv 22; 17)

Mas aquele Consolador [Advogado, Amparador Gr. Paracleto] O Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar tudo quanto vos tenho dito”. Jo 14; 26

Por que caminhos seu coração tem levado você? O que seus pés têm sentido em todos estes anos? São diversas as texturas. Nossos pés seguem nosso impulso de andar, mesmo sem uma direção definida. É momento de mudar nossos caminhos para os caminhos que Deus quer que percorramos. É momento de mantermos nosso coração (área do cérebro responsável pelas emoções e sentimentos) aberto e flexível para o que Deus tem para nós.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Caminhos Retos




Desde a Grécia falavam os homens que os sentido enganam. Os sentidos enganam, os sentimentos seduzem e os fatos nem sempre são exatos. O que ou quem é você? Qual a sua identidade?


Olfato, paladar, tato, audição e visão. O que você tem olhado tem contribuído para o seu crescimento como uma pessoa digna, ou apenas confirmado que és um errante. Do que você tem se alimentado? Tem se entregado aos prazeres momentâneos do tato, do paladar, da audição, da visão e do olfato. O perfume de quem você tem cheirado? Ou tem cheirado o pó branco? O que tem feito com o seu toque? Tem agredido ou profanado outros corpos?


O que tem assistido? Sangue suor e gozo profano? Que conselhos tem ouvido e falado? Qual o hino de sua vida? O hino do umbigo? Um buraco no meio da barriga que é apenas a lembrança de uma ligação essencial com quem te gerou. O que floresce em seu ventre? Seu suco gástrico dança com bebidas alcoólicas, comida forte e desequilibrada? Por ter crescido em um grupo social que se estabelece, segundo antropólogos, por meio da acomodação à uma moral coletiva, determinada por um grupo dominante, o ser humano se acostumou com algumas práticas que o afastam de Deus.


Falar e pensar em Deus, para muitos, é entrar em um quarto sem porta, sem janela, sem chão, sem teto; e ainda assim se sentir apertado e desconfortável dentro deste quarto. Acredita-se na força do pensamento, a Vontade e Representação de Arthur Schopenhauer, mas não se concebe um Deus acima de todas as coisas. Um Deus cujo pensamento não pode ser entendido em sua totalidade.


O Homem, para permanecer alimentando com o que degenera seu ser, constrói automaticamente (significante e significado) um sentimento em relação a determinada coisa (objeto ou situação) do mundo social em que vive. Se há um valor moral que determine esta coisa como certa ou errada, ou se ainda não há tal juízo de valor; o Homem busca em seu intelecto uma justificativa que seja a base para o autorizar a fazer tal coisa ou acessar tal objeto. Após construir o argumento no intelecto, ele parte para consolidação da vontade. E isso, o desejo, se incrusta a sua identidade.


Em lençóis limpos, o ser humano elabora argumentos intelectuais para justificar seu pecado e se autorizar a cometê-lo. O pecado então passa a ser um novo morador do corpo humano. Ele circula pelo cérebro e se manifesta pelo restante do corpo. Passa a fazer parte da identidade deste ser. Na medida em que socialmente o estabelece como um ser moderno, ou como alguns afirmam, pós-moderno, o pecado dilacera o Homem por dentro, corrói aquilo que ele tem como espírito de vida, psiquê, sua alma (psychikos X pneumatikos).


A situação errante do homem está em seu desejo original. Adão administrava o mundo criado por Deus (Gn2:15). Desde que foi destituído de sua função original(por causa da desobediência), o homem tem confirmado a frustração das ações de quem se afasta de Deus. Sua ineficaz tentativa em provar a origem das coisas está aliada a sua incapacidade de garantir um desenvolvimento verdadeiramente sustentável ao mundo.


O homem destorceu a aplicação e o entendimento da palavra de Deus. O Ser humano diz ser por linhas tortas que Deus escreve certo a existência. As linhas tortas são o comportamento e perversão social do homem. Que errante, como uma galinha de cabeça decepada, anda ensanguentando o mundo, sem rumo, corre, bate as asas, sangra até morrer.


Há muitos que pregam a palavra de Deus adaptando os textos para sua conveniência. Aplicam o que acham “legal” o que não que r viver, ele diz: Isso não se aplica mais! O pior que sua afirmação está amparada na falta de conhecimento. As pessoas não estudam. Preferem a muleta. Preferem acreditar nos outros. Preferem subutilizar sua capacidade de aprendizado e de ensinar, para se acomodar ao que “ouviu falar”.


É fundamental escolher a Deus todo dia, todo momento. Como o filho, que ainda criança, correr sempre para os braços do pai, diz que ama, pergunta, aprende, brinca, confia. Devemos ser como crianças. Puros no sentir, no falar e adorar a Deus. A conversão não acontece na frente das igrejas, nos altares, no impor de mãos sobre a cabeça.


A conversão acontece no íntimo de cada um. Onde os sentimentos e pensamentos não viram palavras, mas muitas vezes se manifestam em gemidos, em lágrimas ou suspiros. No íntimo, onde só Aquele que vê o que está em secreto, Aquele que sabe o que precisamos antes de pedirmos, que manda o Espírito Santo para interceder por nós, pois nem sabemos como pedir o que precisamos e o que queremos (Rm 8: 26).


Há um momento em que o ser humano chega em uma bifurcação. De um lado o caminho do colapso, da desgraça. O outro lado revela o caminho da salvação. Deus indica o caminho correto, se mostra disposto a ajudar na caminhada; mas cabe o homem escolher por onde quer andar. Deus age com misericórdia e justiça. Que escolha você fez? Você a confirma? Toda escolha traz consigo as inevitáveis consequências. Graças a Deus, pois o que escolhem corretamente terão as melhores consequências.


Converte-te, ó Israel, ao Senhor, Teu Deus; porque, pelos teus pecados, tens caído. Tomai convosco palavras e convertei-vos ao Senhor; dizei-lhe: Expulsa toda a iniquidade e recebe o bem; e daremos como bezerros os sacrifícios dos nossos lábios.


Não nos salvará a Assíria, não iremos montados em cavalos e à obra das nossas mãos não diremos mais: Tu és nosso Deus; porque, por ti, o órfão alcançará misericórdia. Eu sararei a sua perversão, eu voluntariamente os amarei; porque a minha ira se apartou deles.


Quem é sábio, para que entenda estas coisas? Prudente, para que as saiba? Porque os caminhos do Senhor são retos e os justos andarão neles, mas os transgressores neles cairão. Oséias 14


...

domingo, 7 de fevereiro de 2010





Humanos. Precisam respirar. Todo o dia. Num desses respiros, mais à frente escreverei algumas sensações e pensamentos gerados em uma mostra de cinema. Havia riqueza ali, além das

Faces / esteriótipos culturais/ Construções históricas
Suor / drogas / juventude / sorrisos e gozos
Interpretações / discussões / versões
Ilusões
Poder / dinheiro / poder / seres humanos por toda a parte
Desejos e necessidades

Tomar fôlego e mergulhar novamente. A imagem da carne vai sumindo à cabeça e o estômago termina seu trabalho. Despachando para o próximo órgão. Após aclimatação, a descida é um pouco, maior.

Seus olhos captam uma imagem que não é projetada em sua mente. Ele vislumbra então sua vida além de seus interesses, além de sua versão dos fatos, ele olha por outros olhos. Ele sou eu. Eu sou você. “somos diferentes, porém somos iguais”, como dizia a porquinha.

Se deixar de focar em suas vontades e maneira como escreve (constrói sua versão) a própria interpretação da vida; se perceber que nada gira em torno de você, mas você gira junto com tudo. Depende do ponto de vista e do quanto você se permite em suas terminações nervosas.

Um relâmpago. De sua estante caíram “Poiuy, Páginas Rasgadas, Aspargo, Primeiro Livro, Desabecedário e o Circo Empenado”.

Mergulhado no solvente universal, sinto minha estrutura mudar. Minha mente faz conexões que ainda eu não havia alcançado. Redenção?

