Reflete a inércia de meus pensamentos
Rega na névoa derradeira as pétalas de meu sonho
amanheceu novamente.
O avesso nu, sonho.
Polvilhado entre as pessoas, o olhar busca pouso. Diafragma aberto em uma noite fria; com as sombras de uma realidade que me convida. Os valores e a percepção intensificados na sombra. As ideias em movimento junto aos corpos suspensos. A respiração é um personagem. A flexibilidade de um posicionamento, as contradições de um sentimento. Árvores frondosas, tecido, sombra, a transformação. “Somos o que somos”. A névoa de Eco é recorrente. Ser feliz é algo criterioso e simples, fundamentado na liberdade. Galhos firmes movimentam-se sem romper, sem partir. Dançam.
Seres Avulsos. Mentes cacófonas enchem o hall de gás carbônico. Pura expiração. Sanidade, uma lista de filmes, açúcar e livros; o coquetel que embala o sentido.
As formas, a estante e seus livros. Páginas rasgadas. As formas; a intensidade da impossibilidade. Um ser absorto em meio as ânsias do cotidiano. O mar corporativo das ideias na tentativa de mudar o bolso (que tem o bolso? Sonhos ou moedas / Espinhos ou chaves / pétalas ou ponteiros).
O olhar do limite; as palavras do silêncio. O conhecimento dissipado que permeia.
Compartilhar e se cansar. Vício em observar o movimento harmônico, dessincronizado. Firme, ela fisga meu olhar e abala meus pensamentos. Enquanto desfila a fruta partida em meia lua. Rubra. No momento em que para em sua realidade. O olhar. Quem entenderia? Mergulharia?
A fascinação beira a insensatez. Vender horas é um remédio socioemocional. Mantém o social, distrai o emocional e produz algo bom. Interferência. Ponto de apoio. A mão às vértebras; a maneira como ignora e interage com o ambiente. Observação e utopia.
A ideia é uma erva daninha. Chega a ser cômico vê-la se espalhar. Ás vezes nos é trágico, mas da tragédia sai a maturidade que, aliada à ingenuidade, é necessária para desfrutar-se do gozo. Há conversas. Ah, braços estendidos pelo corpo, ameniza-se o frio. Tosse.
Deus é um artista
Língua. Seus sabores.
Ela pensou com a névoa de Eco
Seus olhos deslocaram-se no horizonte
Espontâneo momento sem fala
Sua boca entreaberta
Após a contemplação, a insegurança
Quis encontrar o andar sete e meio
Mas não havia My Blueberry Nights e não se ouvia Try a Little tenderness, com Otis
Meus pés dedilharam as poças deixadas à rua
Não estava mais à chuva para cantar
“Tudo que enxergamos esconde alguma coisa, nós sempre desejamos ver algo que está escondido por aquilo que enxergamos.” René Magritte (1898 – 1967),
Ah, comunicar. Irremediável, o furo expande. A nova testemunha ocular se desloca pelas redes eletrônicas chamadas sociais. O relacionamento de antes, que envolvia a presença física agora se baseia na transformação de códigos binários, e às vezes nem isso. O apagão energético é o apocalipse contemporâneo. É preciso energia para consumir e para produzir. O desenvolvimento de energias limpas está atrelado à sustentabilidade das relações sociais mediadas por chips. Os veículos de comunicação renovam-se. The new Newsmaker alastra-se, é Le fils de l'homme (O filho do homem), de René Magritte em 64. Confiabilidade consolidou-se como o fiel da balança comunicacional, embora muitas vezes seja soterrada pelo volume de citações e repetições. Os olhos como peneiras ininterruptas nos faz saborear boas produções. Mas nos instiga o que está por trás daquilo que vemos. A construção dos discursos força os produtores a experimentar a linguagem e suas potencialidades para conduzir e induzir sentidos. As formas sobrepoem-se exigindo um mergulho cada vez mais fundo. De onde virá mais fôlego? Alguns dizem da necessidade, outros se rendem e apelam para Deus e há os que fazem girar as engrenagens que movimentam uma fragmentada linha reta em poema. Takai Insensatez. Compreender que a mão que segura a pena (a caneta, a tecla, a tela) detém o controle de uma escolha. Todavia, a mente que pulsa sentimentos em palavras reconhece que o poder não se detém.
uma volta
ler a Bíblia
ver filmes
músicas
comida
na parede, à mesa
livros
volta?
ida
.,
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