Mostrando postagens com marcador comunicação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador comunicação. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

pertencimento

Fala-se muito em jargões das profissões e os que marcam a sociedade. As narrativas corporativas buscam aumentar a retenção de mensagem, absorção e incorporação de cultura organizacional e multiplicação de mensagem. Para isso, brindes, palestras, metas, mimos, desafios, desafetos e cobranças. Após a cortina de fumaça e do uso de todos os aparatos de tecnologia, de treinamento e desenvolvimento, o que é orgânico ainda inspira mais veracidade.

Dar voz aos sujeitos ao invés do modelo títere de interação. Em uma campanha interna de comunicação, ao utilizar os funcionários para serem porta-voz e rosto da mensagem, a empresa potencializa na equipe o aspecto do pertencimento, desdobrando em contribuição nos demais atributos corporativos supracitados.

Mas isso não é novidade. Muitos já fazem, até mesmo para otimizar custos. O diferente é simples. No bastidor, na construção da mensagem, ouvir não apenas o interlocutor, mas o mensageiro. Diversos roteiros de cinema se tornaram primorosos quando os atores puderam contribuir. É preciso estar preparado para um processo de integração. Sair um pouco dos muros conceituais, das vaidades de crachás, da prisão dos ponteiros. Permita-se a duas atitudes simples: Observar e Dialogar.

Com o devido amadurecimento, o diálogo de pré-produção e produção enriquece não apenas a mensagem mas todo o processo. Sugestões simples de posicionamento de câmera, alteração de uma fala, entonação, postura corporal, olhar, vocabulário, figurino, passando até mesmo pelo briefing de como o público-alvo absorve determinado conteúdo. Ouvir e dar vazão aos ruídos do processo de comunicação, participar com os demais atores da ação de comunicação, são atitudes e escolhas que interferem positivamente e efetivamente. Pertencer é estar vivo, se envolver.












sexta-feira, 29 de julho de 2022

-

#Seguimos Diversificar o material, as narrativas de uma cultura organizacional que amadurece e mostra resiliência ao transitar pelo conflito de gerações sem perder sua essência e sem descaracterizar sua atividade fim. Desta forma a área de comunicação se desdobra entre equilibrar o famigerado orçamento, o hiperestímulo das novas tecnologias, a capacidade técnica dos funcionários, o perfil de retenção de mensagem do público-alvo e a cobrança contínua dos clientes. A busca por um "algo mais" não deve ser apenas para receber elogios. A comunicação corporativa deve servir ao propósito da atividade fim da empresa e respectivos desdobramentos correlacionados. 






terça-feira, 7 de junho de 2022

malhete social




As narrativas sobrepostas cotidianamente criam a atmosfera de convívio social. A integração favorece ao amadurecimento de significados e significantes, marcando capítulos da evolução da sociedade. No entanto, também revela as misérias do carácter tanto da massa, quanto do indivíduo. Cada um maneja seu malhete sem reconhecer as próprias mazelas, mas sobretudo mirando a de quem está próximo. Este comportamento cruel e instantâneo, aparentemente tão natural à espécie humana,  por essência contadora de história, consolida conflitos e traumas na malha social influenciando a percepção a cerca das narrativas. 

Deste modo, não basta apenas criar as mensagens e estruturar narrativas atrativas mirando em um específico significante sem considerar o contemporâneo perfil de comportamento individual e da massa no que tange ao julgamento do outro a partir das narrativas. A comunicação, seja corporativa, pública ou individual, não pode ser feita à revelia e em busca de um "engajamento momentâneo" sem considerar os rumos, onde irá desembocar a narrativa.

Fofocas corporativas, intrigas sociais, brigas de família, embates políticos, versões de uma mesma fé, distorções de prioridades, o malhete nunca foi tão usado, de forma intensa, até mesmo com transmissão ao vivo. Após o julgamento relâmpago, a execução sumária. Todo dia, todo o dia. Novos julgamentos são iniciados assim que a execução do primeiro termina, e muitas vezes o processo é simultâneo. Seja em casa, no trabalho, na família ou roda de amigos. O malhete social não se cansa ou se desgasta, mas ao subestimar o tempo, desconhece as profundas consequências do seu martelar.