“Oração lágrimas

Que me tenhas como fogo
Que me transbordes e que me (re) faças
Que não me mates com o tempo
Que traga amor e não tormento
Que ajude e mostre para nós
O que nos reserva
Que deixes correr a vida e não a morte
Que permitas amor à lua e eu juntos
Que ao separar que me deixe ir
Que entendas, que saibas os puros, e sinta os verdadeiros
Sentimentos que em momento algum são superficiais;

Que seja o que quiser
Mas que venha o afago do Senhor ao vento
Que transfigure em nós a doutrina de aprender

Que permitas a dor de morrer
Mas que me presenteie com o eterno e atemporal amor.

Assim farei vida e ajudarei outros
Do contrário
Não consigo

http://twitter.com/passcomunicacao

sábado, 6 de fevereiro de 2010




"a cabeça guarda muita informação. mas escolhemos esquecer o que convém".

“O sistema nervoso controla as funções orgânicas e a integração ao meio ambiente. Ou seja, ele não só controla e coordena as funções de todos os sistemas do organismo como também, ao receber os devidos estímulos, é capaz de interpretá-los e desencadear respostas adequadas a eles. Muitas funções do sistema nervoso dependem da vontade e muitas outras ocorrem sem que se tenha consciência delas”, Rubenstein e Cardoso.

Debaixo d’água, a refração pode nos fazer ver os objetos de outra forma. A pressão e a temperatura da água nos fazem sentir outras sensações, no mesmo corpo. Sentindo o corpo pulsar, crendo na importância de cada órgão.

Embarca o indivíduo em uma das rotas, das inúmeras viagens cerebrais. Numa terminação nervosa lembra de coisas guardadas. “\Minha voz no espelho Chora. Minha voz no espelho Sangra\”

Os rascunhos de tempos submersos emergem em um novo ainda não criado, ou estabelecido. Sufocado. A essência morta solta bolhas de um pulmão de ideias e sensações.

Um pedaço de carne.
Carnívoros
Escolhem meus olhos a maciez
O movimento, o corte específico.
Natural e não construído
Sustentado, aguardando a mordida
A degustação adequada.

Mas seus propósitos são o prazer e o sustento.
Comidos cru. Servidos ao par
.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Plunge my dear

http://www.youtube.com/watch?v=lSA5ZZWCuPk

 

Como se unem realidades? Qual o método para alterar de maneira eficaz o sentido dos objetos em seu repertório de saberes e experiências? O mergulho neste lago gelado, onde a superfície parece estar congelada, é desafiador e até promissor, mas exige disposição.

 

Deixemos de lado as especificidades da água, a alteração de sua densidade em virtude do índice de pureza e da temperatura. A verdade é que ao mergulhar, passamos por um período de aclimatação, próximo à superfície, imersos em 4º de águas ora turvas, ora cristalinas. Quando nossos passos parecem se alinhar, percebemos o quão tortas estão nossas pernas, dentro d'água.

 

Como redirecionar os sentidos em nossas vidas para melhor circularmos pelo universo das percepções do cotidiano? Primeiro é preciso mergulhar neste processo e se permitir ao questionamento, à análise do significado de cada item que ilustra sua existência.

 

Assim. Nos próximos textos, nossos olhos percorrerão palavras que projetarão em nossas mentes outras etapas deste mergulho.

 

Convido-o a deixar para trás bóias, pés de patos, roupas de mergulho, óculos, bússola e tanque de oxigênio. Permita-se. Antes coma um pedaço da realidade como você a entende. Para mim, tem gosto de chocolate meio amargo, o melhor dos chocolates, mais fiel às essências, mais saudável, porém de sabor menos doce.

 

Bem alimentado, não se deixe abater pelo vento que faz dançar as árvores, que fecha os poros e faz música ao redor. Não molhe os pés, não fite o espelho d'água; mergulhe.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Mergulho

Por onde com os olhos varro vejo pessoas. Pessoas que tateiam a vida em busca de algo que as justifique. Relacionam-se entre si para estabelecer instituições, realizar sonhos e sonhar mais. Muitos buscam entre as pessoas sua justificação. Buscam entre as coisas por homens criadas. Alguns a tratam como um produto que no bolso é carregado e convenientemente distribuído. O mundo, a vida, um rio.

 

As águas não voltam à nascente, mas antes correm para o mar. Há rios que secam, outros precisam de afluentes para seguir. Muitos seguem por si, e com os afluentes tornam-se maiores. Uns rios possuem águas turvas, e outros, límpidas águas. Uns com muitos peixes e plantas e diversificada fauna e flora, outros praticamente mortos. Mas para todo rio, para toda a água, há chance de purificação. Mesmo que seja necessário se evaporar, subir, condensar e chover. Mesmo que seja preciso que um afluente ajude no processo de limpeza. O efeito de terceiros pode contribuir para a preservação ou depredação do leito deste rio. A quem você tem permitido agir em seu leito?

 

Se não somos rios, me vejo mergulhador, neste rio-vida tecido por Deus diante de mim. Rio que vai pelo horizonte e perco as vistas, mas sei que ele segue e que vai para o mar, mesmo que demore, mesmo que pareça secar, ele atingirá seu propósito.

 

Quando alguém cai na água, ou se deixa cai, quem mergulha em seguida para a salvar? Eu nunca aprendi a nadar, mas me lancei. E ainda respiro. Jesus andou sobre as águas e deu a mão ao discípulo que afundava. Ele deu ordem para que o mar e ao vento se acalmassem. Você tem mergulhado por sua família, amigos e aqueles que nem mesmo conhece?

 

Uma pequena nuvem. Do tamanho da mão de um homem. O profeta orou por chuva. Seu moço viu a nuvem pequena. Este é o sinal que vai chover. Quando o rio não encontra mais afluentes, não há mais corredeiras, o sol e a assoreação parecem o sufocar, cai águas do céu. Cai águas do céu e o revigora. Água limpa.

 

As lágrimas podem escorrer em dor uma noite inteira, mas com o amanhecer vem a alegria. Com o amanhecer. Do esperado inesperado. De onde pensamos que virá dor maior. O amanhã que pensamos que nunca chegará, ele chega, e com ele vem a alegria. Alegria de Deus para aqueles que ELE tanto ama. Ama com o amor não fingido, mas com um amor que é a base da existência.

Fôlego de vida - derradeiro à parte

E o amor?

Busque de Deus orientação em todas as coisas. Em todas as questões em todas as batalhas da vida. Devemos buscar em Deus a cobertura e direção. Is 30:1

 

Respire fundo. Prenda o fôlego. Quando tempo consegue conter dentro de você este fôlego? Deus sabe o que se passa dentro de você. Não adianta tentar conter uma dor, um pensamento, um pecado, um amor.

 

Se caminhamos em direção a Cristo, obedecendo tudo o que ele nos orientou a cumprir, o amor será acrescentado sim à nossa vida. E isso acontecerá de maneira sobrenatural, pois irá jorrar amor, como uma fonte incessante de água viva. Amor que desce direto de Deus para você.

 

Antes de seguir o que seu coração te estimula, busque a sabedoria de Deus e peça que o Espírito Santo alimente seu coração e direcione sua vida. Deus é bom. Em Jeremias 17 fica evidente que devemos confiar em Deus. Bendito aquele que confia no SENHOR.

 

E mais, se o seu coração não é pautado por Deus, saiba que a enganação é o sangue por ele bombeado, pois "enganoso é o coração mais do que todas as coisas e perverso, quem o conhecerá? Eu o SENHOR, esquadrinho o coração, eu provo os pensamento, e isso para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações." Jr 17; 9,e 10.

 

Valorize o fôlego de vida, agradeça a Deus e se coloque em movimento, busque de Deus a direção para seus atos. A Bíblia revela que em tudo o que fizermos, quer bebamos, comemos ou façamos qualquer outra coisa, que seja tudo para a Glória de Deus. Sendo assim, permita que Deus lhe ensine a glorificá-lo com sua vida. O Espírito Santo nos convence dos pecados, nos orienta para uma vida reta diante de Deus e intercede por nós.
 
Em uma vida sem manual, qual você segue?

