quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Mamonas vermelhas

A rua Ricina nunca mais fora a mesma. Um jardim venenoso de pessoas cruéis…. A última refeição foi de libertação e não morte. Não posso mais te carregar no colo. Talvez tenha chegado a hora de você me tomar pelos braços. Mas tantos voos ainda me eram possíveis nesse tão belo horizonte onde a luz do sol toca e o luar poetisa, hipnotiza. Esta maravilhosa incógnita me faz dar a cada instante minha intensidade por completo. Seja para dor, ou para gozo.  As canções e textos. O toque em nosso interior, juntamente com o olhar a paisagem do dia que se revela em detalhes, sons, sabores e cores.  O tom da serenidade. A vida nos escapa. Não fiquemos preocupados com minúcias e picuinhas. Assim como Houtouwan e suas paredes verdes guardam silêncios dos pescadores que se foram, estes jardins não permitem que os pensamentos sobressaiam ao cantar dos colibris. 



terça-feira, 3 de outubro de 2023

marés sociais


O movimento das marés na maturidade social. A modernidade, o mergulho e dependência das ferramentas e plataformas tecnológicas, a aceleração do ritmo de vida até o limite do corpo e da mente.  Muitos tornam-se reféns das mazelas que condenam. Estão aprisionados em narrativas das quais não querem mais fazer parte. Agora, os perdidos no labirinto sem paredes da pós-modernidade, concebem a vanguarda como o eterno retorno: A desaceleração do ritmo de vida, a volta para ambientes de campo, o balançar na rede, a roda de churrasco para contar história. Nesse movimento de marés, a sociedade revela nuances dos dogmas os quais ninguém quer falar. 

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

ventanias



A relva a se dobrar anunciou o vento que sem barreiras varreu das nossas faces um pouco da amargura. Nossas imperfeições expostas ao sol desaparecem de nossa alma. Nus, alcançamos a limpeza da mente no silêncio de um dia calmo. Sem cobranças e dedos apontados. O Vento, chega ao canto do vale, curva-se à rocha e retorna com a mesma maestria, fazendo danças a relva, enquanto meus olhos se fecham e sentem o afago à face. 

E nas águas as ondas se formam sem comprometer o fluir do córrego que outrora forte, agora discreto insiste em rasgar a terra com sua trilha de esperança. Doces ventanias com seu mistério pujante em nosso peito. Sutilmente movimento-me no dia entre o que deve ser feito, o que esperam que aconteça, e o que o desejo nutre aos marejados olhos.

A canção do rio de "agoras", mantendo novo o passado e velho o presente. O futuro não desagua no mar, mas está na fonte, na mina, que brota, se esconde e aflora, mas que em si é inalcançável.

Narrativas erguidas além dos muros das punições. Em uma realidade posta em que as pessoas querem ganhar discussões, querem punir o diferente e dar novo significado ao errado, é preciso ter narrativas mais ligadas à essência do que concebemos ser humano. 

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

domingo


Um passeio sem aparelhos de celular. A casa espaçosa e antiga no final da estrada. O casal que há mais de 30 anos vive tranquilamente na curva do vento. O café, o doce de laranja. Os sons cativantes, as cores vibrantes, a calmaria. A roça em sua simplicidade, em sua exuberância de significados. Um aprendizado. Voltar para a área urbana. Amadurecer ainda mais o olhar, as palavras, as atitudes. Respirar.

Aprendi a ligar a tv em conteúdo aleatório para dar um clima de infância em casa. Aprendi a viver sem dor a nostalgia dos tempos em que eu era a criança e meus pais faziam as coisas de adulto que agora faço. Amadureci me relacionando com as plantas, cuidando de jardins, respeitando os livros, admirando os filmes, tomando cuidado com as pessoas. Os domingos. Os domingos têm um clima do qual muitos fogem, outros se entregam, mas todos vivenciam seu misterioso aspecto. Domingo.  

Quando certa idade chega, você vê os problemas e as dores com a limitação da vista cansada, das rugas emocionais. A verdade do clichê de ser imperfeito, de não suprir totalmente o outro, mas ser o seu melhor, no pouco. Uma boa música basta. Depois de tanto sorriso escondendo a dor, um bom céu basta. Um cheirar o cabelo da criança, provar um doce, ver um filme. Estar junto. 


A troca. A conversa sobre o que me faz a diferença, sobre como funciona o comportamento e a percepção, me fascina, me renova, me encaixa no mundo e na história dos outros. Sentar ao lado de um dos filhos e olhar a chuva, o beija-flor se alimentar de nectar; é se conectar com o que vale a pena.

segunda-feira, 17 de julho de 2023

denso



O tempo não cabe nos ponteiros. Assunto recorrente aqui, e não apenas aqui. Ele passa sem se desgastar, mas arrasta a vitalidade da carne, abrindo sulcos, despetalando a pele. Um texto denso e enigmático; corpo.