terça-feira, 1 de março de 2022

Telefone sem fio


As pessoas não buscam informação. Alimentam-se do que recebem e até mesmo compartilham o equívoco sem saber. Não é novidade e está mais do que perceptível. As pessoas se atolam nas fontes de informação que agradam sua ideologia e pensar ser ela a única legítima. Não estão verdadeiramente dispostas ao diálogo, mas excitadas pelo efeito "telefone sem fio" que causam na sociedade e a conseguinte sensação de poder. No ambiente corporativo este comportamento (já instaurado na cultura social do indivíduo) coloca em risco a reputação e imagem da marca de uma maneira ainda não mensurada no longo prazo. Pensa-se nas crises de curto prazo e nos desdobramentos no médio prazo reordenando às vezes o plano de negócios da organização e seu posicionamento social; contudo, pouco pensa-se no longo prazo. Talvez pela intensa sensação de incerteza de que se esse longo prazo irá chegar, visto que o imediatismo é sobrenatural. Afinal, não se pensa efetivamente na política do revezamento, do "passar o bastão" para próxima geração. Assim, as narrativas ficam atoladas nos mesmos conceitos e variações de estratégias de comunicação.

Erga o pescoço sem perder o chão de vista. Siga.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Atos





Em tempos de streaming em demasia sobre heróis, os referenciais estão dia a dia petrificando uma imagem de sucesso que sabota o sujeito social (Eu sei, sempre foi assim, mas a sensação é de que o tempo de adaptação agora é menor do que antes). Assim, muitas vezes ele (o ator social) se percebe aquém do padrão aceitável e reconhecido na sociedade. Essa frustração pode ser verificada em seus atos, tentando corrigir o curso ou se entregando a ele. E ao contrário da máxima... os atos nem sempre revelam quem é o indivíduo, mas apenas como está o ator social.

O ato de coragem não é entrar na frente de um tiro, de um carro, em uma briga. Trata-se de impulso de resposta espontânea, ou se tem ou se desenvolve perante as circunstâncias. Congelar ou agir. Ser um herói não é saber fazer uma improvisada manobra cirúrgica com tampa de caneta de bico de garrafa de destilado, ou recolocar o braço deslocado, dirigir de forma sagaz em uma perseguição de fúria ou fuga. A coragem heroica está em vivenciar o automatismo dos dias sem deixar que o abatimento tome conta. É levantar grato por um novo dia, mas também atento, aos detalhes que se repetem ou se alternam, às dificuldades que não dão trégua, à impessoalidade que determina o conjunto, o todo. Olhar os filhos, cada qual em seu fluxo de descobertas, experimentação e aprendizado; sabendo que todo pai e mãe também é filho, em um fluxo mais avançado. Compreender a si para ser alguém melhor para o outro, sem ser do outro.

O romântico ato de coragem não depende dos músculos, das cifras acumuladas, dos cargos e posição de poder ocupadas. Não se firma nas capacidades intelectuais, habilidade de argumentação e elucubrações. O anti-herói. Habitante calado da terceira margem do rio chamado realidade. Esse que veste roupas comuns, não fala muito alto, gosta de sentir o vento no rosto, valoriza um ar fresco, reconhece a importância do calor do sol à face. Saboreia momentos sem grandes expectativas e plateia. Coloca no papel não mais que traços em uma fragmentada linha reta. Que vivencia a empatia, sem fazer dela um estandarte. Esse indivíduo que se vê além do ator social, se sente e se percebe na paisagem e fora dela. Que aprendeu o caminho para Casdorra; e uma vez lá, não sairá. 

terça-feira, 6 de julho de 2021

pão


Outdoor, Ads, elemídias, painéis, displays, aplicativos e aplicações, papel, dinâmicas e gracinhas. Muitas vezes, a impressão é de que setores corporativos de comunicação parecem se revestir de estratégias e ações para ser vitrine (case de sucesso) para os pares e não para cumprir a atividade fim. O pão nosso de cada dia. A informação em avalanche tem de ser repensada. Tanto as plataformas, os conteúdos e os tempos. As narrativas precisam ser elaboradas sem o chicote da razão e com a flexibilidade dos contextos, sem corromper a mensagem. Considere o grau de autoconhecimento, autogestão emocional, empatia e repertório do indivíduo e sua atuação como ser social.