Quando os fôlegos se unem

Que os casais sejam com Áquila e Priscila. Juntos, um ministério. Uma só carne, um só espírito. Unidos por Deus. Instrumentos afinados na obra do SENHOR. Corações abertos, férteis. O lar, ferramenta de evangelismo. O casamento, a família, testemunho do amor de Jesus. Exemplo.

 

A palavra de Deus afirma que a sabedoria faz resplandecer a face do homem e a dureza de seu coração é mudada. Permita que Deus faça em você algo genuíno. Algo que não esteja amparado em leis morais e sociais estabelecidas por homens. Viva segundo os padrões de Deus, que ele determina em seu coração. Busque a Deus e o encontrará. Permita que ele entre. Ceie com ELE.

 

Deus anceia que sejamos verdadeiros adoradores. De amor não fingido. Que encontremos o caminho de sermos como ele nos criou. Puramente bons. Ele faz de tudo para nos ajudar a encontrarmos e seguirmos este caminho. Que sejamos como Hananias, Azarias e Misael, confirmando nossa posição como servos de Deus e que o seguiremos independentemente do que nos aconteça. Ele nos honrará com seu amor e livramento. Façamos como Daniel e Deus irá controlar os leões. Somos criados para servir a Deus, adorá-lo. Somos sermos que são tratados como filhos. Que receberam esse direito por meio do Sangue de Jesus.

 

O amor não fingido. Este deve reinar em nosso coração e exalar de nossas palavras. Amor por quem nos rodeia e amor por aqueles que nem conhecemos. Visualizar além das circunstâncias. Abençoar quem nos persegue e nos amaldiçoa e nos fere. Buscar a presença de Deus viva em nosso ser, buscar o direcionamento de Deus em nossas vidas. Agir conforme a vontade de Deus.

 

O Que sabe o homem do que é amor? Provavelmente algo intenso, sublime e suscetível ao tempo. Pode ser rápido ou de maior duração. No período das pétalas o deleite. No momento dos espinhos, a separação. Não sabem que a rosa é feita de espinhos, caule e pétalas? As rosas murcham, morrem. O verdadeiro amor não morre pois o ser humano sobre ele não tem poder algum.

 

A fonte de água viva. Deus. Fonte de amor. Amor não fingido. Amor que tudo supera, suporta, sofre e crê. Traição, negação, blasfêmias, morte de cruz, incredulidade, perseguição, dureza de coração. Rompe o que entendemos como tempo. Bate à porta de TODOS.

 

A razão da existência não é criada pelo homem. O homem nada cria, apenas junta elementos já existentes e transforma em outras coisas (ferro, plástico, circuito eletrônico). O que sabe a laranja da árvore da qual é fruto? Deus é. E os parâmetros de sua existência está muito além do que o ser humano consegue raciocinar.

 

Somos seres criados À imagem e semelhança de Deus. Somos criados para servir a Deus e o adorar. Criados para Glorificar a DEUS. Vivendo sem um coração duro, reconhecendo que Deus está acima de tudo e em primeiro lugar. Vivendo tendo tudo o mais acrescentado à sua vida.

Fôlego de vida - Subterfúgios

Os subterfúgios criados, como o divórcio, se devem à dureza do coração do homem. A plenitude do Homem Original (Adão) era viver como Cristo (o segundo Adão) sem pecado, mesmo em tudo sendo tentado. Um ser sem coração duro. Um ser que não precisava de mediação para falar com Deus, pois andava com Deus. Cristo é exemplo da pureza humana e soberania da divindade.                                   At 28:27 / At 15: 36

 

Paulo tinha ressalvas a respeito da coragem de Marcos, chamado João. Por causa dele houve discórdia entre Paulo e Barnabé, parceiros de viagens missionárias. Barnabé, primo de Marcos insistia em levar o primo em mais uma viagem. Paulo se recusava, talvez porque Marcos abandonou uma das viagens missionárias antes do fim (At 13:13). Dureza no coração. Ninguém cedeu. Houve separação.

 

Da separação foram criados dois grupos missionários. Paulo e Silas e Barnabé e Marcos. Se não houvesse diversão a obra teria sido feita da mesma forma. A multiplicação aconteceria. Mas diante da dureza do coração do homem, Deus estabelece alternativas para que sua obra seja feita e sua Glória manifestada. Paulo depois se reconciliou com Marcos, ao reconhecer sua importância no evangelismo (2Tm 4:11)

 

A dureza do coração do Homem estabeleceu o que em algumas aulas de história como Código de Hamurábi. Olho por olho, dente por dente. Surgiram as Cidades Refúgio. A dureza do coração do Homem, pecador, impuro e distante da plenitude da criação original. Deus então estabeleceu diretrizes, deu oportunidades para que o homem encontrasse harmonia no conviver e se voltasse para Deus; mas a humanidade cega prefere a rigidez do coração.

 

A confiança. A espera. Espera no que não se vê. Confiar. Deus não desiste de um filho. Ele educa, disciplina, cuida, ama, chama, respeita. A presença de Deus é o melhor que um ser pode ter. Houve um rei, o mais sábio e próspero de todos que existem, existiram e existirão. Ele experimentou de todos os prazeres debaixo do sol. Conhecimento, cultura, alimentos, mulheres, honra e tudo o mais. Constatou que tudo é vaidade. Vaidade. E seu coração continuava sem satisfação. Satisfação que encontrou em Deus. Leia todo o livro de Eclesiastes, está logo após os provérbios. Leia ele todo e guarde em seu coração, aplique em sua vida. Lembre do capítulo 12 e seu versículo 13 e 14.

 

De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda obra e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.

 

O mesmo que colocou fôlego de Vida em você. Te cuida, ama você e quer te fazer feliz. Feliz do modo verdadeiro. Feliz ETERNAMENTE. Apocalipse 3: 20 Não permita que as más escolhas  determinem seu futuro. Escolha a Deus e a ele reconheça como seu SENHOR pra sempre.

 

Fôlego de Vida 3 a parte

O amor sai de uma fonte viva. Jorra. Um coração machucado é pedra diante das águas. Sente apenas na superfície. No seu entorno passam as águas. As pedras podem chegar a se mover com as águas, mas continua pedra. Se aliada a uma rocha, faz com que o curso d'água mude a direção. Mas as águas rompem a pedra, a encharcam, se infiltram, formam lagos, nascentes, lençóis.

 

Há dificuldades e dificuldades. Fome, miséria, doença, dívidas, angústias, famílias em pedaços, casamentos em prova, morte, inveja social, inveja profissional. A do outro sempre irá parecer menor, pois você apenas sene a sua. E mesmo que reconheça que há outras piores, a que te faz sofrer é a sua, independentemente da intensidade.

 

Deus. Acima de qualquer pensamento, de qualquer desejo ou manifestação da vontade do homem. A doutrina humana tenta justificar que o ser, na exaustão de suas experiências, atordoado por suas limitações e frustrações, criou um ser imaginário para ser superior e responsável por todas as coisas.

 

Como ensinar as cores para um cego? Alguém que sabe o que é escuro, mas não entende o que são as cores e as coisas coloridas? E se este cego fosse responsável por determinar as cores de sua vida? Você não pode fazer com que alguém veja por seus olhos. Rapidamente surgem arranhões, acontecem tropeços. Da mesma forma que os sentimentos são apurados para experiências  novas, o corpo é corroído pelas batidas, pelo desgaste da erroneidade. Não há cão guia, a bengala atola na lama.

 

Mesmo levando o cego a quem o possa curar, ele precisa de um ingrediente fundamental que é acreditar. Você pode decidir retirar das mãos do cego as cores de sua vida. Mas não consegue retirar de seu coração a morada que deu a este cego. Ainda mais se o relacionamento tiver frutos.

 

Vendo as cores de sua vida, sem sentir nelas prazer. Escorado nas muletas de sua limitação, aguarda que o cego veja. Centrado em seu ego ferido, o cego firma seus pés na escuridão, se entrega às texturas da realidade. Vida de supermercado. Reposição de produtos. Vida de parque de diversões. Uma nova aventura a cada 10 minutos, se o parque não estiver cheio.