O espelho devolve coisas que não foram a ele entregues. Inclusive o atordoante silêncio. Se eu não lembrasse quem fui, talvez aceitaria melhor quem sou agora e onde estou. Se não lembrasse de cada erro, talvez me aconchegasse no agora. Mas o talvez tem mãos largas ao redor do meu pescoço. Enquanto cada um está em seu celular, assistindo a vida dos outros, nossa vida é esquecida. Antes, pelo menos as novelas tinham fim, e as tvs eram desligadas. Hoje as redes sociais escravizam o olhar, o julgamento, a comparação, o alívio, 24 horas. Todo dia. Se eu fosse um canalha, talvez não me importasse com o próximo, com os sentimentos e comportamentos. A crueldade velada dos cristãos é absurda. Todos se julgam certos e melhores. Os dias tornam-se desoladores, lembram momentos de outrora. Todavia, uma força estranha me mantém. Uma misteriosa chama que em silêncio traz paz e energia. Me pergunto como há tanto prazer nas pessoas em ferir. A paz incomoda. A felicidade atordoa. Não entendo. Seres individualistas insistindo em se fazer de sociais. Soprando sobre o outro todo rancor que trouxe. 


As pessoas se apegaram ao dinheiro, poder e status de uma forma absurda. É fácil amar quando se tem muito dinheiro, na manifestação das qualidades. Difícil amar no estresse, na falta de grana, na prevalência dos defeitos e das diferenças. Então, Tudo passou a acabar tão rápido. A instância do descartável. 


Sinto que meu tempo está no fim. Mas esse fim não me é certeza. 10, 20, 50; décadas, anos, segundos. Não aprendi a desistir, mas a persistir até a última gota a ser derramada. "Nunca guardei fôlego para a volta", por isso a intensidade da ida. Reuni no alforje todas minhas culpas. Agarrei a esperança em continuar. Amadurecer rasga o corpo. Torna sólido o que não há de dissipar no ar. 

sexta-feira, 7 de julho de 2023

houve





Houve perda. Dor. Ruptura; perda. Dor. Deixou de ser quem realmente era em virtude do ambiente o maltratar tanto a ponto de empoeirar seu sorriso, silenciar seus assobios e suspiros, rasgar seu rosto com rugas e marcas de expressão. 

Então uma reconfiguração. Ele trabalhava na fábrica de calculadoras. Calculadora de realidade outra, as contas eram outras para o mesmo resultado. Cansado. Pesquisou bastante para se distrair. Tentou de tudo, de erros a acertos. Tristeza e culpa. Sentiu que era necessário e possível respirar de outra maneira. Alterou programação e redefiniu os rumos, fez uma calculadora diferente.  

Para se obter 2, não tinha como somar um mais um. Mas retirar um de três, ou dois de quatro e assim por diante. Alguns resultados apenas pela subtração. As operações parecem simples, como o bater asas da borboleta. Escutava de longe o cantar do colibri, corria para vê-lo no bebedouro de néctar. Pensou que alguma esperança pudesse ter ali significado naquele ato natural do voo, equilíbrio e ritmo. Voltou para a fábrica, a fazer mais calculadoras.

As pessoas continuam sem entender o que digo. Não porque falo eloquente ou sou melhor que outrem. Mas por alguma razão, não entendem. Escolhem se espremer na tela vendo redes sociais ou se acorrentar a boletos circunstanciais. Ignoram o óbvio e vivem dele. Abandonam o sobrenatural. Então palavras se tornam apenas letras bem colocadas. Estão ligados ao poder, valor, riqueza. Estão firmados nos dogmas do que entendem ser as regras de plena convivência. O corpo perece. A mente pertence ao corpo. 

Já dispunha de uma caixa de calculadoras alteradas. Era então momento de espalhá-las pela sociedade. Para se obter 3 era necessário somar um mais um; mas dependia da idade dos números. Pois às vezes era preciso somar mais ou dividir, ou subtrair. 

Queremos a bonança. Momentos bons. As coisas boas. As sensações agradáveis, as palavras e sabores que fazem bem. Queremos a felicidade, tanto em instantes agitados quanto na calmaria. Nada há de errado nisso. Mas a busca está firmada em ações controversas.

A narrativa plastificada das redes sociais não atende, as mídias tradicionais estacionaram, o convívio social emperrou como a agulha que não avança no vinil. Outrossim, quando o beija-flor perpassa o pergolado em busca de néctar, ele deixa poesia, ele entrega esperança, ele catapulta sutilmente o espírito e o olhar de quem reaprendeu a ver.