A inteligência emocional (Domina-te a ti mesmo) é mais que um termo corporativo, mas um aspecto crucial para refratar a imagem ao espelho. O autocontrole evoca sistemas de exaustão; verdadeiras portas emocionais de respiro. Há de se valorizar.

Trabalhar elogios não é semear a paz. Tampouco a rispidez das opiniões sinceras traz harmonia. Apenas a maturidade entre narrar, absorver e transmitir é o que prepara o terreno social para a paz. "Para ser do tamanho do que vê, oh Bernardo, é preciso lavar os olhos  e retirar a fuligem social"

--- 

terça-feira, 22 de junho de 2021

parágrafo


Não se trata de um desabafo. Não imagino como interpretará isso os olhos ou o algoritmo. Como lixo, ruído de fundo, textura perene ou material de descarte em contagem regressiva. Mais um texto que some na massa em resultados de pesquisas por palavras-chave, em sugestões de conteúdo e chuva de links. As TVs na parede e na estante deixaram de ornar o altar do tempo da tradicional família. Dificilmente as pessoas sentam em frente ao desktop para ler, consumir informação. Tampouco colocam para esquentar o colo os mais diversos modelos de notebook. A primeira tela agora é a famigerada segunda. Na palma da mão. E nem precisam estar olhando, pois os fones (sem fio) fazem aquilo que o radinho de pilha fez bem em outra geração, em outro tempo. 

Deve-se saber o potencial de desdobramento, maturação e transformação da mensagem. O conteúdo então é reforçado, através das plataformas diversas e não apenas em uma. A mídia outdoor cada vez mais poluindo, pontuando e inovando na paisagem. Mensagens em cartazes, em placas, postes, em barramentos, eletrônicos, pessoas tropeçando em códigos QR, distribuindo e recolhendo dados sem perceber o que está nos termos de aceite. Aliás, os dedos nem imaginam o quanto consentimento têm dado, mais do que a assinatura à tinta. Papéis transformados, não invertidos. Mensagens que dizem mais do que se pensa, palavras que extrapolam a homônima canção. 

Antes de produzir um conteúdo; pensar em quem, como e quando o consumirá? Será que basta? Ao estruturar a mensagem, considerar tudo o que se pretende com ela: simples manifestação, lançar ao universo sem pretensões; ou chegar a alguém e causar significantes? O que se quer? Ou "o que se quer saber de verdade"? 

As coisas simples. Os acontecimentos aparentemente corriqueiros. Ignoramos tanto. Mesmo tendo ciência de que ignoramos, o máximo que fazemos é refletir, se condoer, valorizar algum, e seguir no automatismo de ignorar o simples e sofrer pelo complicado. Complicamos a felicidade, para evitar o "tédio" ou por temer não saber viver sem a frustração e busca. Tememos ou não sabemos viver a plena paz? Muitos consideram que ela nem mesmo existe. Revisitar o olhar, o tempo, as circunstâncias e o que realmente fica do que se faz e o que se faz do que fica. Experimente! Cada um tem seu rosebud. Após identificá-lo, é preciso saber vivenciá-lo.


domingo, 13 de junho de 2021

Asas versus ases




Uma boa ideia não morre ao tentar colocá-la no papel. Ela amadurece, ganha asas para conseguir alçar voos antes não imaginados. Ela se abre às possibilidades de ser complementada. Após o famigerado briefing e brainstorming, organizar as ideias em um planejamento é o que permite sucesso à iniciativa; ainda mais se envolver outros players.

Posto à mesa, como vinho aberto na taça para ter contato com o ar. Respirar. Harmonizar, aumentar o contato com o oxigênio para apurar o sabor e tornar a experiência da degustação ainda mais especial e completa. Assim a ideia, bem valorizada, organizada (não castrada), maturada.

No mercado, ao invés de despontar, as cabeças urram para sobreviver, tornar-se essencial não pela contribuição no processo evolutivo, mas pela dependência para manutenção de padrões das estruturas sociais estabelecidas. Compartilhar virou indicador numérico, afastando-se do real significado e potência do ato. Ao invés de dar asas à imaginação e também ao outro, as pessoas tentam se tornar o grandes "As" podendo ser tão lembrado como uma boa foto antiga ou como um papel térmico exposto ao sol. Precificar tudo, rotular experiências humanas como um produto de mercado tem consequências que extrapolam divãs e gerações. É preciso rever comportamentos sem busca por culpados, mas por soluções plausíveis. Façamos uma comunicação que dê vida às ideias. 



segunda-feira, 7 de junho de 2021

Dimensões atordoantes


O boomerang das narrativas. A comunicação, via mensagem, conduzindo o usuário que a conduz até o receptor (sendo ele outro detentor de mensagem e influência na ordem social) e voltando (vez por outra em um voo de borboleta). Conceber discursos (organizacionais ou não) tornou-se cada vez mais desafiador. Seja pelo aumento do índice de engajamento e inquietação do público, ou pela mudança do perfil das plataformas de transmissão das mensagens e padrão de composição e durabilidade das narrativas.  