 

Importante saber que o cego não possui seu fôlego de vida. Mas que prazer há no fôlego sem as cores? Não é rebeldia ou ingratidão, é um suspiro angustiado de alguém que aguarda. Sentado na sala de espera. Em pé no ponto de ônibus, em frente ao relógio, de joelhos, olhos fechados, cerrados em lágrimas. Coração batendo.

 

Esqueça as mágoas. Os machucados de antes não devem mais lhe importunar. Cura. Lembre-se todo momento, a desistência é a porta mais fácil. Persista. Persevere. Insista. Se agradável aos olhos de Deus for o propósito, não desista. Tenha visão de Reino. Reino de Deus.

Por causa da dureza do coração do homem, muitas nações deixaram de entender a voz de Deus, vários conceito sociais foram então criados desta surdez. A partir do momento em que pecou (Pecado Original = Desobediência), a dureza entrou no coração do homem. A dureza o fez não mais entender a voz de Deus.


Fôlego de Vida 2

Onde fica guardado o sopro de vida? Podemos negociá-lo na feira. Jogá-lo pela janela como pétalas de flores que um dia nasceram no jardim. Jardim atacado por corvos com olhos de prata. Pesados, estômago de pecados, um coração limpo. Asas da morte que abanaram as plantas. Onde fica o sopro da vida que faz o corpo se mover, os órgãos funcionarem. Tem como transferir o fôlego? Guardar para uma melhor hora?

 

Recipiente não fala. Processo não vislumbra o fim. Instrumento não compõe melodia. Servo obedece ordens, filhos respeitam os pais, noiva de tudo faz para agradar o noivo. O livre direito de escolha. O que fazer.

 

Palavras de ânimo escorrem por todas as frestas. Impera nas paredes a morbidez de ter total controle sobre a vida. Causa e Consequências. O controle de um navio. Navio de um só. Um remador que tenta capitanear um navio. Novamente as janelas.

 

Os sons angustiam, o silêncio tenta sufocar, as imagens de outras janelas ofuscam, algumas machucam. A janela que olha é olhada. Humanas. O rio corre fios d'água tecem a constante inconstância. Sempre novas águas, sempre rio. Vidas. Constantemente inconstantes, sempre outras vidas.

 

Até onde levarão os pés de quem caminha. Eles não fogem do passado. Fogem do presente e se angustiam pois o presente é; sempre. Andam sem pensar no que pisam, no fica para trás, no caminho que tomam, andam. Andam até que o estalo acontece e quando ele acontece, o efeito borboleta não pode ser desfeito, talvez nem mesmo interrompido.

 

Especial. Onde é isso? Onde está  isso? Como ser especial e como isso pode fazer a diferença? A visão de existência do ser humano está firmada na vida social. A experimentação do ser humano está acorrentada à expectativa de vida, hoje em torno de 69 anos. Corrupção de conceitos, instituições. As vidas são como panfletos distribuídos num sábado de manhã no centro comercial da cidade, às 11 horas.

 

Prioridades. As pessoas e suas  necessidades sociais. Conveniências. Um carro desgovernado em uma rua de sinais amarelos.

 

Janelas fechadas. Abertas. Chuva. Festas. Casamentos, partos partidas. Senso e contra senso. Alternativas de criar outras janelas, reformar é mais trabalhoso. Assim pensam. Até quando? O brilho nos olhos do garoto que não entende bem o que vive, aceita tudo pela garganta. Infante. O vento que torna fria a madrugada. O telefonema que aperta o coração e lança corpos contra a parede. A decepção de ver quão maravilhosa é a vida e não ter prazer em estar vivo. Abdicar da janela por causa de uma frustração.

 

Ciclo. Manter-se firme para constatar que seu conselho vale também para você. Aplicabilidade. Se cantar na chuva espirro. Gripo, terei de trocar roupas e lavar outras. Danço e canto. Se me mergulho no mar lago rio, posso me afogar, não sei nadar. Mergulho. Ainda respiro. Mais uma noite vou para o travesseiro. Ainda há fôlego de vida, mas até quando, meu Deus. Até quando este instrumento será utilizado em sua orquestra?

 

Janelas de vidro, de madeira, de lágrimas, de fumaça. De silêncio, de espera. Espera pelo que não vê. Recolhendo todas as migalhas, construindo o pão do entendimento. Aguardando o próximo passo, a próxima luz do sol. O raio que desce rapidamente e rompe as trevas. Ilumina a janela, traz vida e vida em abundância.

 

A certeza que carrega o homem é o anseio por ser feliz. Alguns demoram a vida quase que toda para entender que a felicidade não está nos copos, carros, corpos, objetos. Não é uma carreira bem sucedida, uma vida com saúde, uma vida financeira agradável, muita beleza, e não está longe que os lábios não possam falar, ouvidos ouvir e joelhos tocar. Amor.

 

Muitas mãos tateiam por palavras para definir um sentimento. Sentimento é para sentir e viver. A maioria o confunde com desejo, porque há desejo no processo. Muitos pensam ser possessão, por envolver posse até determinado ponto. Há quem fixe em doação, por haver a necessidade de se doar. Mais do tudo o que pode o homem imaginar, o amor é. E transcende os pensamentos, as palavras e conceitos. Ele amadurece o ser que ama. Uma amadurecimento que nada pode retirar. O amor pode mudar a realidade. Pode criar uma janela na parede virgem, Transformar a anela em porta na parede profanada. Pode refazer a janela, o amor pode tudo o que a humanidade concebe como impossível de se transformar.

 

Fôlego de Vida

O jornal mostra as lágrimas de mais uma família. Indicador da desgraça que se faz o ser humano. Roubo, assassinato. Mulher pelada. Pão e Circo. Futebol, campeonatos, jogadores humanos, bebida, sexo, depressão. Mídia. Uma cobra atrás do próprio rabo. O meio ambiente reflete as ações humanas acumuladas ao passar das gerações.

 

Casas e prédios. Janelas. Mulheres que se separam, homens que são separados. Casamentos, divórcios. Desejos, lágrimas e gozos. Janelas. Contas para pagar, filhos para criar. Amantes, torneiras entupidas, lâmpadas queimadas, pais mortos. Bolas rolam em quadras, gritos e suor. Corpos são corrompidos em becos. Templos profanados. Os hormônios, o romper padrões estabelecendo outros piores. Janelas. O relógio programa seu dia, marca o dormir e o despertar. Você continua bêbada em sua vida. A Lucidez foi abandonada. O sol ainda é quente, a chuva ainda molha, as noites frias não se aquecem em outro corpo, em cobertores.

 

Janelas. Espinhos. A natureza em sua perfeição de coisa criada oferece todos os possíveis exemplos para explicar o que aconteceu, o que acontece e o que pode acontecer. Precede o mar de rosas um mar de espinhos. Sangue. Sangue.

 

A compaixão abandonada em um copo vazio na pia. O individualismo assumido como uma televisão que ligada embala o sono, como um anticoncepcional tomado automaticamente, mesmo sem a possibilidade de engravidar. A individualidade como uma bandeira do auto-flagelo. A piedade como uma lata de seleta no armário.

 

Vitrines. Comerciais. Filmes de duas horas. Livro de 15 dias. Pregação de uma hora. A vida corre 24 horas, sem parar. A vida corre e não conseguimos acompanhar. Dividimos as horas. Não vivemos os dias, passamos. Ferimos, escolhemos todo o tempo. Cansados, escolhemos automaticamente a ruína. É mais fácil. Ser um produto em uma prateleira de supermercado.

 

Passam os carrinhos, as mãos, o cheiro, a luz, o frio. Corredores. Quem realmente liga? A curiosidade se disfarça de compaixão para invadirem cada um a janela do outro. Ninguém se importa, e se for possível encontrar um, este nada pode fazer. Humanos. Não cabem mais em si. Extrapolam no outro em desgraça. Humano, se entregue a natureza carnal abraçado está com seus limites.