A vida. O que lembramos. O que lembramos da vida. A cada dia, nas tomadas de decisões, buscamos o quê? Que necessidade de legado, de lembrança gerada a partir de valor? Ajudar os outros... ajudar a quê? A ter as necessidades básicas de subsistência física, moral, social, espiritual e emocional? e depois? Como evitar ou compreender o rosto que ao espelho te questiona. O que lembramos? O que há de se esquecer?

Os rumos estão sufocantes. O embate certo e errado, bem e mal estacionou no óbvio ao desconsiderar a complexidade que há dentro do indivíduo. As caixas com as novas calculadoras foram distribuídas, juntamente com os novos dicionários. A paisagem começou a mudar, ou continuou a mudança gradativa, até que, ao longo prazo, esteja reconfigurada com o diferente. Nem melhor, nem pior, diferente. "As narrativas se aprimoram" disse ele observando o vento varrer e apertando o sinal de igualdade.

sexta-feira, 23 de junho de 2023

farol


O paradoxo da busca do que não se tem pleno conhecimento do que é mas apenas do que pode ser. Cada indivíduo com sua ideia de verdade, seus valores e um nível oscilante de energia de viver. A interação das gerações contribui para tratamento da ansiedade, da frustração e também renova o olhar de quem acha que já chegou ao fim.

Mais do que manchas nas paredes, nos papéis e fotos em álbuns; a história deve ser contada e revisitada constantemente, como uma maneira de expurgar toda a melancolia das incertezas e das lembranças que o indivíduo precisa que sejam soterradas para além do subconsciente.

A maneira como a sociedade comprime indivíduos e os conduz à morte é cruel. O desespero inevitável. Depois dele, apenas o silêncio aguardando o impacto. Corpo e cifras. Carne sobre ossos com cores e cheiros diferentes, com índice de massa corporal diferente. Pedaço de papel, bits e bites, metal em rodelas. Valor agregado. Desejo por desejo. A essência do instante. Se perder a virilidade, o dinheiro, perde valor. Se perder a exuberância, a juventude, a sensualidade, perde valor. A existência do descartável. Comprar, usar, sentir, descartar, gerar lixo. Lixo que some após algum tempo na calçada, misteriosamente. Os mistérios sociais, quando se ignora os processos para ficar em utópica paz. Cria-se, apropria-se, pira-se pelo bel prazer de se sentir correto, limpo, puro, acima da média, referência. O preço dessa postura social é cobrado agora a curto prazo. A fuga é o eterno retorno.

Seus pés calmamente atravessaram o cascalho e chegaram perto daquela porta de ferro que rangia, daquelas paredes de um concreto cansado. O farol não se mexeu. Ficou ali mesmo após anos de isolamento, de golpes do vento, das ondas e olhares. O farol permaneceu. Sua escada em espiral revela o DNA do abandono. A ação da paciente maresia. Que sons atravessavam aquelas paredes? O ressoar era diferente, como a imagem que refrata. A luz há muito não entrava naquele lugar. Suas mãos destruíram teias complexas de aranhas magras. A poesia do seu corpo pesado marcava versos na poeira. Rastros de novos tempos.

terça-feira, 13 de junho de 2023

o lugar errante


Doces distrações e leves enganos na dança com o tempo, em dias soturnos ou ensolaradas manhãs. Entre os sim's e os nãos; entre as expectativas e os pensamentos cotidianos, individuais. Somos. De trás para frente e dentro somos. Repetição do que sempre foi, no entanto, traídos ou protegidos pelas lacunas da memória.

O reflexo no espelho me passa uma mensagem do que já fui, não sou mais e me tornei. Como as cidades que se desfazem e refazem na esperança de revitalizar alguma essência que seja.

O lugar errante. Dentro de nós ou onde os pés pisam descalços no pensamento. A consciência como ponteiro do relógio. Não para a percepção do tempo. O que me tornei? Do que observei e fiz toda a vida. O que sou em mim e no outro? A fé acalma e guia, mas o pensamento, a consciência é o ponteiro sem volta.

Sempre emblemático, ele voltou. 

Plantei flores, coloquei néctar no recipiente. Ele que antes, sem eu ter nada a oferecer, apareceu aqui, me olhou e partiu, agora voltou sem se espantar comigo, chegou perto. A visita do beija-flor sempre me foi especial. Sempre. Desde a infância, ainda mais agora.

Dias desleais. O trovador firmou além de sua existência. Fico pensando no que pode significar e no que  faz a diferença. Futilidades e sutilezas. Gente ferindo gente por poder. Imagem e reputação. Renovam esses ciclos covardes, enquanto boas almas se vão; no cansaço de lutar mais, na ingenuidade da frustração, na loucura, desespero e entrega. 

Assombrado por argumentos, caminho de mãos dadas com o silêncio. Consigo ainda ver estrelas no céu. Mesmo que sejam cristais; ainda brilham.