A nem mais citada globalização atravessou as massas, impactou leituras de grupos sociais, integrou processos macro. Em seus desdobramentos, ou avanço, como queira, interferiu no padrão do indivíduo de constituir sua face social. Ou seja, tornou-se volúvel de acordo com o repertório que a todo o tempo é alterado com novas formas de se expressar, de receber conteúdo, de acessar. O "telefone sem fio" não é o cochicho de ouvido em ouvido, mas é wi-fi, reverbera sem controle. No ar, uma massa diversificada de significações, chovendo influência sobre a sociedade. Vai e volta indo para outro lugar. 

Sem subestimar seu público-alvo.  Essa deve ser não uma premissa institucional apenas, mas interiorizada em todos. A partir dela, pensa-se o objetivo da mensagem e segue o rito de sua produção. Vemos diversos aparatos modernos, muita publicidade arrojada, muita narrativa aparentemente de vanguarda, mas que em sua maioria, pré-julga o público e falha na premissa citada no início do parágrafo.

Lance sua narrativa






quarta-feira, 7 de abril de 2021

indignar-se


A maturidade da indignação é perceptível quando a inquietação social da classe ou do indivíduo, se manifesta não na pueril agressão ou na institucionalizada crueldade, mas sim em argumentos sóbrios, consistentes, analíticos e não alienantes. O contraponto bem feito é o que oferece equilíbrio à sociedade. A massa tende a permanecer no estado atual (parada ou em movimento), estagnada ou em evolução. Os solavancos que marcam nossa história rompem a inércia para o bem e para o mal. Nesse ínterim, é fundamental manter o olhar atento ao todo e aos detalhes, sem prender-se aos vícios de interpretação e o automatismo de produzir significantes que alimentam a zona de conforto. É necessário indignar-se; de forma madura. Feliz Dia do Jornalista, sobretudo em tempos tão difíceis. 

sábado, 27 de março de 2021

Escadas e escaladas


Em tempos de muita informação e ritmo frenético de mensagens, é preciso ter uma narrativa leve, mesmo que para tratar de assuntos densos.

Ser leve não é imputar ao outro o peso que estava em seus ombros. Não é para deixar a vida dos outros mais pesada e ser assim mais leve. Ser leve é ter transformado o olhar e o agir; e principalmente, o refletir. Para crescer profissionalmente não é necessário prejudicar uma pessoa, não é necessário ferir o próximo para se tornar um ser humano melhor. A escalada da notícia, a derrocada do cidadão. Nas escadas, muitos fazem dos outros de degraus, ou até mesmo pisam em valores morais, erguendo o estandarte de argumentos tão vazios, plastificados para tentar ser perene. 

As pessoas estão confundindo competência com crueldade; tanto no mercado de trabalho, quanto nos relacionamentos pessoais. Não se deve ser imaturo a ponto de querer acabar com a brincadeira porque é o dono da bola, mas quem joga melhor é o outro. Deve-se jogar junto. Ir pelas escadas ou pelo paredão da realidade. O importante não é chegar ao topo, mas como você se lança no processo de subida. Aproveita a paisagem? Compartilha? Ajuda outros a subirem? Entende que para ajudar o outro às vezes você tem de ficar para trás, reduzir o ritmo ou carregá-lo? E até mesmo ser carregado?

As parcerias efetivas constroem algo irretocável, um legado elementar para a manutenção da sociedade, ou pelo menos, da narrativa proposta.