 

sábado, 30 de janeiro de 2010

Inspirados




Botas na lama. Fuzis ao ombro. Chuva escorre pelo rosto e mistura o suor. Salmoura. Ele, filho da mais alta patente das forças armadas. Mas a honra de seu Pai não era a dele. Começou ele como o menor no exército, mesmo tendo conhecimento e treinamento superior, se fez o menor do grupo. A xepa era seu soldo maior. Sua cara beijava o chão, seu sangue rompia as veias, os músculos se contorciam à noite.


Durante o treinamento, levou a culpa pela desobediência dos outros. Foi traído pelos colegas de alojamento. Flexões. Reflexões. Cresceu em obediência, fazia tudo o que lhe cabia e ainda mais. Ajudava os outros. Colaborou com os colegas que tinham fraquezas, foi intrépido diante dos mais fortes e inconsequentes. Sabia montar e atirar com destreza. Tinha resistência no treinamento da selva. Dançava com a fome nas noites frias na mata. Sedia o que tinha para os mais fracos, era roubado pelos maiores. Calado. Não reclamava das brincadeiras, da injustiça, da dor.


Terminado o período de capacitação, foi enviado para o campo de batalha. Lá, onde carne podre é perfume, ninguém acreditava que ele era o filho do maior nas forças armadas. Aquele magro, submisso, machucado, menor em patente do grupo, filho de alguém importante? Conhecedor das táticas de guerra? As coisas pioraram. Seu tempo de treinamento foi apenas a introdução das dores.


Bucha de canhão. Foi para a frente de batalha. Guerreava com ousadia, com coragem, força e amor. Era misericordioso com os vencidos. Fez prisioneiros de guerra. Todos mortos pelos seus companheiros. Não permitia que um companheiro ferido ficasse para trás, nem seu cadáver apodrecer naquele lugar. Como formiga carregava o amigo morto.


Chorava todas as noites, angustiado, revoltado com os motivos da guerra. Indignado com a dureza humana em sua luta pelo poder. Seria sua última batalha. Pegou suas armas e foi para o campo de batalha. Enquanto avançavam no campo, percebia ele que seu exército ficava menor. Seus pés pisavam crânios, sua bota encharcada de lama e sangue, seus olhos contemplavam explosões, fumaça, vultos, corpos que caem. Seus ouvidos adormeciam diante de tanto grito, explosão e tiros. Suas narinas dormentes de tanta pólvora e morte. Levou tiro pelos amigos. Antes de seu rosto afundar na lama, pôde ver os amigos se afastarem, fugirem. Mas ele não era assim.


De suas memórias, de toda palavra de fé que falava no refeitório aos soldados, de seu íntimo brotou o último fôlego. Ajoelhou-se, levantou a cabeça e viu distante, afundada na lama, a bandeira da liberdade, bandeira de sua tropa, bandeira pela qual concordou lutar. Jogou suas armas no chão, cambaleando andou até a bandeira. Ergueu-a. Neste momento, sua tropa viu a bandeira erguida e interrompeu a fuga, interrompeu a luta. Foi como se estivem todos no vácuo e som não se propagasse. Não ouvia mais os tiros e explosões. Ele então caminhou para frente, com a andeira erguida. Tomou mais alguns tiros. Ninguém ouviu seu gemido.


Curiosos, os inimigos interromperam o massacre. Sangrando todo o seu sangue, rastejou até o lado inimigo e cravou a bandeira no ponto mais alto. Então morreu. Mas a magnitude de seu gesto, como o vento se espalhou e não houve uma só fresta em que não entrou. Mas ele apenas era um Inspirado.


Segundo tempo. Minutos finais. Placar desfavorável. Chuva. Buracos no campo. Equipe desunida. Cansaço. Um bagaço resumiria suas forças. Ele, a grande estrela até então não havia brilhado como todos esperavam. E ninguém dava ouvidos a suas palavras e boas novas. Para onde seus olhos corriam viam o desânimo. Viam morte. Corpo suados e frustrados. Ele, o ponta; toda a responsabilidade sobre ele. Se não bastasse tudo, o time adversário estava no ataque. Bola na marca. Ele era o único que acreditava. Aos berros encorajava o goleiro, este embalado pelas vaiais. Antes do juiz se posicionar, ele foi até o goleiro, gritou, e o abraçou. Disse ao ouvido daquele jogador o que ninguém até então havia dito. “eu acredito”. Foi como se soprasse nas narinas daquele jogador solitário.


A bola não entrou, era o omento do contra-ataque. A bola foi lançada. Todos emocionados em não tomar o gol, começaram a fazer sua parte. Bola no meio, do meio para a ponta. O ponta viu o lateral melhor posicionado. No lugar no drible fantástico, o toque da humildade. O lateral marca o gol. Empate.


Bola no centro. Apito na boca. Minutos acrescentados. Contusões. Expulsões. A torcida que já tinha em parte ido embora, volta aos seus lugares, retoma os gritos de incentivo. Escanteio. Todo o time adversário na área, inclusive o goleiro. A tensão de perder, a coragem de se lançar. O zagueiro gigante. O lateral que fez o gol, momento de visão. O lançamento longo. O ponta acreditou. Ele correu como nunca pensou conseguir correr, não havia mais ninguém para o impedir, mas a bola não estava indo para o gol, alguém precisava agir. Ele sentia o ácido lático acumulado nas pernas ensaiar uma câimbra, rompeu suas dores, intensificou a corrida, a bola, na diagonal, tinha passado do primeiro poste, passado em frente ao meio do gol, se aproximava de passar em frente ao segundo poste e ir para fora, em um gesto quase irresponsável se lançou, seus pés tocaram a bola, sua cabeça bateu na trave. Venceram a partida. Desmaiado estava não um herói, não uma estrela, muito menos um jogador, mas ali estava um homem Inspirado. Mais do que a imagem do gol e do troféu, seu exemplo foi disseminado em cada gramado.


Andava pelas ruas sem que ninguém a notasse. Escutava nos rádios sobre um grande jogador e o título inédito que ele garantiu ao time que o revelara. Título que custou sua vida. Nos jornais que embrulhavam o peixe no mercado viu uma foto de uma bandeira em um campo de guerra seguida de uma matéria sobre um soldado.


Em casa, não tinha prazer para cozinhar, fritava o peixe e comia antes que a cordura escorresse. Sentada na sala, tudo desligado, tudo apagado, ouvia o mundo e seus ruídos. Carros, choros, gozos e brigas. Risadas. Calada, intercedia por cada mazela que percebia, e também por aquelas que desconhecia. Agradecia por todos e ia dormir.

Todos os dias de sua vida após sair da casa dos pais foram de abandono. Nunca foi sequer cumprimentada. Mas ainda que tudo batia firme sobre sua cabeça e seus ombros, ela tinha uma alegria no coração que nem suas lágrimas conseguia sufocar. Um sorriso iluminava seus passos, quando se olhava no espelho não via seu corpo deformado, mas via sua pureza, via o seu amor, via a virtude que um recebera com o simples fato de dobrar os joelhos. Ela continua por aí, sem ter mesmo um nome a ser mencionado. Mas para ela pouco importa. Mais vale o resultado de suas orações. Tudo o mais, ao tempo certo, da maneira certa, será acrescentado, segundo a vontade de Deus. Uma mulher Inspirada.


Sentado com o dicionário no colo, o pequeno pergunta ao pai o que é inspirado. O pai dedilha as páginas daquele livro e mostra. O filho lê, mas não satisfeito pergunta o que leva alguém a estar inspirado. O pai resume em uma palavra: amor.


O filho ainda sem entender insiste em como o amor pode inspirar e inspirar a ponto de se sentir dor. O pai explica. Diz que o amor verdadeiramente é manifestado nos momentos de dor, onde tudo sofre, suporta e supera. Onde a dor é combustível e o amor a direção certa e a ação de fazer algo é apenas a confirmação de uma escolha. Escolha? Sim. Nunca abrir mão do amor. Mesmo que precise morrer. Onde está o amor? Pergunta o menino? O pai se levanta, sorri, pega a Bíblia. Sentado ao lado do filho ele diz: Respira fundo meu filho. Viu, tem amor aí dentro de você agora. Deus é amor, nos fez parecidos com ele, e na hora de botar a gente pra funcionar, soprou em nossas narinas.