Sempre há o que varrer. Sempre há o que lavar. O que olhar, pensar e sentir. Não se para, mesmo parado. Isso é parte da magia sutil da vida. Perceber seu momento no instante. Perceba seu momento no instante. Seu lugar é tamanho no mundo, no agora.

Em um espontâneo encontro, subi para o gramado para tomar sol. Lá estava o beija-flor, bebendo seu néctar, sem se assustar com minha presença. Minhas ideias, meus sentimentos, então em harmonia, estavam no lugar certo. Meu corpo, meu compasso, não sei na época certa, se existe isso de época certa, mas no meu errante lugar, onde coexisto.


segunda-feira, 5 de junho de 2023

contornos


Se o fiel da balança falasse, abalaria o que se entende por equilíbrio.

E o que há de ser tudo isso? Qual a dimensão do quando? O que faz aqui a me esgueirar; tempo? O que espera do meu suspiro nessa madrugada molhada? Não consegue ouvir minha dor entre a ausência dos trovões? Não há desculpa que nos alcance. Tampouco torpor que acalme os corações. Onde a palavra não chega, minhas silenciosas lágrimas quebram clichês e alimentam a esperança, que dentro, quieta, se preserva.

O esquecimento. Arma mais mortal que a palavra. Trancafiado no esquecimento, o sentimento grita sem ser ouvido. Se debate, sem ao menos se ferir. Nada sente no esquecimento; esse nevoeiro sem fim. Lembrar aquece, liberta. Se repete para envolver. Desejar encontrar e se envolver com o que se deseja. Um passeio desavisado pelas cidades de Marco Polo. Tudo elementarmente igual. Ciclo da paz, guerra, amor e dor. Igual, trocando elementos estéticos e emocionais e do tempo.

O canto da sereia, cúmulo das expectativas e frustrações. A frustração sistêmica cria uma cultura da falta institucionalizada. Assim, os utópicos discursos de liberdade nem sabem o que deveras desejam. As cidades do óbvio. Braços em ruas que conectam ao centro das perdidas emoções. Timelines soterradas, mentes travadas, operando na lentidão imaginando-se em pleno vigor. Sucumbem.

Escravos do on-line, os indivíduos perderam os limites do mimetismo da sobrevivência e convivência. Os pilares da sociedade possuem fissuras onde cresceu uma cadeia de ramos de argumentos que complicaram os conceitos, a compreensão e a esperança. Contornos. Ruas, situações, citações, corpos perecíveis; contornos.

Entre as letras e pontuações, sou o que silenciado se faz presente. Que some na história ao não contá-la, mas fazê-la. Sou a memória que meus filhos esquecem. Sou o gesto natural deles, involuntário, mas tão característico que os define únicos; meus.

E um dia, meus rastros serão texto quando em uma caminhada os decifrará em braile, nas minhas tortas linhas e traços; nas rugas de meu corpo, no simbolismo das pintas e tatuagens.

sexta-feira, 2 de junho de 2023

impressões


Entre o formatado e o espontâneo.  As pessoas aos poucos voltam-se para viver sem intermediários. Sem extremismos e xenofobia, mas equilíbrio entre o on e off. Abandona-se as redes sociais e as telas das máquinas para ver a paisagem que as telas representam, que as lentes capturam. No pergolado, o beija-flor vem conversar. Paira, pisca, versa e vai. Assim me tem tanta paz, aquietando as aflições de outrora.

Enquanto tudo for cercado de tanta tensão, as emoções, o dia a dia, nunca será leve como buscamos. A paz que acreditamos existir e que buscamos sentir possui em seu percurso entraves que nos fazem insistentemente vivenciar o "conheça a ti mesmo" e também o outro. O que esperamos da vida, além dos discursos reflexivos e emocionais, motivacionais? O que percebemos dos ciclos que se repetem por gerações, os padrões familiares e a muitas vezes imperceptível lembrança comportamental? Alternamos nosso silêncio entre a inocência e denso desespero.

Ocupamos tanto espaço nas nuvens que não temos a dimensão da chuva que irá cair.

Um casal de idosos, braços dados. O caminho feito passo a passo. De vinte em vinte centímetros, a realidade do tempo é diferente, o vivenciar a vida e o território também. As percepções não são mais aquelas da juventude acelerada, das experimentações, da euforia, dos sonhos de um amanhã de surpresas. Agora, para aquele casal, as distâncias eram outras.

Era uma árvore de esquina. Parecia uma variação de hibiscos, mas não sei. Cor vívida, laranja com rajadas vermelhas. Fiquei ali admirando sem grandes elucubrações. Um beija-flor médio passava de flor em flor. Pausava o voo no ar, pousava nos galhos com delicadeza. Borboletas de tamanhos e cores diversas, em ritmo diverso ao vento perpassando as flores entre os versos dos colibris. Um beija-flor menor chega sem pressa de partir. Aquela esquina me acalmou.