Na comunicação, compreender o potencial da equipe e estimular as performances entendendo como a narrativa é assim valorizada. Com as especificidades de cada um compondo a narrativa sem ter como premissa prejudicar alguém. Os resultados são, então, muito mais que indicadores.




sexta-feira, 12 de março de 2021

Comunicar sem inventar rodas


A contemporaneidade apresenta um cenário preocupante. A Era da informação se desdobrou pelos aspectos prejudiciais de sua intensidade e acessibilidade. Quando se considera o volume de informação, a capacidade do usuário receber, interpretar e reverberar um significante, a acessibilidade aos meios de produção e distribuição de mensagem, somado ao nível de maturidade do indivíduo e do grupo social, percebe-se os riscos de boas mensagens ficarem perdidas ou serem deturpadas. Para a comunicação corporativa, ao invés de se preocupar em inventar novas rodas, é fundamental aprimorar o básico, manter a continuidade da narrativa, rever e amadurecer (quando preciso)  o posicionamento. 

Sempre pensar no objetivo da mensagem. Falar o quê para quem?  

Em tempos de isolamento da empatia, os fluxos urbanos pontuam na paisagem mensagens comerciais e institucionais por onde o cidadão passar.  Quando planejada, a sinalização urbana racionaliza o uso da comunicação com clareza e objetividade da informação. Expandir a mensagem pela cidade, de forma estratégica, organizada. #comunicação AAPI Informar possibilitando ainda interação com o público via QRCode.

Mantendo a roda girando, mesmo quando o terreno é inóspito e o fluxo está mais para atrofia, pensar em potencializar a mensagem pelas plataformas disponíveis. Proporcionar aos associados (público-alvo) diversidade de conteúdo, manter a entidade (narrativa organizacional) próxima do público. Novo programa semanal no canal da AAPI utiliza leveza e bom humor de um professor parceiro para dar dicas de inglês, por meio de pílulas em vídeo. #identidade #aapi




Números - entre o tropeço e o soluço


É clichê, mas ignorá-lo não nos torna melhores. Quando o divórcio, o acidente, as dívidas, a morte, a doença, o nascimento, o casamento, solidão, a vitória ou a derrota estão distantes sempre serão estatísticas, números absolutos ou índices percentuais e tudo o que o homem cria em sua narrativa é passível de pelo menos duas interpretações: a que confirma e a que questiona; afora outras.

Por mais que os números possam talvez, quando comparados a outros dar a impressão de ser menor; vale lembrar: se não é algo absoluto, 100%; sempre podemos cair naquele 1%, naquela pequena margem, naquela improbabilidade; aí chamamos de fatalidade e muitas vezes engolimos sozinhos o sofrimento

Quando está perto da gente, esses números viram sentimento, dor, prazer, euforia, desespero. É clichê, mas precisamos sempre revisitá-lo para nos lembrar de sermos humanos. 

Ao criar uma narrativa é importante considerar tudo o que representa os indicadores. Seja em relatórios corporativos, mensagens motivacionais nas organizações, nas matérias jornalísticas, os números evocam muito mais que apenas quantidades. E a mensagem criada deve se importar com isso. Portanto, na construção da narrativa é preciso transitar pelo clichê de forma assertiva, tendo em mente o objetivo da mensagem na ordem social. Faz-se necessário evitar os vícios editoriais, as bandeiras das vaidades e convicções de torcida e se permitir à reflexão e diálogo.

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Equipe x controle



Mensurar as transformações que acontecem na equipe é o desafiador indicador do gestor. Identificar como cada um, em seu sistema de repertório e relevância, contribui na realização das atividades, no compartilhar conhecimentos, reter mensagem e diretrizes da gestão e integrar-se ao planejamento estratégico. Compreender as pessoas e identificar pontos de equilíbrio para poder exercer persuasão em prol do clima organizacional, e não manipulação cruel de emoções, saberes e fazeres. Diversos gestores se perdem no fio desta navalha. Conhecer o outro exige também conhecer um pouco mais de si mesmo, para assim conseguir identificar o que é você e o que é o outro; os limites, as especificidades, o que é automatismo, mimetismo e o que é peculiar, quase exclusivo da personalidade. É exaustivo o processo, mas costuma ser mais eficiente do que adotar algorítimos. Eficiente no sentido de evolução humana e nem sempre em indicadores corporativos de desempenho. A famigerada trilha por conhecer a si mesmo. Evitada de maneira sagaz por quem sente prazer em julgar, manipular e culpar o outro. Caminhar por essa trilha nos lembra atributos da personalidade que muitas vezes evitamos, ou que nem mais reconhecemos ter; pro bem ou para o mal. Entretanto, trata-se de um processo fundamental para o desenvolvimento, para ter dias mais leves, para ajudar o outro e juntos, em equipe, fazer um bom trabalho. 