O menino pergunta sobre o que teria inspirado os personagens das três histórias que o pai havia contado. O pai ainda com a Bíblia na mão disse: Meu filho, muitos morrem por uma bandeira, uma ideia, muitos morrem por uma paixão, um título, e muitos morrem socialmente pelo bem de um próximo que não o conhece, reconhece e merece. Mas no caso destes personagens que te contei, eu tenho certeza que eles se inspiraram em um ser que se fez homem, sendo Deus, foi perseguido, desacreditado, humilhado, maltratado, machucado, traído, assassinado sem tem nem mesmo uma partícula de culpa. Um ser que assumiu tudo calado. Morreu pelos pecados de toda a humanidade. Mas até em sua morte nos surpreendeu, pois conforme tinha afirmado, ele ressuscitou e é o Deus vivo, que virá para nos buscar.


Não tem como não ser inspirado pelo exemplo de Jesus. E saber que além de seu feito aqui na terra, algo ainda maior viveremos com ele na eternidade, onde o tempo conforme concebemos não existe. O melhor nisso tudo, meu filho, é que podemos ainda escolher se queremos ou não viver como servos e filhos de Deus.


O menino fecha o dicionário, pega a bíblia das mãos no pai e abre em Josué 24; 15 com um sorriso infante e abraça o pai.


Mesmo que essa história seja inventada. A essência dela se repete em nossas casas, no trabalho, nas ruas por onde passamos, nos ambientes que habitamos; embora nem sempre estejamos abertos para sentir, compreender e escolher.

Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor. Js 24; 15

Modernidade





Se todas as possibilidades na ordem e relação das forças já não estivessem esgotadas, não teria passado ainda nenhuma infinidade. Justamente porque isto tem de ser, não há mais nenhuma possibilidade nova e é necessário que tudo já tenha estado aí, inúmeras vezes. (Friedrich Wilhelm Nietzsche).

E na medida em que falavam as pessoas, surgia o nome do dono daquelas frases juntas, daquele pensamento. Vinha como a sentença dos alto-falantes que estavam ali para ordenar gestos, reforçar a inexistência de novas idéias. Mostrar que tudo já é, e o que foi volta a ser. Mas nada será.

Como os dedos que perpassam o teclado de um piano, os pés formavam passos e tocavam a superfície de um chão quase céu. Foge a criatividade, expande-se o tédio e não vem criação, apenas reciclagem. No ritmo dos passos, percebeu que era sempre um pé depois o outro, e que os dois juntos era um pulo; e que inverter a ordem era andar para trás.

Parerga e Paralipomena sobre o acento da cadeira refletia a luz refrata da lua. Não adiantava fechar a janela. A luz corrompera a escuridão e o silêncio se enchera de sons.

Sobre os tons os sonhos buscavam existir de forma sublime. Mas as vias estavam obstruídas. São ruídos, são as cores. A chave fecha a porta, as escadas denunciam a fuga. A rua recebia nua seus pés vestidos. No alto, à esquerda, janelas vazias batiam com o vento. Os passos continuavam, era preciso chegar a algum lugar.

Sentado à beira da fonte que não mais jorrava água ele sentia. Nunca ouvira com tanta convicção as palavras que queria ouvir. E quando ouviu, não era para ele, não eram por ele que as palavras foram lavradas. Mas tudo isso era menor diante da ferida aberta à beira da fonte. Sangrava; as lágrimas ardiam. Precisava retomar um rumo, mesmo consciente de que nada de novo pode acontecer, precisava acreditar que as coisas seriam diferentes; que poderia criar. E que ao criar não buscaria o novo, buscaria esse possível diferente.

O maior desafio para se viver é saber dos limites, saber das impossibilidades e viver entre elas, sem sofrimento desnecessário. A ignorância é felicidade, mas quando se perde a ignorância, é preciso viver, é importante continuar vivendo. O mais natural e comum é mergulhar nos sentimentos e pensamentos ruins, mas é preciso rever a posição atual e alçar vôo por pensamentos e sentimentos melhores.

A natureza se transforma. A tendência natural pode ser revertida a partir de algo que determina a diferença do ser humano. A capacidade de transformação. A retomada, o estímulo além terra, além superfície. Em busca de uma renovação, tentando de tudo, sondando a todos, encontrou dentro. Em sua identidade a resposta para seus passos.

Num dia de desespero, abriu o desassossego e dele ouviu as palavras da dor e do fim daquele que ele considerava sentir amor. E do vento que vem e que passa, que é vento e que passa, sua cabeça deduziu um vôo de phoênix. Não o engodo mitológico, mas o ramo no bico da pomba.

As instalações estáticas confirmavam o que zenon, ou zenão afirmou. O movimento é, mas não existe. O tempo não existe, por isso não pode estar parado. Além das declarações, queria sentir e ver acontecer. Gozar de vitórias.

O brilho do sol em um dia nublado revela sobre as cores um novo contraste. A cor não é palpável, apenas as coisas coloridas são. Mas é possível perceber e a sensibilidade é o instrumento para absorver, como as mãos de um cego, a realidade que nos escapa.

Quando os olhos percebiam o movimento das pessoas, das coisas, o distanciamento possibilitava um novo olhar. A tecnologia, os processos cada vez mais informatizados. O mundo em modernidade, mas o ser humano não. Não há modernidade no potencial humano de percepção. A tecnologia mudou os costumes da tribo. Toda afirmação já nasce com sua contradição.

É chuva nos olhos.

Felicidade e sua busca – Parte 1




Felicidade. Satisfação. O ser humano vive em busca disso. A sensação de estar satisfeito com a vida independentemente das circunstâncias, ser feliz. Para alcançar este estado, as pessoas definem os meios, muitos até o fim. Riquezas. O acúmulo de riquezas facilita as realizações materiais, a movimentação pelos continentes, o estabelecimento da segurança, a conquista de direitos. Solidariedade. Moeda de troca. Acumular riquezas, mas também ajudar os outros. A ajuda como ação para minimizar as diferenças e nunca para extirpá-las. Pois humanamente é necessário haver o triste para haver o alegre, é fundamental a existência do pobre para existir o rico, o condenado para existir o salvo, o certo para existir o errado, o sábio, para o tolo. Para haver liberdade são necessários os limites. Muros, cercas, palavras e sentimentos.

Consumo. A felicidade pode estar na prateleira de um supermercado. Tem felicidade para todos os gostos e bolsos. As pessoas determinam padrões de seres felizes por meio do consumo. O que você Consome? Comida, roupa, música, filmes, programas de televisão, comportamentos, carros, motos, casas, viagens, aparelhos eletrônicos, festas, manipulações, usurpações, sexo, traição, roubo, tradicionalismo, poder.

A busca por poder, por extrema liberdade, levou o ser humano a atrocidades. A inversão dos valores, o convencionalismo de fazer do que acontece em alto índice ser considerado comum e o comum como algo natural, ligado à essência. Matar, roubar, molestar a mente e os sentimentos dos outros.

O suor dos uniformes torna-se mais importante do que as lágrimas ao travesseiro. Cada produto-felicidade tem sua forma de consumo e as ferramentas necessárias para tal. Seja um copo, um cinzeiro, um posto de combustível, uma cama redonda, uma faca, um celular novo, uma camisa nova, um corte de cabelo, uma viagem, um sala de cinema. Mas como todo bom produto, é preciso mais, pois a embalagem logo estará vazia. Neste momento é preciso ir novamente ao “supermercado”. E o dinheiro? Um cão faminto e cego correndo atrás do próprio rabo, assim o ser humano mergulha no trabalho e em outros meios de acumular riquezas pois dali virá a possibilidade de ser feliz, de fazer família, de ser reconhecido, de poder gozar das delícias da vida.

Quando olhar pela janela, verá um determinando o que seria felicidade para o outro. Escorado na própria cerca. Arame farpado. As decisões sérias, as argumentações essenciais e as reflexões sobre o fluxo da vida, seu propósito, seus valores, ficam todas em um copo com água na cabeceira da cama. As pessoas colocam sempre um obstáculo entre elas e o que acreditam ser sua felicidade. E seu obstáculo sempre é maior do que o do outro.

Quando conseguem acumular riquezas, estabelecer sua saudável rotina de consumo, os seres humanos pensam estar realizados e terem alcançado o propósito da vida. Quando à mente incomoda o tédio de uma tarde de chuva, a inquietação de uma tarde de sol quente, ou a angústia de uma silenciosa madrugada, rompida apenas pelos cães e pelos galos, o ser vai até a dispensa e procura por mais felicidade. Procura na bebida, no papo com amigos, em tudo que é entretenimento.

Há os que apenas após alcançarem o que chamam de felicidade, ou estabilidade emocional e financeira, é que vão ajudar os outros, mesmo que este outro more na esquina, ou divida a cama e os lençóis.

Para muitos, Deus é apenas um adesivo no carro. Uma expressão que escorre da boca no desespero, no alívio, no susto. Há os que fazem de Deus um burocrata. Como se fosse um ser inacessível, ou que tem os padrões tão baixos que se agrada mais pela manifestação do ser humano do que o genuinamente verdadeiro que está dentro de cada um. Fazem a reinvenção e reinversão dos valores. Categorizam o nível de contato que cada um pode ter com Deus e estabelecem a predisposição de cada um para condenação e salvação.

Exercício. Os jornais estão pingando desgraça e esperança? Fulano é divorciado, alcoólatra, trabalha 44 horas semanais em um local com muito ruído, calor excessivo, e pouca remuneração. Amasiado há nove meses com Ciclana, ele assume todas as contas da casa e do enteado Beltrano. Fulano, em uma noite de muita bebedeira, chegou em casa, um barraco no subúrbio, sutilmente abriu uma garrafa de cerveja pelo meio ao bater na cara de Ciclana, terminou de beber e acariciou a perna dela com os cacos. No rosto dela, o costumeiro olho roxo. Entrou no quarto do enteado e abusou dele. Uma criança de cinco anos. Vizinhos denunciaram depois. Fulano foi preso. O garoto foi para o Conselho tutelar, a mãe está internada. Quem pensa que este homem deve ir para cadeia, como consequência de seu crime e pecado? Todos. Mas quem pensa que lá ele deve ser apresentado ao evangelho, que por ele a Igreja deve orar. Que se ele se arrepender, crer em Jesus como único senhor e salvador e for batizado, será salvo? Poucos. E se a criança abusada for seu filho? A grande maioria traça até técnicas de tortura e condenação para Fulano. Tornam a implantar o código de Hamurabi, a lei de talião, o Êxodo 21: 24 e Dt 19: 21

Tiago 2: 8 / Mt 5: 44 / Lc 6: 27 / Rm 12: 14 Quando Jesus mandou amar o inimigo, abençoar quem te persegue, ele demonstrou um pouco do que é o verdadeiro amor. É algo de um elevadíssimo padrão. Não é esse amor que acaba depois de alguns anos de casamento por motivos frívolos do cotidiano, não é o sentimento que faz palpitar o coração (as famosas borboletas no estômago), que faz as pessoas terem atitudes precipitadas, inconsequentes. Mas o amor é algo que vai além das circunstâncias, transcende os limites que estabelecemos para este sentimento.

Aqueles que crêem em Jesus, que têm Deus como Senhor de sua vida, acima de todas as coisas, muitas vezes tropeçam no que os olhos preferem não ver e discutir. Agradam a Deus com louvor, dança, uma vida de honestidade, cuidado com o corpo, sendo solidário com os necessitados, devolvendo o dízimo, falando do amor de Deus e das boas novas para os amigos, para as pessoas do trabalho, escola, vizinhança; não se entregam à vaidade de ter bens, mas têm amor por almas; muitos destes, pulam Mt 22: 34-40 e Mt 5:44 e vão para as partes necessárias menos difíceis de se cumprir.

Estacionam a hipocrisia na burocracia de fatos e fórmulas, mas não mergulham no conteúdo, na essência e na finalidade de cada orientação e determinação de Deus. Antes; elaboram rebuscados argumentos para suas práticas e jogam todas no ventilador. Determinam quais são as fontes confiáveis e quais não são. Fazem do Espírito Santo um empregado. O consolador é que convence do pecado e orienta nossos passos à verdade, mas alguns tentam “facilitar” a função do Santo Espírito ao utilizar todas as palavras do vocabulário para explicar e esquadrinhar a mente de Deus, e induzindo a uma interpretação, deixa claro que se o Espírito Santo confirmar ou direcionar algo diferente do que foi argumentado, provavelmente é mentira e obra do engano.

Is 40: 28 Mas quando a Bíblia afirma que não há esquadrinhação para a mente de Deus e que os passos do homem são dirigidos pelo SENHOR “pois o homem como entenderá o seu caminho?”. Se “não há sabedoria, nem inteligência, nem conselho contra o Senhor” porque as pessoas tentam completar a Bíblia? Porque tentam ir além dos limites humanos? Na verdade apenas fazem como brinquedos, batem e voltam. Chegam no limite e voltam, assumindo várias vezes uma rota diferente.

Industrializam a palavra de Deus e seus propósitos. Focam as ações humanas e suas preocupações não em Jesus e sua obra, suas orientações. Mas fazem um recorte, constroem outros discursos. Colocam as instituições maiores do que Deus. A indústria gráfica, a de placas e adesivos nunca esteve tão aquecida. Se as estratégias de comunicação hoje são a cobertura do bolo, a comunicação, a publicidade entre as instituições religiosas são o granulado sobre a cobertura. Para muitos, importa mais que todos anseiem pela cobertura e o granulado, sem saber do que é o bolo, de quê é o recheio ,para quê e por quem foi feito.

O jargão “não importa a placa” na maioria das vezes traduz o pensamento “ a mais importante é a minha”. Os argumentos do “Deus pode falar com você” geralmente vem acompanhado de um manual de interpretação e técnicas de se comunicar com Deus. As pessoas precisam aprender a passear por Mateus 6.

Enquanto o foco das pessoas estiver nas instituições, sua divulgação, seu crescimento a todo o custo, de sua veracidade, estarão acrescentando um abismo entre as pessoas e Deus. Muitos cumprem o ide para alcançar glória própria. Há quem aplique técnicas de mensuração de resultados como em uma empresa.. Seguindo a lógica capitalista onde toda empresa foca o lucro, o lucro das instituições deixa de ser almas salvas e passa a ser “qual é a maior igreja”, ou “qual está mais alinhada com a Bíblia”. Ao verificar como é vivenciado o amor nestas instituições, constata-se que há compaixão, há solidariedade, caridade, afeto, mas o amor que tudo sofre, suporta, supera e crê, o amor que é também para os inimigos; este amor é adaptado à realidade social.

Tornam o principal em um item a ser tratado por Deus. E escolhem o que mudar. Determinam novos olhares sobre a obra de Deus com a finalidade de concentrar em um único lugar a verdade. Estabelecem as diretrizes para Deus agir. Estão tentando esquadrinhar o pensamento de Deus e se equipararem com Ele . Distanciam o ser humano da felicidade. Trazem a confusão com a intenção de alcançar a verdade. Como um sistema politico-monetário que é instalado como meio de se atingir o regime ideal. Idealizado por homens. Criam embalagens para a felicidade. Criam rótulos para a verdade. Estabelecem limites para Deus. O que a Bíblia não fala com clareza, cada ser humano deve buscar orientação de Deus em oração, deve se manter firme na palavra de Deus e permitir que o Espírito Santo o direcione.

Exclamação
Momento. Motivo. Qual a exclamação desta frase? Porque se ordenam as letras e como em um passo de dança se afastam, se unem a outras? Onde estará , se em todos os lugares buscado já foi? Sintaticamente e morfologicamente. Feita transliteração e milhares de traduções. A vida ainda não cabe nas letras, nas palavras. Ela ultrapassa os nosso limites, está além da interrogação.

É preciso conhecimento e sensibilidade para não apenas ler, mas entender. Exclamação. Há momentos em que você sabe que algo vai acontecer. Não sabe o quê, mas sabe que algo vai acontecer.