Engajar uma equipe tem de ser um processo naturalizado de persuasão transparente, com fluxo e objetivos definidos e tudo tratado de forma aberta junto aos envolvidos. Esqueça a ideia tradicional de controle e pense na efetividade do que é uma verdadeira equipe. Não significa o caos, ou plena anarquia, mas um ambiente em que ao invés de controle, há liderança. Não um conceito pedestal de mercado; mas a postura bem definida de cada indivíduo, com suas potencialidades, fragilidades, pontos de melhoria. 

Neste novo cenário, delegar torna-se compartilhar responsabilidades, tendo cada um o instante e a intensidade da entrega e a titularidade sobre o resultado do processo. Ao invés de problemas e punições, obstáculos e soluções. Assim, percebe-se maturação não apenas da narrativa corporativa, mas elementarmente da cultura organizacional. Independentemente do montante do faturamento da empresa, o modo como ela internamente estrutura e viabiliza sua equipe compõe sua marca e a mensagem que fica para o multifacetado stakeholder.

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Padrões para relaxar


Há uma tendência em padronização do comportamento social que intriga quando olhamos as plataformas de comunicação. A padronização pode castrar, mas ela também ambienta o indivíduo em uma zona de conforto. Coloca ele em fase de automatismo naquela questão para ter energia e atenção disponíveis para outros processos e fluxos. O conforto do automatismo aprisiona e conduz o comportamento social, seja por consumo de informação, produtos ou até mesmo posicionamento em relação a algum aspecto da vida (política, religião, moral, relacionamentos e etc). Identificar esta característica e como ela é inerente à nossa organização social, contribui para aperfeiçoar nossa consciência crítica, mas também instrumentaliza as narrativas corporativas de estratégicas mais assertivas.

Após o confronto com o novo, o impacto do conhecimento e reconhecimento, produção de significante; peneirada a resistência versus a aceitação, estabelece-se um padrão. Especificamente no consumo de mídia, assim que surgem aplicativos novos e aplicações novas nos aplicativos mais usados, logo após o período de teste e posterior peneira, percebe-se a padronização deles e até adoção por outros aplicativos. Vide os stories (que foram do Instagram para as demais redes sociais e que agora chegam também ao Spotify (iniciou testes de stories em playlists especiais). As retrospectivas também, do Facebook, Instagram, Spotify, Google fotos, re-alimentando o consumo de funcionalidades por meio de um conteúdo que já existe (e que talvez você não lembre), gerando assim novas interações e engajamentos, revisitando até posicionamentos. 

A instantaneidade de ativar novos atributos, a temporalidade de disponibilidade da publicação, restrição e segmentação do público que pode ter acesso (que não quer dizer que ela vá verdadeiramente entregar com o mesmo sistema de relevância para todos do seu público determinado); tudo com a sensação de ser natural. Padrões para relaxar o senso crítico e sucumbir à influência de um ator social cujo o qual muitas vezes não queríamos dar tanto poder.

O ciclo elementar de padronização é perceptível desde os primórdios, mas sua modernização constante e desdobramento da utilização; intrigam.  




sexta-feira, 20 de novembro de 2020

A multiplicação de Mike Teavee



Ô Cridê; fala pra mãe, que a TV saiu da sala e agora empoderou-se na mão de cada cidadão. Senhor Wonka, um chocolate por favor, daqueles que nos fazem ficar anestesiados diante das mazelas que o indivíduo permitiu se incorporar ao comportamento natural cotidiano. Viciados em F5, para estarem sempre atualizados. Ter acesso a mais fatos (sejam estes determinantes na sociedade ou apenas sobre a rotina, extremamente corriqueira, da vida de uma pessoa). Ficar vidrado na vida de uma pessoa ou família e deixar de lado a própria; sem perceber a incoerência. Instaurar o mimetismo e transformar seus hábitos por meio das influências digitais recebidas, buscadas. Claro, muitas transformações para o bem acontecem. O joio e o trigo são separados no final, não é mesmo? Entretanto, o padrão de interferência social do comportamento das "teletelas" guiando olhares, palavras, dedos e decisões, aponta para uma atrofia, uma neutralização das questões humanas profundas, um processo de tornar superficial o saber, o sentir, o ver e interagir com o outro (fisicamente, pois sempre há um emoji, essa nova onomatopeia, para aconchegar digitalmente).

Andar pela rua, frequentar situações sociais costumeiras em almoços, reuniões, encontros, ou o lazer no sofá, nas varandas, ainda também nas calçadas, e tantos outros lugares. Realizar as tarefas diárias, do café, caminhada, banheiro, ócio e tanto mais. Mike Teavee multiplicado como gremilings. Tudo sempre conectado. Tudo sempre com a tela ali. Com a necessidade de lançar ao universo digital o que se passa, o que se sente, o que se come, a perspectiva da foto alcançada. Comunicar não é pecado. A dose da mensagem é o segredo para não atravancar o processo. O que chama a atenção é como o fluxo de comunicação está interferindo (ou revelando) o caráter das pessoas de forma tão rápida. A liquidez de uma sociedade. Seja no filme, na vida ou no universo estendido chamado realidade, obcecado com filmes violentos de gangsters, imitando o que vê nas telas e obcecado pela felicidade e satisfação alheia; não é mera coincidência. As pessoas estão não sendo sugadas pelas telas, mas estão se entregando a elas. Justificativas brotam de todos os lados, inclusive do divã.

Produtores de conteúdo, corporativos ou não, embrenham-se na corrida maluca de (sendo também personagem alvo do processo) entender a demanda, o comportamento de consumo da audiência, de produzir, reverberar e mensurar os resultados. Virou negócio. Arte, preço, produto. Não é um mundo de pura imaginação, mas um se entregar contínuo à alienação que satisfaça o passar das horas e soterrar o famigerado "conheça a ti mesmo".




Dica

O canal da Maíra é um refrigério narrativo, sempre com uma abordagem interessante; com um ritmo diferente de olhar e respirar a vida. Vale a pena




quarta-feira, 4 de novembro de 2020

conversas e conexões



Tudo nas nuvens e quando chove, poemas podem surgir, usuários se banham, se escondem, erguem guarda-chuvas, são inundados, outros nutridos; cada qual em seu instante, demanda e interesse. Dentre outras coisas, choveu live na pandemia e se instalou como a nova primeira tela da sociedade. Cada qual com sua programação. Diante desta nova dinâmica em busca da materialização de uma mensagem e alcance de certa audiência, o que fazer para tornar aprazível uma live? Uma gota entremeio a tantas?

No caso das de entrevistas, estabelecer um diálogo é uma boa opção. Fazer com que o diálogo seja uma conversa onde o tema é mais um dos personagens e o espectador um convidado a mais.

A conversa sincera e sem amarras é o que torna a live um momento orgânico de troca de ideias e não uma busca por audiência ou sobreposição de egos. Trata-se de um encontro e entregas. Um abraço das ideias (que podem ou não ser divergentes). Assim se consolida o conteúdo e o mantém vivo. Pujante. Gratidão pelo papo com Joel Pizzini, Thiago Köche e Luiz Carlos Lacerda (Bigode). Em pauta, o cinema brasileiro. Cada um com um olhar. Iniciando com o brilhante mestre Bigode, abordando o modo de fazer e consumir cinema antes, durante e depois da pandemia da COVID-19; desdobrando em como exercer o olhar a contra pêlo na história, afora as versões oficiais a partir da energia e sensibilidade de Köche, reverberando no cinema poesia de Pizzini discorrendo mais do que na diferença entre linguagens e narrativas do documentário x cinema de ficção; dando vazão a valorização da multiplicidade de olhares narrativos da equipe, reforçando o papel do diretor de tomar decisões, de manter o equilíbrio entre o óbvio e o abstrato. Discorrer sobre as solidões e solitudes. 

A boa conversa proporciona mais do que conteúdo ao público, mas cria um ambiente de conexões e potencialização de significantes que vão além daqueles minutos de live. Assim é possível refletir antes da chuva, vendo a chegar, embrenhando-se nela e até mesmo vislumbrando o horizonte que há de instaurar, nas intermitências do céu. Mais que lágrimas na chuva, nossas lembranças, pensamentos e sonhos podem vir a ser gotículas sobre pétalas no jardim de alguém.