O silêncio antes do tiro, a gargalhada antes da batida. Quando o carrinho da montanha-russa chega ao cume, freia, trava antes de iniciar a descida. O vento no seu rosto anuncia a chuva. Uma gota no seu nariz. O telefone que toca, ou que não toca. A dor que falta, o ar que sobra, sopra. Doenças que levam para a cova, doenças que esvaem-se diante da cura. Há momentos em que você sabe, algo está acontecendo e logo se materializará.

Depois de tantos tiros. Continua andando o pé. Nos ombros um porta-retrato foto paisagem. Nos pés espinhos, nas veias sangue, nos olhos lágrimas, tudo em seu devido lugar. Nas mãos limpas, unhas sujas. Quando da terra se livraram as unhas, a saliva escorre pela garganta e o relógio vira televisão. Assistido. O tempo não cabe nos números. O tempo como um rolo de abrir massa, compacta e expande.

Suas atitudes podem contribuir para o que vai acontecer. Escolha. Colher o que se plantou de errado e o que se plantou de correto. É preciso chuva. Você sabe que a inercia será rompida. Ou tudo vai parar, ou de repente andará. Os olhos percorrem o mundo e veem todos escorados em realizações pessoais. Cada um estabelecendo o que é a exclamação de sua frase. Outros negociando a interrogação, entregando-se a reticências, muitos colocando ponto final.

Caber. Guardar, buscar. O engraçado é que quando o carrinho chega ao cume, você sabe que a probabilidade maior é dele descer. Mas naquele segundo antes, você sente alívio por parar. Ver a paisagem é um refrigério, mas a ansiedade vem com a altura e com a velocidade. O estalo, o carrinho começa a se deslocar. Já vi notícias de carrinho que caiu, de carrinho que empacou, mas na maioria das vezes o carrinho desce rápido. Na descida não tem como parar. Acontece e pronto.

Só há uma maneira correta de frasear, com a pontuação correta. Poemas são belos, textos são belos, mas sem a devida pontuação, crimes são cometidos. Acreditamos que as cercas que construímos estabelece os limites do terreno.

Quando decide mergulhar nas águas certas, não importa o vento, a direção da correnteza, os ataques e afadiga. O cansaço existe, a dor muitas vezes parece ser insuportável, mas quando aceita viver nestas águas, tudo o mais é detalhe.

Fonte de água viva. A exclamação. O verbo de Deus. O sentido da frase. O propósito da vida nas mãos dele, Deus, além de nossos limites. Uma simples palavra de Deus muda tudo.

Portas e Arranhões





Sentido. Os passos em busca de um caminho ultrapassam a concepção de andarilho de Nietzsche. É o cansaço de uma história onde as aflições têm sufocado a vontade de viver os dias. O prazer transitório das coisas do mundo social apenas degrada a energia de viver. Onde está ancorada sua vida? Quais as bases e valores que regem seu comportamento e sustentam seus sonhos.

Até que ponto você honra os compromissos assumidos? Atualmente as pessoas aplicam em suas relações um novo produto de mercado chamado conveniência. Por meio deste produto as pessoas conduzem todas as suas relações com o trabalho, com a família, com os amigos e com DEUS.

E. Durkein afirma que o suicídio, o colapso do sistema humano, é provocado por intensas mudanças repentinas na vida do indivíduo, ou pela ausência de qualquer fato novo. Percebe-se que dessa forma, o ser humano é como um barco à deriva. Se venta muito ele pode tombar, se não venta ele não sai do lugar e anda em círculos. No caso dos seres humanos, o colapso muitas vezes não se materializa com a morte física. Manifesta na morte social e espiritual. A conveniência, aplicada junto com a covardia, muda o curso dos compromissos assumidos e estabelece uma nova linha de valores.

Os conceitos são adaptados pelo subconsciente de maneira a agradar o desejo imediato de alívio. Socialmente o ser assume um novo papel. Aparentando modificação no caráter, mas na verdade trata-se de apenas mais uma máscara. Os antigos valores e compromissos são guardados em uma caixa imaginária ou em uma gaveta mental.

Mas o que o ser não percebe é que enquanto abre mão de seus valores por medidas paliativas, ele está sepultando aos poucos a oportunidade de ver cumprido o objetivo, o sentido para sua vida. O ser, com as medidas assumidas, se ampara em soluções humanas para problemas que ultrapassam a capacidade humana. O que sabe o homem de seus caminhos? Ele apenas anda. Na maioria das vezes de olhos tapados.

Mesmo com o mínimo de consciência de que o tropeço é seu hino, ele se agarra aos conselhos humanos dos que também estão de olhos tapados ao seu lado. Efeito dominó. A queda da primeira peça independe da capacidade de resistência da peça que está no meio. Ela vai cair. E cai, a menos que alguém a tire da fila. Mas é prazeroso a sensação antes da queda. Há certo gozo. Mas depois do gozo o esporro da dor. A vergonha, o sangue, o tempo que não volta. Muitos estão de gargantas escancaradas para as maldições hereditárias na vida pessoal e profissional. Até quando?

Jogam ao vento as possibilidades de sua vida e esperam correr as horas. A mídia ampara a destruição. Ela reafirma a realidade degenerativa da sociedade. Abdica de seu poder de influência para contribuir com a transformação da sociedade. A desgraça é escancarada nos jornais, pois é importante mostrar os fatos, mas a desgraça também é retratada na ficção, nas novelas, nos filmes, nas séries de entretenimento. O discurso do mundo social sem propósito e desleal e acima de tudo descartável é disseminado pelas redações, livrarias, bibliotecas, rodas de amigos, empresas. O consumo é alimentado, consumo de sonhos, consumo de corpos, de vidas, de drogas, de dinheiro, de relacionamentos, de desgraças desfaçadas de algodão doce. O gosto da desgraça é pior do que o que lhe faz vomitar.

Porque as portas fecham? Porque os corações se fecham? As portas deveriam se fechar para manter o frio distante, a poeira fora, garantir privacidade e segurança. As portas não deveriam fechar para mostrar o rompimento. Existe na natureza humana um certo sadismo em fechar portas, mas um pânico insuportável de imaginar uma porta sendo fechada para si. Herança da influência do mal. Pelo prazer, pela paz equivocadamente o homem quer ser deus e o diabo.
Vi os roteiros filmados e os que podem ser adaptados. Percebo como correm as águas e sei que elas sempre correrão, ao menos que se congelem. Mas a cobertura se congela, o restante fica a uma temperatura muito baixa.

O ser humano, quando é um ser social, é previsível, basta estudá-lo com afinco. A menos que ele aja como um ser espiritual, se colocando na presença, dependência e provisão de Deus, sua ações são percebidas muitas vezes antes de as tomar. Basta estudá-lo, fitá-lo por admirá-lo. Andei de lhos vendados e pude ter retiradas as vendas.

A escolha. Escolher reconstruir ou construir algo novo. A reconstrução pode figurar algo novo.
As pessoas preferem abandonar para não correrem o risco de serem abandonados. Preferem morrer primeiro a ver alguem querido morrer ou ver despedaçar uma família. Preferem abandonar do que resistir, reconstruir o que for possível. Reconstruir a família, reconstruir a vontade de viver.

As pessoas querem livros com figuras. Sorrir por ser feliz. Sentir o vento no rosto e se sentir bem com isso. Mas buscam isso de forma imediata e por meio de estratégias humanas. Paciência gera experiência e experiência gera esperança. Rm 5:3.

Vejo portas. Arranhões dos covardes que não abriram e em ranger de dentes e pranto tentaram tardiamente entrar. Pagaram o bilhete para a desgraça sem saber o verdadeiro preço. Colocaram em dúvida a crença pelo tempo e circunstância. Assim há um passo estive eu, andando elo fio da navalha, sendo cortado a cada passo. A indecisão disseca a vida. A precipitação a explode.

Tenho suado para manter a porta correta aberta. Entrar pela porta correta. Fechar no momento e pelo motivo correto. É o melhor que posso. É onde minha energia termina. Termina. Entra em ação aquele que sempre esteve ali, aquele que é especial e sobre o qual sabemos o que ele quer que saibamos.