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

reações a conta gotas


Essa vontade de sair de casa. Alargar fronteiras, transitar sem restrições por um território conquistado ou cotidiano. Essa necessidade de subsistência. Esse instinto do afogado, de manter-se vivo. A pandemia assustou, matou muita gente, afastou pessoas, fez muitos revisitarem o sistema de relevância de amizade, de recursos e de ambição. Ela mostrou o que é ou não estar preparado para enfrentar uma catástrofe de médio longo prazo, de forma individual e coletiva. Ela testou os limites da empatia. Revelou característica de um ser social em afogamento seco que se agarra a qualquer argumento que o traga paz, o mantenha vivo, e acima da opinião alheia. Entretanto, quando a dor bate à porta de dentro da moradia das famílias, percepções de gravidade, crença, desejo e vontade são revisadas. A pandemia fez isso, em apenas 8 meses, e ainda não acabou. A próxima revolta da vacina será para se vacinar, será a corrida maluca pela imunização, onde a empatia geralmente não tem espaço. 

A narrativa midiática oscila entre conscientizar, informar e conduzir o comportamento. A narrativa corporativa entre envelopar o tema em voga do agenda setting como responsabilidade social e compromisso com a vida e influenciar (para bem ou para o mal) seu público-alvo. Não que seja equívoco, mas olhando de perto, é no mínimo, forçado, uma vez que as ações das instituições nem sempre são consonantes ao discurso. 

As reações surgem a conta-gotas, assim como são absorvidas as informações e conduzidos os pensamentos (principalmente a geração de significantes). As sequelas, interpretações e aprendizados deste momento serão melhor analisadas com o distanciamento proposto por Gertz (para se analisar e observar o indivíduo e sua interação e interferência social). Contudo não se pode ignorar as impressões do agora. Precisamos ter cuidado, pois pode ser a gota d´água.

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Diálogos virtuais


A busca. O dia a dia pontuado por anseios, demandas, atendimentos e julgamentos. Satisfação e insatisfação como indicadores volúveis ao olhar. Neste cenário, o organismo vivo que é a comunicação evoca posicionamentos diferenciados. Assim, é preciso às vezes remodelar o posicionamento da marca e seu modo de construir narrativas. As mensagens devem ser direcionadas conforme persona, timing e target. Entretanto, deve-se maturar e integrar a narrativa à multiplicidade das plataformas como extensão das ações diretas junto à persona. 

Conseguinte, potencializar os canais de comunicação com o público alvo. Equilibrar o diálogo das gerações por meio das plataformas tradicionais, possibilitando modernização e transição do comportamento no que diz respeito ao relacionamento junto às partes interessadas. Seja por meio de um novo Portal de Acesso ou realização de uma Assembleia virtual via Google Meet e ODS, integrando gerações e promovendo o diálogo.

Contudo, é preciso estar atendo à limitação de quem tem pouca intimidade com as tecnologias digitais e também dos que já estão cansado por usá-las em demasia. Videoconferências e excesso de chamadas causam exaustão na pandemia. Você já deve ter ouvido falar do "Zoom fatigue".

Evite fórmulas, se envolva e compreenda o contexto ao qual integra para então definir ações que cravam na trajetória uma comunicação eficiente, dinâmica, pujante e que permita encontros.

terça-feira, 1 de setembro de 2020

#googleads


Definir orçamento alinhado ao objetivo de cada ação. Estudar e determinar a segmentação estratégica para seu negócio conforme as possibilidades da plataforma e o padrão de consumo de informações de sua persona. Compreender o dilema das redes e buscar estabelecer um olhar que vai além, enxerga dentro!

Além de compreender o negócio, definir a persona e a narrativa... é importante (independente do tamanho da empresa) utilizar as plataformas disponíveis com planejamento e efetividade e técnica adequada para averiguar se o resultado esperado está sendo alcançado. Mais do que transformar a ação em um case, é determinar os objetivos, segmentar para obter a efetividade desejada. 

O #googleads é intuitivo, criterioso e com uma complexidade tranquila de se assimilar. Antes de criar as campanhas é fundamental compreender o objetivo e resultado. Segmentar, escolher a mídia e o fôlego da ação. O estudo de performance das campanhas contribui para redirecionar ações e até mesmo perfilar o comportamento e tráfego do público alvo, conforme o perfil do negócio.